Confira os melhores momentos da palestra de Pascal Finette, VP de Startup Solutions da Singularity Universitiy, para o KES.

A constante busca por uma transformação exponencial passa por um processo colaborativo. Para detalhar essa ideia, o palestrante tratou de cinco abordagens que podem ser usadas para solucionar problemas de forma inovadora:

Competição

Promover uma competição com o objetivo de prever tempestades solares foi a solução pensada pela NASA. Após estudar o assunto por 35 anos, apenas quando a agência espacial americana submeteu sua dúvida a uma comunidade mais extensa, que um matemático descobriu um modelo que consegue prever tempestades com até 8 horas de antecedência. Isso é importante, pois o contato com uma tempestade solar poderia destruir vários satélites e até a Estação Espacial Internacional.

Crowdfunding

A startup Flow queria elaborar um dispositivo para facilitar a remoção de mel de uma colmeia. A companhia criou uma campanha de crowdfunding (financiamento coletivo) pedindo ao todo US$ 70 mil para criar alguns mecanismos de extração. Quem cria abelhas viu valor no dispositivo e resolveu financiar a ideia. No fim das contas, a Flow arrecadou US$ 13 milhões.

Crowdsourcing

A Pepsico quis fazer uma propaganda impactante do salgadinho Doritos no SuperBowl, uma das maiores vitrines do mundo para o mercado publicitário. Em vez de contratar agências, a empresa fez um crowdsourcing, pedindo sugestões de consumidores para o comercial. O autor do mais votado ganhou um bilhete para o evento. Ao todo, a marca gastou US$ 2,5 milhões com produção e teve US$ 36 milhões de mídia espontânea.

Plataformas abertas

Outra possibilidade é promover open platforms (plataformas abertas), na qual pessoas possam construir algo com base em um serviço disponibilizado por uma empresa. A IKEA, loja que vende móveis montados pelos próprios clientes, acabou criando uma plataforma de modificações de móveis, após ver que vários consumidores estavam
personalizando, ou hackeando, as montagens.

Há ainda a solução do open source (código aberto). O exemplo mais conhecido é o Linux, cujo código está disponível para qualquer pessoa e uma comunidade compartilha melhorias para a plataforma. Essa constante evolução fez com que o sistema fosse o mais utilizado em servidores. Mesmo com várias informações disponíveis gratuitamente, a Red Hat, uma empresa que vende serviços de consultoria relacionadas ao Linux, chegou a lucrar US$ 1 bilhão com isso.

Open source

Antes de escolher uma das ferramentas de inovação colaborativa, a empresa deve pensar o que ela quer atingir e por que ela quer atingir

Se você trabalha com propriedade intelectual muito específica para seu modelo de negócios, é óbvio que você não deve ser aberto. Ser open source seria loucura! Sugiro que a empresa comece com iniciativas pequenas

Após saber o que se quer atingir, a inovação colaborativa exige que exista um propósito, ou seja, por que as pessoas devem se preocupar com aquilo que você está propondo. Não adianta só falar para os funcionários “que precisamos cocriar uma estratégia para vender mais produtos”, diz Finette.

Tendo um norte, a equipe pensará em possíveis soluções para o problema. O processo criativo fará com que ideias de pessoas com diferentes níveis hierárquicos e backgrounds sejam tratadas em pé de igualdade. Além disso, aumentam o senso de pertencimento, o aprendizado e a boa reputação das pessoas envolvidas.

Para levar as reflexões de Pascal adiante, sugerimos que você faça algumas reflexões:

  • Em quais problemas ou desafios da minha empresa poderia usar ferramentas da inovação colaborativa?
  • Que tendências com potencial exponencial identifico nos meus concorrentes?
  • Ao tentar solucionar problemas, eu mantenho a questão apenas entre um grupo fechado de pessoas da empresa? Tenho consciência que muitas vezes não são os especialistas que virão com soluções inovadoras?

O post Pensamento exponencial e inovação colaborativa, por Pascal Finette aparece em Endeavor.

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