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Publicado em: 12 de agosto, 2021
Endeavor Brasil

Endeavor Brasil

A Endeavor é a rede formada pelas empreendedoras e empreendedores à frente das scale-ups que mais crescem no mundo e que são grandes exemplos para o país.

Construir comunidades para impulsionar o sonho grande. Essa é a premissa por trás da Squid, scale-up acelerada pela Endeavor, que oferece uma plataforma para que as marcas consigam realizar uma estratégia de community marketing. E é também com essa premissa que usa a Inovação Aberta para acelerar seu crescimento. Conversamos com Felipe Oliva, fundador e CEO da Squid, que compartilhou algumas práticas para a geração de bons negócios de inovação aberta.

Inovação Aberta, por si só, é sobre construir comunidades. Por meio de conexões ganha-ganha entre scale-ups e grandes empresas,  desafios latentes são resolvidos de forma rápida, e novos caminhos e inovações são desenvolvidos. 

Ao acessar novos mercados, em outras geografias ou segmentos, as scale-ups levam inovação para indústrias tradicionais. E, acessando capital por meio de Corporate Venture Capital, elas dobram a velocidade para gerarem ainda mais impacto. 

Uma das scale-ups que usa da inovação aberta para potencializar o seu crescimento e impacto é a Squid, que já participou de diferentes programas de aceleração da Endeavor, patrocinados por empresas como Algar, BR Distribuidora, Edenred, Eurofarma, GPA e Mag Seguros.

A Squid oferece uma solução em tecnologia que aposta no community marketing para conectar marcas a influenciadoras e influenciadores digitais, com métricas que amplificam a relevância das ações e geram resultados.

De 2014 pra cá, a scale-up acumula a experiência de mais de 3.000 campanhas realizadas para marcas como 99, Magazine Luiza, Unilever e Spotify. Agora, tem o sonho grande de ser a plataforma global para as marcas realizarem uma estratégia escalável de community marketing. 

Squid e Inovação Aberta

Trabalhando ao lado de grandes empresas desde o início do negócio, Felipe Oliva, fundador e CEO da Squid, aprendeu que existem premissas e práticas importantes que devem ser seguidas tanto pelos empreendedores e empreendedoras quanto pelas corporações para que as conexões sejam positivas para ambos os lados.

“Não é só sobre um bom produto e tecnologia. Tem uma camada de confiança que precisa ser construída com as grandes empresas. […] Nós acreditamos que o mercado precisa conversar para evoluir.” – Felipe Oliva, CEO e fundador da Squid”

Apesar de muitas empresas estarem olhando para Inovação Aberta nos últimos tempos, ainda existem desafios. Recentemente, a Endeavor realizou uma pesquisa com empreendedoras e empreendedores à frente de scale-ups da nossa rede para entender: quais são as principais dificuldades para a geração de negócios positivos com grandes empresas? 

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Os resultados mostram que ainda há muito o que aprender – mas a boa notícia é que existem muitas empresas dispostas a compartilhar e ensinar com base nas suas experiências.

Por isso, convidamos o empreendedor Felipe Oliva para dividir seus aprendizados desses sete anos realizando iniciativas com grandes empresas. Confira! 

Na Squid, vocês vivenciam o ecossistema de inovação no Brasil desde 2014. Como você enxerga a evolução das empresas ao longo dos anos?

FO: A gente viu esse ecossistema amadurecer de perto. No começo, existia um grande desalinhamento de expectativas entre empresas e startups. Muitas vezes, muitas startups paravam toda a operação para lidar com as demandas de uma grande empresa. 

Mas, com o tempo, esse cenário está mudando. 

Na Squid, nós também amadurecemos com esse ecossistema. Aprendemos a conversar com grandes empresas. Aprendemos a transitar dentro das empresas e a conversar com todas as pessoas de todas as áreas de uma empresa. Sem contar que cada empresa tem uma dinâmica diferente. Então, aprendemos a entrar em uma empresa e crescer dentro dela, entendendo as dores e demandas para conseguir gerar valor. Isso é muito difícil de fazer. Por isso os programas de Inovação Aberta são importantes, eles nos ensinaram a conversar com grandes empresas. 

Nós também aprendemos que, para se relacionar com grandes empresas, é preciso foco. É preciso entender onde você quer chegar e gastar o seu tempo. Nós optamos por não ter Venture Capital, mas ter boas empresas parceiras da nossa solução. 

Como empreendedor, como você enxerga o papel de grandes empresas, que já estão no mercado há muitos anos, para potencializar o desenvolvimento do ecossistema de inovação no Brasil?

FO: O relacionamento com grandes empresas nos ajudou, inclusive, a melhorar o nosso produto e encontrar o modelo de negócios ideal. Antes, atendíamos qualquer tamanho de empresa. Hoje vimos que nosso modelo é B2B Enterprise.

E isso também fez com que a gente aprendesse a gerar valor para as empresas. Em uma empresa, por exemplo, nós temos um contrato que não é de fornecedor. O contrato é de aliança estratégica. Lá, nós entramos pequenos, fechamos uma POC, provamos o valor e, depois de um ano e meio, fechamos um novo contrato.

Inovação Aberta demora. É preciso plantar sementes e ter paciência. Hoje, nós já temos um backlog com essa empresa e vamos priorizando as principais demandas e iniciativas que eles vão dividindo com a gente. Essas relações de confiança com nossos clientes financiam a nossa plataforma no longo prazo.

Mas, hoje,as grandes empresas perceberam que sem startups e scale-ups não dá para inovar ou para ter um grande diferencial no mercado e na indústria. 

Sem contar que, do nosso lado, as trocas com as grandes empresas são muito ricas para a gente também. Além de conversar com C-Levels e crescer como empreendedor, eu também entendo as dores de construção de comunidade de cada segmento em específico e consigo melhorar meu produto. 

O que você aprendeu realizando Inovação Aberta com as empresas parceiras da Endeavor? 

FO: A Endeavor chega na história da Squid em 2018, quando participamos pela primeira vez de um programa de aceleração. Depois, foram mais dois programas de aceleração e, nestes três anos de interações já foram mais de 20 mentorias individuais, participações em eventos coletivos e inúmeras conexões realizadas.

Pela Endeavor, nos conectamos com a Algar, que é nosso cliente até hoje. O Daniel, que era o sponsor, na época, se tornou um grande mentor para nós. 

Também fizemos negócios com o GPA, que nos ensinou a trabalhar com varejo. Eles foram o primeiro grande cliente desse setor e foi uma escola para nós. 

O negócio que geramos com a BR Distribuidora fez com que a gente tivesse ótimos aprendizados e insights sobre o nosso modelo. Quando fizemos o diagnóstico com eles, vimos que existiam vários pontos que poderíamos atacar, mas priorizamos um projeto por vez. O mais legal dessa relação é a confiança que eles têm em nós, abriram espaço para aprendermos juntos e construímos uma comunidade que cresce cada dia mais. 

Quais práticas são essenciais, tanto do lado das grandes empresas quanto de startups e scale-ups, para o sucesso das conexões?

FO: Relacionamento. Não é só sobre um bom produto e tecnologia. Tem uma camada de confiança que precisa ser construída com as grandes empresas. 

Na Squid, nós também tentamos conectar nossos clientes uns com os outros para criar relacionamento. Porque nós também queremos construir a nossa comunidade. Nós acreditamos que o mercado precisa conversar para evoluir. 

E quais as boas práticas essenciais para a geração de negócios entre as scale-ups e grandes empresas?

FO: Em toda conexão, realizamos um diagnóstico antes para entender as dores e alinhar as expectativas. Não prometemos entregar tudo sem conhecer a realidade da empresa, o que eles realmente precisam e o que nós conseguimos entregar. Assim, não geramos desconforto inicial – e desnecessário – na parceria. 

Esse alinhamento de expectativas ajuda, inclusive, a gerar valor para os dois lados. 

Inovação Aberta é cultura. Quais os aprendizados você pode compartilhar sobre a cultura de inovação nas empresas?

FO: Nós já tivemos experiências em que nossos projetos não foram pra frente porque as outras áreas da empresa não tinham a mesma cultura de inovação. Então, eu acredito que a empresa precisa estar preparada para a Inovação Aberta. 

Às vezes, uma cultura de inovação demora. Mas, eu já vi várias empresas com pontos de contatos preparados em todas as áreas. Isso facilitou muito o desenvolvimento dos projetos. 

Como scale-up, qual a principal dica que você pode dar para empresas que estão começando ou desenvolvendo sua jornada de transformação digital?

FO: Nós somos uma scale-up que testa muito. Vamos errando, aprendendo e melhorando. Então, a minha dica seria começar. Começar pequeno. Começar com quem sabe, a própria Endeavor oferece iniciativas que ajudam na transformação digital das grandes empresas.

Inovação Aberta tem que ser sustentável e de longo prazo. Por isso, comece pequeno, converse com outras pessoas que já estão fazendo. E, assim, entenda qual estratégia é a ideal para a empresa. 


Quer conhecer um desses cases na prática? Em breve, publicaremos aqui.

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