
*Por Alex Tabor
O comércio eletrônico está passando por uma transformação radical impulsionada pela ascensão das IAs agentes sistemas autônomos capazes de realizar tarefas complexas sem intervenção humana constante. Esse fenômeno, que chamamos de Agentic Commerce, redefine não apenas a experiência do consumidor, mas também os métodos de pagamento e a infraestrutura que os sustenta.
Hoje, as IAs já desempenham um papel crucial no e-commerce, seja através de chatbots que recomendam produtos como o caso da Panvel no WhatsApp, seja processando volumes imensos de dados para otimizar decisões. No entanto, o próximo passo é ainda mais disruptivo: delegar a compra inteira a um agente. Imagine um assistente digital que, com base em suas preferências, orçamento e histórico, pesquisa, compara e finaliza transações sem que você precise sequer abrir um aplicativo.
Esse cenário exige métodos de pagamento tão ágeis e seguros quanto a própria IA. Cartões de crédito, por exemplo, são hoje a opção mais viável, pois permitem transações sem fricção quando integrados a APIs robustas. Já o PIX e boletos, embora populares, ainda dependem de ação humana para confirmação, o que os torna menos ideais para um fluxo totalmente autônomo.
Desafios e oportunidades para os lojistas
Para que as IAs agentes operem em escala, os e-commerces precisam superar três obstáculos críticos:
- Armazenamento de dados de pagamento: lojas que não salvam cartões ou falham nessa funcionalidade perdem não apenas clientes humanos, mas também a confiança das IAs, que priorizam eficiência.
- Login simplificado: exigir senhas exclusivas é um entrave. Logins sociais ou sem senha (via código) são o caminho para reduzir atritos.
- Checkouts com captcha ou autenticação em dois fatores: IAs só conseguem concluir compras de maneira totalmente autônoma se o checkout não obriga intervenção humana como é o caso com captchas ou autenticação em dois fatores.
A segurança, é claro, não pode ser negligenciada. Na empresa em que lidero, investimos em tokenização avançada e biometria cross-platform para garantir que pagamentos automatizados sejam tão seguros quanto ágeis. A fricção adicional de biometria ou outras medidas adicionais de segurança pode ser apresentado na configuração do agente. Após autenticado, a IA pode ser dado autonomia.
O futuro: pagamentos como serviço autônomo
Até 2026 veremos IAs buscando as melhores condições de pagamento — como preço baixo e parcelamento sem juros — diretamente com as lojas. Marketplaces podem sair na frente, mas lojas independentes que adotarem protocolos abertos e integrações fluidas terão vantagem.
E para não ficar para trás, os lojistas devem começar agora:
- Implementar APIs robustas para comunicação com agentes de IA.
- Priorizar métodos de pagamento sem fricção, como cartões tokenizados.
- Testar checkouts sob a ótica de uma IA, eliminando etapas manuais.
O Agentic Commerce não é uma tendência distante — é uma realidade em construção. Quem se adaptar hoje colherá os frutos de um e-commerce onde conveniência e autonomia andam de mãos dadas.
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