O Brasil encerrou 2024 com 4,3 milhões de empreendedores com 60 anos ou mais, representando 14,3% do total de donos de pequenos negócios no país, segundo levantamento do Sebrae baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Esse é o maior número já registrado de pessoas nessa faixa etária à frente de empreendimentos. O crescimento foi de 53% entre 2012 e 2024 no número de seniores que comandam pequenos negócios.

Ao longo desses 12 anos, o perfil dos empreendedores seniores passou por mudanças. A proporção de pessoas sem instrução ou que não completaram o ensino fundamental caiu 22,2 pontos percentuais. Em contrapartida, houve aumento de 10,4 pontos percentuais no grupo com ensino médio completo. Já o grupo com ensino superior incompleto ou mais avançado cresceu 8,3 pontos percentuais no período.

Além disso, os empreendedores seniores seguem dedicando menos horas semanais ao trabalho do que outras faixas etárias. Mesmo assim, apresentam alguns dos melhores rendimentos médios e os negócios com maior tempo de operação.

De acordo com o Sebrae, a diversidade entre os empreendedores com 60 anos ou mais também aumentou. A presença feminina chegou a 29,9% do total, o melhor resultado desde o início da série histórica. Houve também crescimento na presença de pessoas negras entre os donos de negócio seniores, com alta de 2,1 pontos percentuais em comparação a 2023.

Outro dado relevante apontado no levantamento é o crescimento no número de empreendedores seniores com registro formal. Entre 2015 e 2024, a parcela de seniores com CNPJ subiu 1,7 ponto percentual.

Esses dados refletem uma tendência de envelhecimento da população brasileira, conforme apontado pelo Censo Demográfico de 2022, que indicou um aumento na porcentagem de brasileiros idosos maiores de 65 anos, passando de 7,4% em 2010 para 10,9% em 2022. Esse envelhecimento populacional tem implicações significativas para o mercado de trabalho e o empreendedorismo no país.

O aumento do empreendedorismo entre os idosos também pode estar relacionado a mudanças nas políticas públicas e no ambiente econômico. Por exemplo, o Sebrae tem atuado em conjunto com medidas econômicas do governo para ampliar oportunidades aos pequenos negócios. Décio Lima, presidente do Sebrae, afirma que “no governo Lula, o empreendedorismo passou a ser uma política de Estado”, destacando que as políticas econômicas adotadas protegem a economia dos pequenos negócios.

Além disso, a busca por modelos de negócios mais seguros e flexíveis tem levado muitos brasileiros a considerar opções como as franquias home based, que permitem trabalhar de casa e oferecem mais autonomia para quem deseja empreender sem abrir mão da estabilidade imediata. Esse tipo de operação tem ganhado destaque entre aqueles que buscam iniciar um negócio com investimento menor.


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