*Por Henrique Volpi

Como ficam os mais velhos? Essa é uma das dúvidas que muitos devem ter nesse momento da aprovação da Reforma Previdenciária do país. Com as prováveis novas regras de aposentadorias que devem ser aprovadas, este ano, sabemos de fato que trabalharemos por mais tempo. Isto é muito positivo. Temos uma grande quantidade de vovôs e vovós muito ativos e muitos deles gostariam ou ainda precisam muito trabalhar.

Nos anos 90, muitas empresas apontavam uma aposentadoria compulsória com apenas 55 anos de idade. Hoje em dia estas regras mudaram bastante, inclusive em conselhos de administração. Mas o fato é que a maioria das empresas não conta ativamente com este time experiente, competente e com muita energia.

Com uma expectativa de vida ao nascer de 76 anos no Brasil, segundo dados do IBGE de 2017. Só para ilustrar: a população idosa (acima de 60 anos) deve dobrar no Brasil até o ano de 2042, na comparação com os números de 2017, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados em 2018. Em 2017, o país tinha 28 milhões de idosos, ou 13,5% do total da população. Em dez anos, deverá estar em 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes) e em 2042, a previsão é de que a população brasileira atinja 232,5 milhões de habitantes, sendo 57 milhões de idosos (24,5%).

Ou seja, os números só mostram que essa fatia vai aumentar e pode ser uma força de trabalho importante que está e estará disponível para grandes empresas ou mesmo startups, mas que vem sendo muito pouco aproveitada.

Um exemplo que me vem à mente é a do Ivan Sant’Anna, da Inversa Publicações, que esbanja todo o seu conhecimento do mercado financeiro e de literatura em suas newsletters semanais. Histórias muitos saborosas, recheada de casos antigos que podem nos ajudar muito na era da transformação digital.

Na maioria das vezes estes profissionais contam com formações superiores, muita experiência e podem se ajustar ao nível salarial da empresa. Muitos são aposentados ou já passaram pelo momento da vida de maior gasto familiar.

O fato é que empresários e executivos, precisamos deixar o preconceito de lado e trazer este time de craques que está hoje na arquibancada para o campo. Nesse processo tenho certeza que aprenderemos uma ou duas lições, pelo menos. Vamos abraçar este movimento?


*Henrique Volpi é sócio-fundador da Kakau Seguros, formado em Administração pela PUC-SP, com especializações em fintech pelo MIT e em liderança do futuro pela Singularity University. Trabalhou em empresas como BMC, EMC Dell e Servicenow. Foi co-autor do livro “The INSURTECH Book: The Insurance Technology Handbook for Investors, Entrepreneurs and FinTECH Visionaries”.

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