*Por Yago Almeida

Acredito que vocês já tenham ouvido isso mais de uma vez, mas sempre vale reforçar. Empresas e startups (porque algumas ainda pensam como grandes companhias), que insistirem em achar que detêm o poder, estão fadadas a perecer. Isso porque, com tecnologias e avanço sistemáticos que vivenciamos diariamente, quem manda nas transações, preços e mercado é o consumidor, ninguém mais!

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 64,7% da população acima dos 10 anos de idade está conectada à internet. Esse número só tende a aumentar nos próximos períodos e não podemos ignorar o poder e impacto disso nos negócios.

Seja na indústria, serviços ou produtos, o empreendedor precisa entender (e aceitar) de uma vez por todas, que a ordem das demandas mudou e não há volta. Particularmente, vejo isso com bons olhos, pois a exigência do consumidor e exposição das marcas ao mercado passa a fazer com que a régua suba e, invariavelmente, teremos que aplicar aprimoramentos constante em processos, tecnologias e, claro, pessoas.

Agora, mais do que nunca, é preciso que uma palavrinha que anda bem na moda, “inovação”, seja de fato aplicada ao dia a dia das empresas e seus colaboradores devem respirar uma atmosfera que mergulhe nas necessidades dos clientes. As cerca de 193 autotechs (startups que atuam no setor automotivo), segundo estudo da Liga Ventures, têm procurado puxar esse gancho de agilidade e iniciativas diferenciadas.

O que os empreendedores dessas startups têm feito é algo relativamente simples: parar e ouvir seus clientes para, só depois, desenvolver funcionalidades e novos serviços ou produtos. Isso evita um problema crônico do nosso mercado, afinal, muitas vezes, na correria do dia a dia, achamos que tivemos a ideia de “redescobrir a roda” e quando levamos aos consumidores, vemos uma adesão quase zero e uma frustração gigante.

O processo atual de exercícios de inovação deve ser justamente ao contrário, ou seja, ouça primeiro, entenda as reclamações e necessidades, procura analisar até mesmo o que os concorrentes têm feito no mercado (e atraído mais leads que você).

Aqui na Olho no Carro, por exemplo, nosso time de vendas e pós vendas é focado em entender, periodicamente, as peculiaridades dos clientes. Antes, nossos colaboradores ficavam dias e dias planejando novas funcionalidades com base naquilo que nós, enquanto empresa, achávamos importante. O que acontecia era que esse novo ‘produto’ não atraia a atenção do consumidor e acabava gerando, além de frustração, dinheiro e tempo jogado fora.

Atualmente, rodamos pesquisas de NPS e clima com nossos clientes, para poder ouvir e entender seus níveis de satisfação e vamos ajustando nossas soluções de acordo com o que eles precisam. Além disso, nossa vasta experiência de mercado permite uma troca constante de conhecimento com outros players (concorrentes e parceiros) que nos dão à visão macro de onde precisamos chegar. Unindo o feedback sincero do consumidor, com o status do nosso segmento, conseguimos fazer um match de dados interessantes que nos permite tomar decisões cada vez mais assertivas.

Por fim, vale destacar aqui que, apesar das dificuldades de encontrar profissionais focados em analytics no mercado (eu bem sei), eles são peças fundamentais nesse processo de inovação constante dentro das empresas, com foco no usuário final. Afinal, de nada adianta ter acesso a um mundo de informações, se você não for capaz de interpretá-las com clareza. Pense nisso!


Yago Almeida é Diretor Comercial da Olho no Carro, uma startup que oferece segurança para transações de compra de veículos. Oprimeiro aplicativo web de consultas veiculares do país, analisa em poucos segundos, mais de dez variáveis, como  Decodificador de Chassi, Base Nacional – Dados Cadastrais do veículo com base no Renavam, Restrições e Impedimentos do veículo, Histórico de Roubo e Furto, Acidentes (sinistro de perda total), Indício de Sinistro, Leilão, Gravames (SNG), Histórico de Proprietários e Histórico de KM.  

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