* Por Ivanir França

Segundo o IFB (Instituto FoodService Brasil) 80 milhões de consumidores passam pelos mais de 9.600 estabelecimentos credenciados por mês.

A Abrasel (Associação brasileira de bares e restaurantes) aponta números muito maiores. São mais de 1 milhão de estabelecimentos em todo país. Empregando diretamente mais de 6 milhões de pessoas.

Levando em conta a população economicamente ativa, 1 em cada 12 brasileiros trabalha em um bar, restaurante, lanchonete ou em algum negócio ligado à alimentação.

Além disso, a atividade é a única presente em todos os municípios do Brasil. Superando, em presença, bancos e até mesmo igrejas, e representando 1/4 dos gastos dos brasileiros com alimentação. Em outras palavras, a cada R$ 1000, o brasileiro gasta R$ 250 em bares, restaurantes etc, (fonte IBGE).

Estamos falando portanto de um mercado que movimenta mais R$ 200 bilhões anuais, com um tíquete médio de R$ 13,40 por consumidor e com previsão de crescimento de 25%.

Contudo, ainda há no mercado um crescimento potencial, segundo a Coca Cola, de até 10 vezes com a entrada dos aplicativos de alimentação, como a Delivery Much, que democratiza a tecnologia e leva para cidades do interior uma experiência diferenciada na hora de pedir comida online.

Para entender mais sobre esse movimento acompanhe no texto

1 – Números de mercado: tendências do food service para 2019
2 – Delivery, mesclando experiência, tecnologia e alimentação
3 – Tecnologia e alimentação no interior: vantagens e pioneirismo

1 – Números de mercado: tendências do food service para 2019

Há pouco mais de 10 anos era comum as pessoas, ao completarem seu turno da manhã, retornar à residência para o almoço. Um cenário, até então, normal no dia a dia de muitos brasileiros, especialmente, de cidades de pequeno e médio porte, principalmente do interior.

Contudo, de acordo com o SIS/Sebrae esse processo está se tornando obsoleto. Alguns fatores como o crescimento demográfico de regiões urbanizadas; a modificação da estrutura familiar; o aumento do número de casais sem filhos – que reduz as despesas do orçamento familiar – o aumento da renda familiar e a propensão em investir mais em lazer, e em novas experiências gastronômicas, tem um peso considerável para o crescimento do consumo de alimentação fora de casa.

Em números absolutos, o mercado de alimentos e bebidas no país representa 10,1% do PIB, sendo que o mercado de food service representa 2,7% deste total.

O mercado está aquecido e crescendo rápido, para o Box1824, o brasileiro busca cada vez mais comodidade e vê como uma facilidade poder pedir comida de um jeito fácil e sem intervenção humana.

De acordo com o Ibope, 56% dos brasileiros fazem pedidos via delivery ao menos uma vez por semana. Concentrando a demanda na hora do jantar e no final de semana.

Ainda segundo o estudo, 54% dos pedidos são realizados por homens. É interessante perceber que casais e famílias representam 41% do número total de delivery online e apenas 8% dos pesquisados dizem vivem sozinhos.

55,4% das franquias de alimentação possuem ao menos um meio de pedido online

Célio Salles, conselheiro da Abrasel, detalha que além da facilidade e comodidade, os aplicativos de delivery podem oferecer maior segurança na hora efetuar o pagamento, um ponto crítico para o usuário, segundo ele.

Além disso, o conselheiro explica que o crescimento das plataformas de delivery de comida é um processo natural, devido a natureza do processo.

Isto é, “para o cliente há maior oferta de restaurantes, em plataformas amigáveis, mais rápidas e com meio de pagamento confiável. Isso é um indutor de crescimento”, completa.

Crescimento comprovado em números, uma vez que os pedidos via app mobile representam 38% do total. Dado que tende a aumentar em datas especiais e comemorativas, como a Black Friday.

Lucian Daronco, Scrum Master de marketing da Delivery Much, comenta que na semana da promoção Blackout (Black Friday), os restaurantes, da rede de franqueados, que aderiram à campanha tiveram um incremento de 75% no número de pedidos. Foram 88 mil entregas durante a promoção, movimentando mais de R$ 3 milhões, em apenas uma semana.

Delivery de comida online, mesclando experiência, tecnologia e alimentação

Experiência. Atendimento. Satisfação. Sucesso do cliente. Nos últimos anos estes termos e outros similares ganharam notoriedade e importância em todo o mercado.

Empresas como a Apple, por exemplo, levam isso tão a sério que buscam atender com excelência cada etapa de contato do cliente com a marca. Na tecnologia temos um nome “moderno” para isso, o NPS – Net Promoter Score – que nada mais é que metrificar a satisfação do cliente no pós compra.

Você pode se perguntar, mas o que a Apple ou saber quantas estrelas um cliente dará para meu restaurante tem com meu negócio? Na verdade tudo, cada vez mais estes processos se tornam naturais (temos exemplos do Tripadvisor) e os clientes buscam por este tipo de referência para escolher onde e o que irão comer. É a experiência do cliente aliando tecnologia e alimentação.

Salles define que a tecnologia é desejável e inevitável e no caso dos serviços de alimentação ela vem para somar, “porque toda tecnologia que surge, o restaurante vai poder se apropriar. Uma máquina melhor, posso comprar. Uma plataforma de delivery, posso aderir”, compara.

E não são poucos os cases de sucesso com plataformas de delivery de comida. Uma matéria da Abrasel aponta que alguns restaurantes chegam a ter até 95% da sua renda proveniente do delivery. Gustavo Moraes, franqueado Delivery Much em São Roque, SP, aponta que em alguns casos houve aumento de 500% no número de pedidos de restaurantes após a entrada do delivery na cidade.

O cliente tem a diversidade de opções, o controle do processo, confiança e simplicidade na hora de fazer o pagamento e para o restaurante não há mais necessidade de se incomodar com a entrega, com a propaganda, nem com o atendimento. Ele pode focar no que sabe fazer.

Célio Salles, Conselheiro Abrasel

Os números se comprovam a partir da pesquisa do site Statista. O canal mostra que a receita global do mercado delivery online de comida atingiu US$ 82,7 bilhões em 2018, com crescimento de 17%, em relação a 2017, e previsão de até 2023 crescer anualmente 10,7%.

O diretor de fotografia, Felipe Balin, morador de Chapecó, oeste de Santa Catarina, conta que faz mensalmente pelo menos 100% mais pedidos via delivery que idas a restaurantes. Para ele, ir até o estabelecimento é um momento de lazer e o delivery é outro tipo de experiência, “mais prática, para atender uma necessidade imediata”, explica.

Salles aponta que muitas vezes o cliente não quer falar com ninguém, “ele quer apertar um botão e escolher”. Então, para o cliente temos, a democratização da escolha. “Ele escolhe o cardápio de restaurantes e não o cardápio do restaurante. Numa visão principal, para o cliente temos a conveniência e para o restaurante a simplicidade”, enfatiza.

Tecnologia e alimentação no interior: vantagens e pioneirismo

Gustavo Moraes, franqueado Delivery Much, atua há 12 anos no mercado digital de São Roque – SP, e no início de 2018 assumiu a franquia da Delivery Much na cidade. Ele conta que mesmo a cidade já tendo uma cultura digital a chegada do app de delivery de comida ajudou a consolidar uma nova fase digital no município.

Pedro Judacheski, CEO da Delivery Much, conta que a DM nasceu no interior, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, uma cidade com hábitos de pedidos de lanches muito enraizado na cultura.  

Uma cultura que sofria com problemas básicos como encontrar cardápio, combinar adicionais e principalmente saber o valor. “Tudo isso era muito complicado de se fazer pelo telefone”, relata o CEO e completa: “com o tempo percebemos que esse é um problema comum em todos os locais, mas potencializado no interior, pelo difícil acesso à tecnologia. Percebemos então uma oportunidade de negócio e também de um propósito: levar tecnologia ao interior”.

Célio Salles, conselheiro da Abrasel, detalha que esse movimento é natural, uma vez que o mercado vai crescer no sentido das plataformas, onde já há uma consolidação.

Para o interior, o conselheiro, destaca que a principal vantagem de haver um franqueado é a tendência em fortalecer a oferta local, dando ao cliente mais opções, facilidade de escolha, simplicidade e segurança.

Pontos centrais para Moraes, que destaca ter apostado na franquia da Delivery Much, por ver uma tendência irreversível do mercado. “Sabendo que não teríamos como desenvolver um app próprio do zero e se manter competitivo. A franquia trouxe a possibilidade de ter uma tecnologia de ponta sem grande investimento, agilizando muito todo o processo e a entrega de valor para a cidade e para o cliente”, finaliza.


Ivanir França é Jornalista, Roteirista, Cineasta e atual analista de conteúdo da Delivery Much. Pós-graduado em cinema e graduando em História.

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