Nesta semana acontece o Expo Fórum Digitalks, evento que debate os principais temas que impactam o mundo dos negócios digitais. Mais de 6 mil participantes participaram do evento, que contou com a presença de 120 expositores e 220 palestrantes, em 11 palcos de conteúdo.

Um dos temas abordados no evento foi “Digital First: o conceito do momento e como ele influencia o marketing das empresas”. Para debater o assunto, participaram de um painel Marilia Baggio, ex-gerente de marketing da Anhembi Morumbi; Otávio Juliato, CCO do Omelete; Isabela Boccara, coordenadora de marketing da Melitta, e Rafael Constantinou, gerente de marketing da Webmotors. O painel foi mediado por Edney Souza, da Digital House.

Marília começou o painel falando sobre a importância do marketing digital para um mercado tão desafiador como o da educação. “O marketing educacional costuma sempre falar da própria instituição, mas a gente não costuma pensar que, do lado de lá, tem uma pessoa que está sendo impactada e acha que a universidade não faz mais do que a obrigação em ser excelente”, diz.

Como, em grande parte dos casos, quem paga as mensalidades da graduação, o marketing tem o duplo desafio de fazer com que o aluno se interesse pela instituição ao mesmo tempo em que convence os pais de que a escolha da faculdade foi acertada. “Eu preciso dar argumentos pro filho convencer o pai de que a nossa instituição foi a melhor escolha. Eu preciso fazer o marketing tradicional, mas o digital é onde eu me conecto emocionalmente com os pais e alunos”, explica.

Ao falarem sobre dicas para os participantes sobre marketing digital, Marília pontuou que “o digital first é importante, mas o ‘consumer first’ é mais importante ainda. A gente não pode se esquecer que, ao final do dia, a tecnologia é feita de pessoas para pessoas.”

Rafael, da Webmotors, completou. “Se eu puder dar uma dica para quem vai embarcar nessa jornada, é: não siga uma receita de bolo, porque cada jornada de consumo tem sua particularidade. É preciso entender as principais dores dos clientes e de que forma você vai utilizar o digital para resolver isso.”

Isabella também pontuou a importância de se atentar às demandas dos consumidores. “Quando olhamos nossas métricas, nós vemos números de engajamento, por isso a gente acaba esquecendo que cada número daqueles é uma pessoa. Minha dica é: pergunte para as pessoas, os seus consumidores, como elas realizam seus processos hoje, porque você começa a criar uma empatia. Se você colocar uma cara naqueles números, tratá-los como pessoas de fato, você consegue resolver 100% da jornada desse cliente”, afirma.

Otávio, do Omelete, também falou sobre a importância de se comunicar com seu público-alvo a partir da plataforma correta. “Hoje, o novo plano de mídia é o relacionamento. Por qual canal é mais fácil você se comunicar com o seu consumidor? Afinal, relacionamento não é só vender.”

Sobre os desafios de adotar uma postura “digital first”, Rafael falou sobre a jornada de seus públicos, tanto de quem compra um carro pela plataforma quanto de quem vende. “O nosso desafio é ajudar o comprador no pós compra, porque comprar carro é um processo longo e é uma aquisição duradoura. Então, eu tenho que estar presente daqui 3, 4 anos a partir daquela compra pela plataforma. A gente se posiciona como o cara que vai ajudar o dono do carro ao longo da jornada dele com o veículo”, explica.

Marília diz que, no marketing educacional, a estratégia foi dividir a jornada do consumidor em diversas partes para oferecer soluções para cada desafio que chegue ao longo do caminho. “Uma coisa que a gente fez foi estudar a jornada do aluno, desde a hora em que ele escolhe a universidade até a hora que você termina a graduação. A gente quebrou essa jornada em etapas e estudou os problemas de cada um desses momentos, para podermos saber como ajudá-los”, finaliza.

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