Ana Beatriz Figueiredo, ou Bia Figueiredo como é conhecida, começou sua carreira no kart, como muitos pilotos e na época tinha apenas oito anos. Hoje ela é primeira brasileira a correr em uma categoria top do automobilismo mundial, a Fórmula Indy.

Referência no automobilismo brasileiro e internacional, dentro e fora das pistas, Bia também trabalha desde 2016 para aproximar mulheres do automobilismo, e foi assim que ela conheceu a startup Lady Driver,
aplicativo de mobilidade urbana que atende exclusivamente o público feminino.

A ideia de criar o negócio surgiu em fevereiro de 2016, após um triste episódio: Gabryella Corrêa, fundadora da empresa, foi assediada por um taxista chamado por um app. “Fiquei com medo de denunciá-lo porque ele me buscou em casa. Após este incidente decidi que faria algo para que as mulheres não passassem mais por este constrangimento”, explica.

A Lady Driver conecta passageiras a motoristas mulheres e já possui mais de 35 mil motoristas cadastradas em sua base. Hoje a startup opera na capital paulista e já atendeu mais de 500 mil passageiras.

“Este conceito do Lady Driver, de abrir espaço de trabalho para mulheres em um segmento predominantemente masculino, e o fato de defender a segurança delas no trânsito, oferecendo viagens mais tranquilas, me atraíram muito. Além de pilotar na Stock Car, também ofereço cursos de direção defensiva, então nossa identificação foi imediata”, comenta Bia.

Gabryella Corrêa, CEO da Lady Driver e Bia Figueiredo, piloto da Stock Car

Ela conta que começou a acompanhar o ecossistema de startups do Brasil após conhecer a Lady Driver e sua fundadora em 2017. “O time da startup entrou em contato comigo através das mídias sociais falando sobre a empresa. Um tempo depois conheci a Gaby pessoalmente e começamos a discutir sobre minha entrada como embaixadora e mais para frente como investidora. Esse processo demorou mais de um ano”.

Bia tem 27 anos de carreira e foi a primeira mulher do mundo a vencer na Firestone Indy Lights, a única a vencer na Fórmula Renault, a única a conquistar uma pole position na Fórmula 3, e a única a disputar e a vencer no Desafio das Estrelas, torneio anual de kart organizado por Felipe Massa e se sente muito orgulhosa de tudo que conquistou ainda mais sendo um ambiente bem mais duro para mulheres.

Quando questionada sobre o maior desafio da sua carreira, Bia conta que o maior desafio de um piloto, sendo homem ou mulher é conseguir investimentos para financiar a carreira, o que se assemelha muito a realidade dos empreendedores.

“Sempre admirei a Bia como piloto e como empresária. Acredito que ela tem a nossa cara, defendendo a direção segura, a independência e a inserção de mais mulheres no mercado de trabalho”, destaca a fundadora da startup Lady Driver.

O valor do investimento não foi revelado, mas a startup já havia captado um aporte de R$1 milhão de reais liderado pela Kick Ventures. Atualmente a startup também abriu um round de crowdfunding para captar R$2,5 milhões.

“Nosso objetivo é levar a Lady Driver para diversas capitais do Brasil e países da América Latina. Nossos serviços ajudam a empoderar mulheres que querem empreender e traz mais segurança. Com esse investimento, vamos expandir nossa área de atuação, trazer melhorias tecnológicas para a plataforma e aumentar a visibilidade da marca”, finaliza a empreendedora.

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