Ministério da Economia envolve conjunto de atores públicos e privados, entre eles o Sebrae, no apoio à capacitação e construção do ecossistema de apoio

Investimentos de impacto social são alternativa para desenvolvimento econômico do país. Durante encontro, nesta terça-feira (19), do Comitê da Estratégia Nacional de Investimento e Negócios de Impacto (Enimpacto), o diretor Técnico do Sebrae, Vinicius Lages, defende ampliação de programas que envolvam as comunidades e pequenos negócios. A reunião apontou que os investimentos de impacto social são um dos principais fatores que podem influenciar no desenvolvimento econômico do país, principalmente nas regiões com maior desigualdade e junto aos pequenos negócios. Segundo ele, isso já vem acontecendo em outros estados, onde o Sebrae vem realizando um trabalho de incentivo ao aumento da valorização de comunidades por meio de projetos sociais.

“Nós estamos atuando em áreas do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, mas estamos chamando a atenção para outras regiões e expandir o projeto”, afirmou Lages, depois da abertura da reunião do Comitê. No campo dos negócios de impacto social e ambiental, além dos dois estados, o Sebrae atendeu, no ano passado, 13,5 mil clientes em Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Pernambuco.

O encontro desta terça-feira foi aberto pelo coordenador de estratégia no Ministério da Economia, Lucas Ramalho e, em seguida, o presidente do Programa Portugal Inovação Social, Felipe Almeida, falou sobre as experiências de seu país. Ele destacou que o modelo adotado ajudou a dinamizar o mercado de investimento social, com a adoção de políticas de inovação, títulos de impacto social, parcerias e capacitação, um investimento de 150 milhões de Euros, que teve a participação governamental e privado.

A Enimpacto foi criada em 2017 com o objetivo de fazer a articulação de órgãos governamentais, setor privado e organizações da sociedade civil para a formação de um ambiente favorável ao desenvolvimento de negócios de impacto e das finanças sociais. Uma das conquistas até aqui foi a ampliação da oferta de capital, resultado de articulação entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal, Fundação Banco do Brasil e Sebrae. A parceria vai gerar um fundo de investimento de impacto em torno de R$ 30 milhões, que serão disponibilizados a organizações sem fins lucrativos que ficarão responsáveis por identificar, selecionar e financiar modelos de negócios comprometidos com a resolução de problemas socioambientais.

Entre os resultados alcançados estão, ainda, a ampliação do Programa InovAtiva de Impacto do Sebrae e do extinto Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e Fundação Certi. Além disso, as organizações consideradas intermediárias serão fortalecidas com algumas medidas, como a inclusão de critérios de impacto socioambiental na gestão de incubadoras, aceleradoras e parques tecnológicos, iniciativa da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) com apoio do Sebrae. O objetivo é contribuir para a criação de soluções que possibilitem a geração de empreendimentos inovadores bem-sucedidos.

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