* Por Lilio Rocha

O conceito de inteligência digital é amplo e vai muito além apenas do uso de novas tecnologias, como a inteligência artificial. Na verdade, ele engloba a capacidade que uma empresa ou organização possui de utilizar as tecnologias digitais de forma estratégica e inteligente para alcançar seus objetivos de negócios.

É claro que inovações como a IA têm o potencial de agilizar e otimizar essa jornada, como apontam dados da McKinsey & Company de que ela pode aumentar a produtividade das companhias em 30%. Porém, visto que apenas 14% delas estão inovando com sucesso, fica evidente que tudo vai depender do seu uso alinhado a uma boa liderança e equipes qualificadas capazes de aproveitar o que ela tem a oferecer.

Sabemos que as premissas tecnológicas de mercado estão mudando muito rápido, gerando diversas transformações nos modelos adotados pelas organizações. De acordo com a 27ª edição da Global CEO Survey, realizada pela PwC com mais de 4.700 líderes empresariais de mais de 100 países, 41% dos respondentes no Brasil e 45% no mundo temem que suas empresas não sobreviverão por mais de uma década caso mantenham o mesmo rumo nos negócios.

Estamos presenciando uma descentralização sem precedentes, um novo campo de batalha onde novos players emergem e competem pela aquisição e retenção de clientes. Por isso, é cada vez mais importante que as companhias entendam o que é a inteligência digital e a incluam no seu dia a dia para acabar com a ineficiência operacional, diminuir o churn de clientes e melhorar suas experiências de consumo.

Além disso, por permitir a integração de dados e informações de diferentes fontes e sistemas, as empresas passam a ter uma visão mais completa e precisa de seus processos, clientes e concorrência. Isso possibilita aumentar o nível de maturidade digital, escalar a produção, melhorar os processos de proteção das informações, capacitar os times para que saibam lidar com as novas tecnologias mais facilmente e tornar os seus produtos e soluções compatíveis com as inovações e o novo comportamento do mercado.

Como mostram dados do BCG, 70% das empresas não atingem seus objetivos em transformação digital por falta de uma estratégia integrada. Portanto, é essencial que as organizações que buscam diversificar seus negócios, inovar e se destacar em seus mercados adotem a inteligência digital internamente e invistam em estratégias para crescer de forma sustentável e escalável.

Precisamos cultivar a habilidade de prosperar no cenário digital em constante evolução, se adaptar e evoluir continuamente, o que envolve a implementação de uma cultura organizacional ágil e inteligente, que valoriza a experimentação e o aprendizado rápido. As empresas que adotam essa abordagem estão mais preparadas para enfrentar desafios, aproveitar oportunidades, se destacar em um mercado cada vez mais competitivo e moldar um futuro digital positivo e único.

* Lilio Rocha é CRO da Samba


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