O Banco Central (BC) concedeu a primeira autorização para uma fintech de crédito operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD), a QI Tech. Nessa modalidade, é possível oferecer crédito com recursos próprios e ceder ou alienar suas carteiras para outras instituições financeiras ou fundos. Para a ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), a aprovação do BC à operação das fintechs sob a regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN), datada do final de abril, fomenta competição mais saudável no mercado, gerando maior confiança aos players e aos clientes.

“A atuação das fintechs sob supervisão e conexão direta com o Banco Central gera maior credibilidade para participantes do mercado. Antes, as fintechs de crédito já atuavam legalmente, porém utilizando-se de regulações e resoluções que não foram criadas especificamente para elas”, aponta Fábio Neulfed, líder da vertical de crédito da ABFintechs e CEO da Kavod Lending, fintech que faz empréstimos para pequenas e médias empresas. “Participamos ativamente da criação da regulação com o Banco Central e outras instituições e hoje vemos que ela traz reconhecimento e respaldo aos negócios das fintechs de crédito no Brasil. O fomento da competição no mercado financeiro favorece pessoas e empresas, que cada vez mais contam com opções modernas e seguras para tomar crédito e administrar suas finanças, dependendo menos dos bancos tradicionais”, afirma.

O Banco Central declarou que analisa 11 pedidos de autorização de fintechs de crédito que desejam operar nas modalidades SCD e Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Neste segundo formato, o modelo peer-to-peer aproxima investidores e tomadores, possibilitando um maior retorno sobre o capital investido e menores taxas dos financiamentos em comparação às operações do mercado financeiro tradicional.

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