Alura Alura

Publicado em: 19 de abril, 2023
Ana Cardozo

Ada Lovelace, a primeira pessoa da História a escrever um algoritmo, disse que “a imaginação é a faculdade da descoberta. É ela que penetra nos mundos invisíveis que nos rodeiam, nos mundos da ciência”.

Considerada a mãe da programação, ela enxergava os números e a matemática como forma de expressão. Essa visão reverbera nos dias de hoje, afinal, programar é criar.  Através dos códigos, a programação oferece meios para dar vida a novas ideias e soluções.

E foi isso que Paulo, Guilherme e Adriano fizeram ao fundar a Alura. Com a missão de promover conhecimento, a scale-up oferece para estudantes e profissionais de todo o país a possibilidade de criar e, com isso, transformar suas vidas e carreiras.

Primeiros passos na programação

Paulo e Guilherme são irmãos, filhos de um professor e uma assistente social. Desde cedo, desenvolveram gosto pela computação influenciados pelo pai, um curioso da tecnologia.

Aos dez anos, Paulo já se aventurava nos códigos. Seis anos depois, criou seu próprio software, um programa para automatizar comunicações manuais por meio de templates.

Aos oito, Guilherme criava seus próprios jogos. “Não sabia cantar, pintar, tocar ou jogar futebol. O computador foi meu espaço de criação, inventava meus jogos no papel e passava para o computador depois”, lembra. Dois anos depois, passou a dar aulas de computação para sua professora de matemática e, no último ano do ensino médio, criou um e-commerce de cachorros quando lojas online ainda eram raridade.

A família de Adriano foi do interior de Minas Gerais para São Paulo. Inspirado pela paisagem mineira e suas ferrovias, ele sonhava em ser maquinista de trem. Mas aos 15 anos, foi influenciado pelo irmão mais velho, que era programador. “Na adolescência, fiz ensino médio técnico em informática e automatização de negócios, o mesmo curso que meu irmão havia feito dez anos antes. Lá, aprendi a programar”, Adriano conta.

Caelum: o início da criação

Paulo começou a faculdade de engenharia e depois mudou para o curso de ciência da computação. Participou de vários projetos, como Empresa Júnior, grupos Open Source e iniciação científica. Iniciativas que, para ele, contribuíram para desenvolver o espírito empreendedor.

“Para as pessoas próximas, era meio óbvio que eu e Guilherme iríamos empreender, mas para mim nunca foi. Já mais velho, em um encontro com colegas do ensino médio, contei que tinha fundado uma empresa. Um deles respondeu: ‘é claro, você sempre estava criando algo’”, Paulo relembra.

Guilherme cursou matemática por apenas um semestre e foi trabalhar na Alemanha como programador. Ficou lá por dois anos e, ao voltar para o Brasil, participou de várias competições nacionais e internacionais de programação.

Queria trabalhar na mesma empresa onde Paulo dava aulas de Java. Não conseguiu. Partiu para outro emprego, mas percebeu que seu desejo era ensinar.

Paulo também enxergava oportunidades na área da educação. “Nos anos 2000, Agile e tecnologias Open Source eram consideradas amadoras, de hacker. Vimos que dava para ensinar para mais gente essas linguagens e metodologias que as grandes empresas não queriam explorar, com medo de atacarem seus próprios mercados”, ele explica.

Sem competição direta no mercado, nasce a Caelum, uma empresa de ensino de programação presencial.

“Esse é um pouco do nosso coração: focar em tópicos historicamente complicados e explicar de forma que as pessoas consigam entender. Quando decidimos abrir a Caelum, era a oportunidade de trabalhar e ensinar essas ferramentas alternativas”, pontua Guilherme.

Adriano chega na história quando cursava a faculdade de sistemas de informação. Ele participava do maior fórum de programação do país, o GUJ, criado por Paulo e Guilherme. “No GUJ, pessoas que eram mais iniciantes, como eu, entravam com o objetivo de acompanhar o que a comunidade estava discutindo. Paulo e Guilherme eram algumas das pessoas que mais postavam no fórum e foi por lá que eu conheci a Caelum”, Adriano explica.

Adriano decidiu aprender Java na Caelum. Pouco tempo depois, estudou outra linguagem de programação e se destacou no curso. Em 2008, recebeu um convite de Guilherme para conversar: queria convidá-lo para trabalharem juntos.

Criando a Alura

A Caelum começou a crescer, assim como a demanda de estudantes de várias regiões do Brasil. Ensinar em um espaço físico impunha algumas limitações, ao mesmo tempo que Guilherme e Paulo tinham dúvidas sobre a qualidade das aulas remotas.

Até que, em 2011, Guilherme conheceu uma plataforma online de idiomas que chamou sua atenção. Existia uma analogia com as salas de aula e estudantes conseguiam interagir e trocar informações mesmo à distância.

“Algumas plataformas estavam  mudando o significado de estudar online, decidimos testar e trazer uma experiência diferente. Era uma forma de alcançarmos mais gente e crescermos como empresa. Era positivo do ponto de vista educacional e comercial”, Guilherme conta.

Neste mesmo ano, nascia a plataforma online da Caelum. Em 2013, com o crescimento da abordagem de ensino online, a plataforma é rebatizada como Alura.

Juntos, Adriano, Guilherme e Paulo fundaram o que se tornaria a maior escola online de tecnologia do país.

Empreendedores-Endeavor-da-Alura

Os anos de experiência com educação ajudaram os empreendedores a tomarem decisões mais inteligentes, o que foi decisivo para o crescimento da Alura já nos seus primeiros anos.

“Ao longo do tempo, fizemos várias apostas, todas conscientes, mesmo as que não deram certo. Amadurecemos a sensibilidade de enxergar quais delas faziam sentido. Há dez anos atrás, a gente atiraria para todos os lados. Hoje, temos muito mais foco e clareza”, diz Adriano.

Todo esse foco deu certo. Atualmente, a Alura oferece mais de 1.400 cursos para mais de 800 mil estudantes ativos, que aprendem quando e onde quiserem com uma comunidade colaborativa.

Programação para criar oportunidades

A scale-up tem como missão transformar as vidas e carreiras de estudantes. O objetivo foi ainda mais longe com o Alura Start, que leva o ensino de programação para as escolas públicas. O projeto já impactou 500 mil alunas e alunos dos ensinos fundamental e médio.

“Recebi uma foto da sala de aula, com meu rosto no computador de todo mundo. Não tem recompensa maior para um educador do que ver sua solução sendo usada em larga escala, com alegria, por estudantes de escolas públicas. É uma geração de pessoas aprendendo a programar. Esse é o sonho se realizando. E dá para ser maior, alcançando ainda mais estudantes”, Guilherme conta.

Adriano complementa: “lembramos o nome das professoras e professores que marcaram nossa vida. Lembro do meu professor Lúcio, porque ele também lembrava meu nome, sabia no que eu era bom e entendia minha forma de aprender. Quero que nossas alunas e alunos lembrem não só o nosso nome, mas também que foi na Alura que aprenderam a programar, que foi a Alura que ajudou a abrir portas.”

Além de criar cada vez mais oportunidades para todas as pessoas que querem aprender a programar, a Alura quer se tornar um think thank, uma referência pensadora e educadora em tecnologia no Brasil e na América Latina.

Assim como programar, empreender envolve imaginação, criatividade e conhecimento para visualizar o que pode ser alcançado – e da melhor forma.

“Passamos dois anos sendo acelerados pela Endeavor, no Programa Scale-Up. Encontramos um ambiente muito próximo de onde viemos: com fóruns, discussões e aprendizados. Tivemos mentorias que foram importantes para decisões críticas do negócio. Esse ambiente em que podemos trocar, ensinar e aprender é onde nos sentimos confortáveis”, finaliza Adriano.

Hoje, os Empreendedores Endeavor Guilherme, Paulo e Adriano têm o apoio da nossa rede global para escalarem seus sonhos à frente da Alura e continuarem criando: novas soluções, várias oportunidades e muito impacto. 


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