Até quarta-feira (27), acontece o Fórum Ibero-americano de MPMEs – Pense nas Pequenas Primeiro, com a participação de especialistas e representantes do setor produtivo e governamental

O primeiro dia do Fórum Ibero-americano de MPMEs – Pense nas Pequenas Primeiro, que acontece até quarta-feira (27), destacou a atuação de países como Brasil, Espanha e Argentina, entre outros, em prol dos pequenos negócios, sobretudo diante dos desafios da pandemia da Covid-19. Com o apoio institucional do Sebrae e da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia, o evento é realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Secretaria Geral Ibero-americana (Segib) e o Conselho de Empresários Ibero-americanos (Ceib). 

Durante abertura do encontro, que foi transmitido online com participação ao vivo de Brasília e de Madri, na Espanha, o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, destacou a importância de reunir instituições comprometidas com o fortalecimento das MPE neste momento. “Com muito diálogo é possível uma rápida identificação de agendas e troca de experiências para partirmos para a prática e implementar as políticas para que as micro e pequenas empresas, que tanto sofreram na pandemia, possam sair mais renovadas, mais digitalizadas e com mais produtividade”, avaliou. 

Segundo ele, o país vive a retomada das atividades econômicas com a aceleração do calendário de vacinação contra a Covid-19. “O verão que se aproxima será uma boa oportunidade para o setor de serviços, um dos mais impactados e o que mais abriga os pequenos negócios, principalmente, em segmentos fortes como o Turismo. Será o momento para uma retomada sustentável da economia, com geração de empregos nas micro e pequenas empresas”, observou. 

O presidente do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa da CNI, Amaro Sales de Araújo, aproveitou a ocasião para ressaltar os impactos fortes da pandemia sobre os negócios, em especial, nas empresas de menor porte. “Precisamos olhar para frente e discutirmos a recuperação e o crescimento das MPE ibero-americanas no cenário pós-pandemia e influenciar, consequentemente, políticas públicas específicas ou transversais que fortaleçam os pequenos negócios. A recuperação, todavia, dependerá da capacidade de captação de financiamento para as MPE”, comentou. 

Por sua vez, o secretário Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, fez um breve balanço das ações do governo federal nos últimos anos para implementar a política nacional de micro e pequenas empresas. De acordo com ele, os próximos desafios incluem o marco legal do reempreendedorismo, a renegociação tributária das MPE e a digitalização. “Nos últimos três anos, apesar da pandemia no caminho, foram criados mais de 7 milhões de empregos entre as MPE do nosso país. Apenas nos meses de maio, julho e julho, deste ano, foram abertas 1,4 milhão de pequenas empresas em nosso país. Isso é resultado de uma série de medidas, mas, acima de tudo, reflete a característica do nosso povo ibero-americano que é criativo, flexível, inquieto e cheios de energia”, declarou.

Recuperação das MPE

Durante o painel “Políticas Públicas para recuperação das MPE”, o diretor técnico, Bruno Quick, fez um panorama das estratégias que o Sebrae definiu para o enfrentamento da pandemia, de acordo com a imensa diversidade das micro e pequenas empresas brasileiras. Segundo ele, nos últimos 15 anos, o Brasil deu um salto significativo no número de micro e pequenas empresas, com destaque para a figura do Microempreendedor Individual. “O aumento desse universo, trazendo as empresas para formalidade, foi fundamental para alcançá-los com políticas públicas. Devido a pluralidade dessas empresas, foi necessário buscar soluções muitos específicas e objetivas para cada realidade empresarial e nós, Sebrae, que atuamos como um instrumento de políticas públicas, fizemos a customização dessas políticas para alcançar os empreendedores”, explicou. 

Ele detalhou os cenários projetados para definir a atuação do Sebrae durante a pandemia, considerando a natureza das empresas na primeira fase de isolamento, na segunda fase da flexibilização gradual das restrições e, por último, no contexto pós-vacina. “Nós tivemos o cuidado de entender como a pandemia impactaria cada setor econômico e como o processo da vacinação seria central para a retomada das atividades”, pontuou. Nas primeiras duas fases, ele destacou as ações voltadas para a digitalização dos pequenos negócios, capacitações à distância, cursos pelo Whatsapp e Telegram, disponibilização do aplicativo do Sebrae, acesso a crédito com garantia do Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), entre outras. Nesta última fase, destacaram-se as iniciativas de apoio à abertura de novos negócios, incremento da produtividade e inteligência com tecnologia da informação. 

Para acompanhar o Fórum Ibero-americano de MPMEs – Pense nas Pequenas Primeiro, clique aqui.   

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