* Por Yago Almeida

Aposto que você, assim como muitos de nós, já ouviu em determinado momento da vida a história de David contra o gigante Golias. Se não ouviu, vou resumir: o relato é de que um homem pequeno e franzino conseguiu derrotar um gigante forte e poderoso com apenas uma pedrada.

Contei essa história para ilustrar um movimento que tem acontecido cada vez com mais frequência no mundo das startups. Se você parar para observar bem, verá que grandes empresas, antes consideradas “intocáveis” pelo mercado, começaram a perder espaço para novas iniciativas, ou seja, as startups, plataformas e apps chegaram para ficar e ganhar o coração dos consumidores.

O que antes era uma via de mão única, onde empresas “transatlânticos” (grandes e, em sua maioria, lentas), agora se tornou uma movimentada rodovia, e esses players foram notando que era preciso deixar de lado certos processos arcaicos e que atrasavam a evolução e inovação de novos produtos e serviços. Por isso, passaram a olhar menos como concorrentes e mais como parceiras os “jet skys”, ou seja, as startups que conseguem atuar por meio da tecnologia, de maneira ágil e que conversem com a mesma linguagem com o novo consumidor.

O que no começo representava uma ameaça aos negócios, passou a ser tornar uma mola propulsora para gerar novas oportunidades, tanto para um quanto para o outro lado. Se as grandes empresas ganham em oferecer novidades a seus consumidores, gerando ainda mais valor ao que entregam (seja serviço ou produto), as startups ganham aquilo que mais gostam: velocidade para escalar suas entregas.

Essa aproximação é chamada de Corporate Ventures, como vocês bem sabem, mas o interessante é notar que ela pode ter diferentes objetivos diversos, como parcerias, interesses em comum, modelos de negócios semelhantes ou totalmente díspares, mas complementares ou até mesmo o levantamento de dados e insights para sanar problemas de mapeamento do comportamento do consumidor.

Além disso, vemos novas abordagens no mercado, levando à união dos transatlânticos e jet skys, como empresas que apostam adquirir startups que estão em franca expansão e poderiam, por exemplo, eliminá-las do mercado. Dessa forma, esses grandes empresários ganham não só à carteira de clientes da startups, mas também escala e inovação, já intrínsecos no ecossistema de empreendedorismo no Brasil.

Enfim, como disse, essa história de David contra Golias já caiu por terra e à proposta daqui em diante é de co-criação. Ou seja, que grandes empresas e startups se unam em prol do desenvolvimento econômico do país.


Yago Almeida é Diretor Comercial da Olho no Carro, uma startup que oferece segurança para transações de compra de veículos. Oprimeiro aplicativo web de consultas veiculares do país, analisa em poucos segundos, mais de dez variáveis, como  Decodificador de Chassi, Base Nacional – Dados Cadastrais do veículo com base no Renavam, Restrições e Impedimentos do veículo, Histórico de Roubo e Furto, Acidentes (sinistro de perda total), Indício de Sinistro, Leilão, Gravames (SNG), Histórico de Proprietários e Histórico de KM.  

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