
O mercado brasileiro de fusões e aquisições (M&A) registra em 2025 o maior volume de transações dos últimos três anos. Até maio, foram concluídas 596 operações, crescimento de 14,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O montante financeiro envolvido já alcança R$ 120 bilhões. A projeção de analistas é que o país encerre o ano com aproximadamente 1.400 negociações concluídas, contrariando a tendência global de retração, que observa queda de 9% em volume de transações.
Empresas nacionais lideram esse movimento, participando de 77% das operações. Investidores estratégicos correspondem a 67% do total, enquanto fundos de private equity e demais agentes financeiros respondem por 33%. Embora o volume indique retomada, a execução bem-sucedida de fusões exige soluções para desafios operacionais e jurídicos presentes em todas as etapas do processo.
A fase de integração, pós-assinatura, concentra os maiores riscos. A combinação de estruturas organizacionais, culturas distintas e plataformas tecnológicas com padrões diferentes pode comprometer prazos e metas. A dificuldade de harmonizar sistemas, dados e rotinas torna-se um obstáculo relevante, especialmente para capturar as sinergias previstas.
Além da convergência de sistemas, o sucesso das transações depende da preservação de equipes-chave, que muitas vezes saem durante a transição. Junto a isso, o cumprimento de exigências regulatórias, como a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), impõe cronogramas e obrigações adicionais às empresas envolvidas.
Organização de documentos e dados se torna ponto crítico em fusões
Um aspecto que tem se mostrado central na viabilização dos processos de M&A é a governança da informação. A gestão documental digital, segura e acessível passou a ser considerada um diferencial competitivo. Isso se reflete especialmente durante a due diligence, fase em que o comprador avalia os dados da empresa-alvo. Nessa etapa, a ausência de estrutura documental organizada pode atrasar ou até inviabilizar a conclusão da operação.
O uso de plataformas digitais com acesso criptografado, que permitem centralizar, compartilhar e monitorar arquivos em tempo real, tem se tornado prática comum nas transações. Os chamados “data rooms virtuais” permitem que todas as partes envolvidas como times jurídicos, consultores financeiros e analistas visualizem e analisem os documentos de forma simultânea, com registro de acessos e edições.
Esse modelo reduz o risco de perda de informações, elimina a dependência de processos físicos e facilita auditorias. Também aumenta a segurança contra vazamento de dados e garante conformidade com as exigências legais e contratuais. Com as equipes cada vez mais distribuídas geograficamente, o compartilhamento digital contribui para decisões mais rápidas e alinhadas.
Outro ponto relevante é a retenção de conhecimento após a aquisição. Durante processos de transição, há risco de omissão de dados estratégicos por parte de colaboradores da empresa incorporada, seja por insegurança, seja por desinformação. Ter mecanismos de governança documental que independem de indivíduos torna-se fundamental para manter a integridade das informações e assegurar que o valor do negócio seja preservado.
Nesse contexto, a adoção de sistemas de gerenciamento digital não se limita a uma escolha operacional. A estrutura documental pode influenciar diretamente a avaliação do ativo, a velocidade de análise e a viabilidade do investimento. Em um ambiente de negócios mais dinâmico, o domínio sobre dados e documentos torna-se uma variável decisiva no sucesso de operações de aquisição ou fusão.
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