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O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, reforça a importância da participação feminina nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Apesar dos avanços, a igualdade de gênero nesse campo ainda não foi alcançada globalmente, com apenas 35% dos estudantes de STEM sendo mulheres. Nesse cenário, a estudante Isabella Furlan, de São Paulo, criou o Desafio Pioneiro, uma competição nacional que uniu ciência e empreendedorismo.
A iniciativa surgiu da percepção de Isabella sobre a falta de continuidade prática de projetos apresentados em feiras científicas. O evento incentivou alunos do 8º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio a desenvolver pesquisas científicas e transformá-las em propostas de negócios aplicáveis ao mercado. Realizado integralmente de forma online, o desafio reuniu cinco mil participantes de diferentes estados do Brasil, ampliando o acesso ao conhecimento e proporcionando uma experiência imersiva.
A competição ocorreu entre outubro e novembro de 2024, dividida em três etapas. Inicialmente, os estudantes desenvolveram projetos científicos acompanhados de planos de negócios. Na fase seguinte, as equipes apresentaram pitches gravados e, posteriormente, participaram de uma rodada final com uma banca avaliadora formada por investidores e CEOs do mercado. O objetivo central foi estimular a aplicação prática do conhecimento científico.
O projeto vencedor foi o “Rover“, um robô de monitoramento de água criado por Manoel Nunes, de Teresina (PI), que recebeu um prêmio de R$ 15 mil e uma vaga no programa de empreendedorismo Inteli Camp. O segundo lugar ficou com “Gestus“, uma inteligência artificial desenvolvida por Renzo Honorato, de São José dos Campos (SP), que traduz língua de sinais para áudio, garantindo ao estudante R$ 10 mil. Em terceiro, “ByLock“, uma marca de moda sustentável criada por Beatriz Lopes e Carolina Miki, levou R$ 5 mil.
Isabella destaca que o evento buscou demonstrar como a ciência pode gerar impacto concreto na sociedade. “Nosso objetivo foi mostrar que a pesquisa científica pode ser aplicada de forma prática, gerando soluções inovadoras”, afirma. A estudante tem experiência em empreendedorismo desde cedo, tendo participado do programa canadense Beta Camp, onde colaborou no desenvolvimento da startup Soul Spark, voltada à saúde mental de adolescentes.
A diretora pedagógica do Brazilian International School (BIS), Audrey Taguti, ressalta a relevância do projeto. “O Desafio Pioneiro reforça a importância de preparar os jovens para atuar de forma ativa e inovadora no mundo científico e empresarial”, declarou.
O evento contou com apoio do Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli) e da Ecom, além de um corpo de jurados composto por especialistas em inovação e negócios. A iniciativa demonstra como a interseção entre ciência e empreendedorismo pode impulsionar novas ideias e fortalecer a formação de futuros profissionais no Brasil. O impacto gerado pelo Desafio Pioneiro destaca a importância de eventos que aproximam a pesquisa da realidade do mercado, estimulando a criação de soluções aplicáveis e viáveis para a sociedade.
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