* Por Anjos do Brasil

Assim como muitos investidores-anjo foram ou ainda são profissionais experientes de grandes empresas e estão acostumados com o mundo corporativo, a mesma coisa acontece com empreendedores que, entusiasmados com o empreendedorismo, deixam bons cargos para tirar as ideias do papel e alavancar suas startups.

A verdade é que essa transição é bastante construtiva e divertida, afinal o ecossistema é dinâmico e criativo, mas ela pode ser também chocante, especialmente se o empreendedor se encaixar no perfil que citamos acima.

Então como estar preparado para sair do mundo corporativo e mergulhar de cabeça em uma longa jornada que envolve encontrar sócios, os mentores certos, pensar o modelo de negócio, repensar esse modelo, testar e atender o cliente e, em muitos casos, buscar uma aceleradora, investidores anjo, fazer pitches, enfim, trabalhar duro?

Acreditamos que ao conhecer as cinco grandes diferenças a seguir você terá dado um passo à frente e estará mais preparado para essa transição:

  1. Acostume-se a não ter um “sobrenome corporativo”

É muito comum, senão uma regra, o profissional aliar o seu nome ao da empresa, especialmente se for uma grande corporação. É preciso admitir que isso exerce certa influência, abre portas e faz as pessoas abrirem espaço em suas agendas. Já com empreendedores isso não acontece, pelo menos não antes da startup ser reconhecida popularmente, ter saído na imprensa ou ter recebido aporte, e é preciso se acostumar com isso. ­

  1. O timing do ecossistema é outro

Quando se tem uma startup é preciso criar o produto ou serviço, testar e validar o mais rápido possível. Além disso, os processos e ciclos precisam ser mais rápidos e dinâmicos, assim como a parte burocrática. Diferente do tempo que leva uma grande empresa para tirar um projeto do papel.

  1. O seu chefe não senta em um aquário de vidro ou em uma mesa separada, mas ele existe!

Se você pensa que empreender significa se livrar da ideia de ter um chefe ou supervisão você está enganado, o que muda é a figura que o representa. O chefe de qualquer empreendedor é o seu cliente, e é com ele que deve ser a sua maior preocupação. Investidores-anjo e mentores entram na categoria de supervisores e parceiros, afinal são eles que investem dinheiro, tempo e também querem ver resultados.

  1. Ter horário flexível não significa trabalhar menos

Tem pessoas que preferem trabalhar à noite, ou de madrugada porque são mais produtivas, outras preferem trabalhar logo cedo, e empreender permite isso. Mesmo assim, não assuma que um horário flexível significa trabalhar menos, pelo contrário, muitos empreendedores acabam trabalhando mais que as 8 horas previstas, inclusive aos finais de semana e é preciso ter disciplina para trabalhar sem “bater cartão”.

  1. Contratar funcionários pode ser desafiador

No Brasil o status que as grandes empresas trazem ainda é grande e é extremamente comum que estas sejam o grande objetivo de carreira de quem está no mercado de trabalho, principalmente por conta dos benefícios oferecidos e da estabilidade.

Então como encontrar e reter talentos dentro da sua startup? Pode ser desafiador, mas o caminho é oferecer uma proposta de valor diferente para o funcionário, impulsionando-o a trabalhar como dono da startup, além de apresentar o projeto evidenciar a relevância, propósito e projeção de crescimento do negócio.

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