
O bitcoin atingiu o patamar de US$ 109 mil, aproximando-se do recorde anterior de US$ 112 mil. A valorização ocorre em um cenário macroeconômico mais favorável e diante de avanços diplomáticos entre Estados Unidos e Vietnã, além da continuidade dos aportes institucionais por meio de fundos negociados em bolsa.
Segundo dados do CoinGecko, a principal criptomoeda registra alta de 1,6% nas últimas 24 horas, cotada a US$ 109.339. Em reais, o valor equivale a R$ 594.057, com valorização de 0,9%, conforme o Cointrader Monitor. O ether, ativo digital da rede Ethereum, sobe 5,8% e atinge US$ 2.590.
Outras moedas digitais também apresentam desempenho positivo. O XRP, utilizado em transações internacionais pela Ripple, avança 4,7% para US$ 2,28. A solana sobe 3%, alcançando US$ 153,12. O BNB, da Binance Smart Chain, tem leve alta de 0,6%, negociado a US$ 661,11. O valor de mercado total das criptomoedas está em US$ 3,46 trilhões.
O movimento de alta do bitcoin ocorre após a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho norte-americano. O Departamento de Trabalho dos EUA informou a criação de 147 mil vagas em junho, superando a estimativa de 110 mil. A taxa de desemprego caiu de 4,2% para 4,1%, contrariando previsões de alta para 4,3%.
A leitura do mercado é de que, embora o desempenho sólido reduza o risco de desaceleração econômica, também diminui as chances de cortes de juros nas próximas reuniões do Federal Reserve. Ainda assim, o apetite por ativos de risco aumentou, especialmente diante das expectativas em torno dos próximos desdobramentos comerciais.
Na véspera, Washington firmou um acordo com Hanói que estabelece tarifas de 20% sobre importações vietnamitas, abaixo dos 46% definidos anteriormente durante o governo Trump. Em contrapartida, produtos americanos terão acesso ampliado ao mercado do Vietnã.
A Foxbit afirma que o bitcoin reage de forma acelerada a mudanças no ambiente econômico por ser um ativo descentralizado e global. “A possibilidade de concessões comerciais renova a confiança dos investidores. A classe de ativos digitais tende a refletir rapidamente esse tipo de sinalização”, declarou a equipe de análise da corretora.
Nos ETFs de bitcoin à vista negociados nos Estados Unidos, o saldo foi positivo, com entrada líquida de US$ 407,8 milhões. Os destaques foram o FBTC, da Fidelity, com US$ 184 milhões; o ARKB, da Ark Invest, com US$ 83 milhões; e o BITB, da Bitwise, com US$ 64,9 milhões.
No caso dos fundos de ether, o resultado foi um fluxo negativo de US$ 1,9 milhão. A principal saída ocorreu no ETHA, da BlackRock, com resgate de US$ 46,9 milhões. O impacto foi parcialmente compensado pelos ingressos em fundos da Fidelity, Bitwise, Grayscale e VanEck.
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