* Por Mônica Hauck

Quando falamos sobre a inteligência artificial, já imaginamos filmes memoráveis de ficção científica, androides e robôs de todo tipo de tamanho. Mas, a AI já é uma realidade que vem sendo utilizada para facilitar processos e tornar a vida empresarial mais eficaz e dinâmica. E, apesar dos robôs futuristas ainda serem poucos aplicados à rotina empresarial, a tecnologia deles já é disponibilizada em sua forma virtual separados por três grupos distintos: a biometria, bots e automatizadores e algoritmos.

Apesar da biometria ainda caminhar lentamente no Brasil, ela já é utilizada para reconhecimento de digitais e tornou mais fácil a forma de medir os índices importantes para o RH, como a assiduidade dos funcionários, seus horários de trabalho, cálculos e estimativas de horas-extras. Mas, eu acredito que com o tempo tais sistemas devem evoluir e permitir que se controlem dados e informações não apenas na entrada e saída, mas durante todo o expediente do colaborador.

O segundo grupo de aplicação da inteligência artificial inclui os bots. Esse tipo de ferramenta realiza buscas e análises automatizadas em dados e informações, presentes na internet e nas redes internas de uma empresa.  É perceptível ver que, o que era feito manualmente em meses, passou a levar segundos e nada impede que esse tipo de tecnologia atinja a consulta em tempo real no futuro. Embora esse tipo de mecanismo seja mais conhecido na área de recrutamento e seleção, suas aplicações internas nas empresas vêm crescendo de maneira efetiva.

Os algoritmos se provam cada vez mais capazes para simplificar processos, principalmente na área de gestão de talentos, com a análise comportamental e people analytics. Sem estudar ou avaliar as tendências comportamentais e a produtividade dos colaboradores, as empresas ficavam no escuro para tomar algumas decisões e, com as informações proporcionadas pelos algoritmos, é possível fazer projeções e tomar decisões cada vez mais assertivas.

A verdade é que a inteligência artificial está fazendo com que o setor de recursos humanos seja mais analítico. A tecnologia está transformando algo, que era totalmente subjetivo, em um universo praticamente matemático. E isso é grande divisor de águas existente na inovação que vemos hoje: dados de RH e pessoal, antes visto como uma coisa caótica e sem organização pelas direções das empresas, hoje podem ser tratados como mais um braço importante de relatórios e números a serem analisados a cada nova decisão.  Por isso, os profissionais de RH passam a assumir tarefas mais estratégias e menos operacionais!


Mônica Hauck é Fundadora da Solides. Graduada e pós-graduada pela UFMG e FGV, com MBA em Gestão Empresarial e especialista em Inovação e Empreendedorismo pela Universidade de Stanford. A empreendedora desenvolveu a ferramenta Profiler e, como referência em Gestão Comportamental, atualmente ministra palestras e cursos por todo Brasil. Também é vencedora do Prêmio Mulheres Notáveis, na categoria Tecnologia

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