Uma nova modalidade de golpe do PIX foi identificada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A prática usada por criminosos agora envolve falsos aplicativos de banco e tem como alvo comerciantes. Uma das vítimas teve um prejuízo de R$ 19 mil.
O funcionamento do golpe é simples e acontece na hora da compra em lojas físicas. Ao se dirigir ao caixa para pagar, o golpista abre o app fake, que se parece com o original do banco e simula todas as telas do processo de transferência via Pix, com campos para destinatário, data e valor. O aplicativo fraudulento então gera o comprovante da suposta transação, o estelionatário o apresenta para o lojista e sai depressa, antes que a vítima perceba que o valor não foi depositado em sua conta.
Um caso recente foi descoberto pela 12ª DP (Copacabana), e um homem foi preso. O dono de uma loja de materiais de construção perdeu quase R$ 19 mil após receber 4 pedidos online de um cliente que se identificou como “engenheiro Fernando Estevão”.
Autoridades alertaram para golpe do PIX errado
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu, recentemente, um alerta para o golpe conhecido como “PIX errado”, que explora o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do PIX, criado para facilitar devoluções em casos de fraude. No golpe, criminosos obtêm o número de celular da vítima, cadastrado como chave PIX, e realizam uma transferência. Em seguida, entram em contato alegando ter feito um PIX por engano e pedem a devolução do valor para uma terceira conta. Quando a vítima, acreditando estar corrigindo o erro, faz a devolução, o criminoso aciona o MED, alegando que o dinheiro foi devolvido para a conta errada, resultando em um prejuízo duplo para a vítima.
Para se proteger desse tipo de golpe, a Febraban orienta que os usuários nunca façam devoluções de PIX para uma terceira conta. Em caso de dúvida, é fundamental que o cliente entre em contato com seu banco.
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