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Publicado em: 11 de janeiro, 2023
Endeavor Brasil Endeavor Brasil

Endeavor Brasil

A Endeavor é a rede formada pelas empreendedoras e empreendedores à frente das scale-ups que mais crescem no mundo e que são grandes exemplos para o país.

Uma história sobre coincidências. 

Rhavi e Finn se encontraram e reencontraram diversas vezes, de formas inesperadas. E foi do acaso que surgiu uma amizade duradoura. E a Fluency Academy.

Essa  história foi escrita com um pouquinho de acaso aqui ou ali, a criatividade do Rhavi, e o espírito empreendedor de Finn, que levaram a Fluency para muito além dos projetos que estavam no papel.

Inclusive, essa história começa falando sobre criatividade: o principal material de um artista.

Rhavi, o artista

Quando começou a pavimentar a estrada pela qual seguiria no seu futuro, Rhavi tinha certeza de uma coisa: iria ser artista.

Filho de músicos, ele sempre teve um contato próximo com todas as formas de arte, e desde cedo foi incentivado a trabalhar sua criatividade. “Meus pais sempre colocavam uma caneta e um papel na minha mão para desenhar. Eu passei minha infância toda apaixonado por desenho”, conta Rhavi.

Não demorou para que deste incentivo nascessem os primeiros frutos: decidiu que seria quadrinista e passou sua adolescência estudando a arte das HQs, dos desenhos e das cores.

Assim que se formou, pegou seu diploma e voou para os Estados Unidos. Lá, aprendeu o idioma, trabalhou e quando voltou, começou a dar aulas de inglês.

Nessas aulas, percebeu que era possível seguir na estrada da arte, só que não como desenhista, músico ou quadrinista: mas como professor.

A arte de ensinar

Como professor, Rhavi fugia dos padrões: acreditava que ensinar ia muito além de decorar materiais didáticos. Era possível aprender de forma dinâmica com foco na conversação, o que era bem diferente dos métodos tradicionais comuns nas escolas de idiomas que focam muito nas regras e na gramática

Um dia,  encontrou uma oportunidade que mudaria tudo: começou a lecionar para um diretor de uma grande empresa que precisava se preparar para um curso na Universidade de Harvard. Foi ali que Rhavi viu a oportunidade de fugir dos métodos tradicionais e colocar em prática uma nova forma de ensinar um novo idioma.

Não deu outra: o método não só funcionou brilhantemente como o diretor foi aprovado no curso. Logo a fama do professor se espalhou entre as lideranças e pouco tempo depois, foi convidado para dar uma aula para um grande número de pessoas que trabalhavam naquela mesma empresa. 

Aquele era seu primeiro grande desafio: como adaptar o sucesso do método realizado individualmente agora para um grupo de pessoas?

Mas Rhavi era um artista, e como todo artista ele dominava a arte: a arte de ensinar.

A empresa de um homem só 

Com milhares de alunas e alunos em um ambiente corporativo, precisou  otimizar sua forma de ensino: afinal, como ensinar inglês de uma forma que alcançassem a fluência e conseguissem manter uma conversa em poucos meses?

“Abri meu CNPJ e comecei sozinho. Era uma escola de inglês corporativo. E eu vi que, por trás daquelas aulas, tinha um modelo de negócio no qual eu estava ganhando muito mais por conta das turmas maiores. Comecei a replicar esse modelo em outras empresas e a batalhar para crescer em cada uma delas. Fiquei vários anos fazendo isso com a Business Town, que era o nome da minha empresa. Nesse meio tempo, desenvolvi habilidades de negociação, porque eu negociava toda parte de material didático direto com as fornecedoras. Fui conhecendo cada vez mais caminhos para ensinar de um jeito diferente, que eu realmente acreditasse e desse resultados. Então, essa experiência foi uma baita de uma escola”, relata.

Com a bagagem em mãos, Rhavi estava pronto para iniciar uma nova jornada de ensino e atingir um número cada vez maior de alunas e alunos que queriam se tornar fluentes na língua inglesa.

Para levar esse sonho de democratizar o aprendizado de idioma para todo mundo, era necessário começar a organizar as ideias. Foi preciso encontrar alguém que complementasse o Rhavi nessa empreitada. Alguém com experiência em empreendedorismo para preencher áreas importantes de um negócio, que normalmente ficam no backstage, para o plano começar a decolar.

Finn, o business man

Nascido e criado na Nova Zelândia, Finn cresceu no meio do empreendedorismo. Seus pais tiveram diversos negócios, desde uma loja de pequenas lembranças de viagem – as keepsakes –, até produtos que podiam ser vendidos em feiras, o que fazia com que viajasse e conhecesse diversas cidades e culturas de seu país.

Isso fez com que despertasse no Finn um interesse cada vez maior por diferentes negócios e investimentos.

Neste meio tempo em que se aprofundava cada vez mais nos estudos, fez uma viagem ao Brasil. Na volta à Nova Zelândia, decidiu largar o ensino médio para se aventurar em projetos de e-commerces.

Uma viagem ao Brasil que marcou a trajetória de Finn e foi apenas a primeira de muitas.

Em uma delas, inclusive, acabou conhecendo aquele que seria o seu futuro sócio.

Uma conversa de bar

Rhavi e Finn se conheceram em um bar através de amigos em comum.

Por coincidência, Finn estava trabalhando em uma plataforma de ensino online e não demorou para que trocassem figurinhas por horas sobre o assunto.

Enquanto Finn voltava para Nova Zelândia, Rhavi escrevia o que seria, em tese, a Fluency Academy.

“No começo de 2016, eu vi uma oportunidade super legal na internet: percebi que existiam pessoas fazendo conteúdos online e que estavam conquistando legiões de fãs e milhares de seguidores. Na época, a ideia era de combinar ensino e venda através da influência em canais digitais. E o raciocínio era o seguinte: preciso estabelecer essa mesma conexão que tenho com minhas alunas e alunos, só que online”, conta Rhavi.

Ele percebeu que, através dessa conexão, seria possível reter alunas e alunos por mais tempo dentro da plataforma e, como consequência, teria mais conexões com mais alunas, alunos e professores.

Era uma tese que se retroalimentaria e se transformaria em uma grande rede de apoio e aprendizado.

Durante um ano, Rhavi entrou de cabeça no negócio: desenhou e criou um modelo de conteúdo que fosse diferente e atraísse as pessoas; e fez o design e toda a parte visual do que seria a página de ensino de línguas.

Com tudo pronto, em 2017, lançou a página.

Logo após o lançamento, recebeu uma ligação. Era Finn.

“Ele ligou para me falar que estava pensando em voltar ao Brasil com sua noiva. Ela queria estudar medicina e ele sugeriu que a gente criasse um negócio de idiomas. O mais incrível? O Finn não sabia que eu estava criando a Fluency Academy”, relembra Rhavi.

Desde aquela época, eles já estavam sintonizados e com a mesma aspiração de transformar o ensino de idiomas no mundo. 

O nascimento da Fluency

Com produtos semelhantes nascendo e se espalhando pelo mundo, Finn acreditava que essa ideia era algo que não poderia vingar, ainda mais com tantas concorrentes chegando ao Brasil.

Rhavi e Finn precisaram de algumas conversas juntos para debater sobre esse novo negócio, pois pensando como um negócio e com alta concorrência, Finn ainda tinha alguns receios. Especialista na arte de ensinar, Rhavi voltou pra casa e, em 15 minutos, preparou a apresentação para convencer o Finn a participar desse projeto.

“Ele me pediu para contar quais eram os planos, como eu queria desenvolver o curso e a estratégia. Depois da apresentação, o Finn topou na hora e já fomos resolvendo os maiores desafios do desenvolvimento do projeto. A gente entrou em plataformas online de freelancers e em poucas horas tínhamos pessoas do mundo inteiro que queriam estar com a gente na plataforma. Ele fez vários inputs super importantes e super perspicazes. Pensei na mesma hora: cara, achei meu sócio”, conta Rhavi.

A sociedade logo se transformou em amizade. Finn convidou Rhavi para viajar para a Nova Zelândia e desenvolverem juntos todo o modelo da Fluency Academy.

De volta ao Brasil, eles lançaram a primeira turma da Fluency, na época se chamava Inglês com Rhavi Carneiro. A partir dali, a dupla começou a investir e reinvestir na empresa conforme o crescimento do negócio

A Fluency

Criada em 2017, a escola começou primeiro com o nome de Inglês com Rhavi Carneiro e logo depois se tornou a Fluency Academy, que virou referência no ensino de idiomas, com métodos de aprendizagem descomplicados e que permitiu que alunas e alunos atingissem a fluência em poucos meses.

Hoje, em 2022, a empresa conta com mais de 150 mil alunas e alunos ao redor do mundo aprendendo diversos idiomas e, no ano passado, obteve mais de 100 milhões de reais de faturamento.

Porém, antes de conquistar estes números, Finn revela que existiram grandes desafios para serem superados durante o processo de crescimento da Fluency.

“Um dos nossos desafios mais recentes foi a internacionalização. 

Não é fácil chegar como um dos tops learnings de idiomas do Brasil. Ano passado a gente decidiu levar a Fluency para o México para ver se funciona internacionalmente. Abrimos um comunicado buscando professoras e professores criadores de conteúdo para serem embaixadores da Fluency. Deu certo: montamos o produto e abrimos o escritório. E depois expandimos para outros países”, comenta Finn.

Captar recursos é um desafio em qualquer negócio, também era um ponto a ser alcançado  tanto para o Finn quanto para o Rhavi. Mas, felizmente, ambos tiveram a oportunidade de conversar com Martín Escobari, através de um processo de captação no qual ele era deal, que direcionou os empreendedores para o melhor caminho no processo de captação. 

O encontro com a Endeavor 

O encontro da Fluency e da Endeavor aconteceu de uma forma improvável.

“A conexão da Fluency e da Endeavor foi por indicação de um fundo que queria investir conosco. Eles  falaram que a gente tinha que passar pela Endeavor. Toda empreendedora ou empreendedor deveria.  Ele indicou a gente e logo começamos no Programa Scale-Up Endeavor”, relembra Finn.

Não demorou e logo a Fluency passou por todos os processos para chegar até o Painel de Seleção Internacional, o ISP.

“Durante toda a aceleração, a equipe era super engajada, adoramos a cultura da Endeavor. Inclusive, para mim, não existia outro lugar do país que tivesse tantas lideranças de empresas e scale-ups, prontas para ajudar, em um lugar só”, relata Finn.

Com a aprovação como Empreendedores Endeavor, Rhavi e Finn tinham, enfim, alcançado um grande sonho: retribuir tudo o que foi feito para o crescimento da Fluency e praticar o giveback.

“Como professor, sempre me sensibilizei muito pelo crescimento das minhas alunas  e  alunos. Sempre fui muito tocado pela transformação nas pessoas próximas a mim. E, uma vez que eu estou na internet impactando milhões de pessoas, isso é um grande combustível para continuar fazendo o que a gente faz e querer crescer cada vez mais. Querer impactar cada vez mais pessoas, com ensino democrático e de muita qualidade. E agora, dentro da Endeavor, eu vou poder oferecer atalhos para pessoas talentosas brilharem o máximo possível com suas empresas e, através delas, também gerarem transformações no ecossistema. Acredito muito no empreendedorismo, no poder dele e realmente acho que esse é o futuro”, finaliza Rhavi.

O poder do acaso

Quis o destino que Rhavi e Finn se encontrassem. 

O mesmo acaso também fez com que Rhavi e Finn encontrassem a Endeavor.

Foi preciso perseverança para acreditar nos sonhos e seguir em frente. Foi preciso criatividade e a necessidade de reinvenção nos momentos mais difíceis. Foi preciso transformar o ensino em arte . E a arte em um agente transformador.

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