A EdFinTech, startup cujo negócio situa-se na intersecção entre educação, finanças e tecnologia, foi criada em julho de 2018, após a experiência do especialista em gestão empresarial Eduardo Schroeder em introduzir conceitos financeiros na educação do próprio filho. Quando o menino tinha três anos, ganhou seu primeiro cofrinho de porcelana, no qual passaria a depositar as moedinhas. Quatro anos e cinco porquinhos quebrados depois, o garoto entrou no escritório do pai com as economias em mãos e a inusitada proposta de adquirir um cartão de crédito.
“Ele estava inconformado. Queria comprar um jogo em uma loja virtual, mas não conseguiria usar as moedas que juntou”, conta o empresário, que, a partir desse acontecimento, teve a ideia de criar a carteira digital para o público de 6 a 14 anos.
Com o app, os pais e responsáveis estabelecem o valor máximo da mesada ou “semanada”, debitada de forma automática e recorrente do cartão de crédito, definem os percentuais variáveis e fixos, que dependem ou não da realização de tarefas e missões, e estabelecem as tarefas que gerarão as recompensas. “O modelo estimula a responsabilidade e a meritocracia e demonstra que, guardadas as devidas proporções, o dinheiro não surge magicamente, ele é resultado de trabalho e esforço”, explica Eduardo.
O Tindin é um aplicativo que pode ser baixado gratuitamente na Play Store. Conforme o plano escolhido, o usuário paga uma taxa que varia entre 3,8% e 4,9% do valor da quantia transferida à criança. É possível, ainda, assinar o serviço premium, que contém recursos e conteúdo de educação financeira, com o custo de R$ 7,90 ao mês.
Modelo chegará às instituições de ensino e comércio
Para ampliar o alcance da plataforma, a Tindin planeja lançar seu próprio sistema de didática gamificado no início de 2019, com o objetivo de levar às escolas o modelo híbrido de educação financeira, combinando aulas à distância e presenciais dentro da metodologia de sala de aula invertida, flipped classroom. O Ministério da Educação aprovou a inclusão de disciplina financeira na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como crédito transversal obrigatório para o ensino fundamental.
Lojas físicas e virtuais de brinquedos, plataformas de conteúdos infantis, fabricantes de games e prestadores de serviços em geral com foco no mercado infantojuvenil, poderão abrir uma conta na plataforma para comercializarem seus produtos e serviços diretamente para seu público. As transações poderão ser realizadas online ou presencialmente por meio de QR Code, que substitui o cartão de crédito convencional. O app oferece taxas competitivas frente aos atuais gateways de pagamento do mercado.
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