* Por Ricardo Voltan
Desde os primórdios o homem caçava para a sua sobrevivência. Com o desenvolvimento das cidades e a tecnologia, sua caça passou a ser a ida ao supermercado para cozinhar o próprio alimento. Hoje, essa ida já está ultrapassada, com os shoppers e as entregas de menus prontos diária ou semanalmente.
Mas e se eu te contar que a tecnologia do alimento não para de inovar e está usando Inteligência Artificial para melhorar a sua experiência?
Todos os dias nos deparamos com a tecnologia em nossa mesa: alimentos modificados ou super alimentos, o que é compreensível e inevitável. Em muitos países, vemos as grandes indústrias do setor alimentício pivotando o seus modelos de negócio e desenvolvendo modelos para se aproximar e entender cada vez mais os consumidores, com entregas do que elas precisam para um dia a dia mais saudável dentro dos seus portfólios de produto.
A proposta da startup NotCo é a de recriar alimentos tradicionais, como maionese, por exemplo, de uma forma 100% vegetal. O banco de dados da empresa detém mais de 7 mil plantas e descritivos de comida, ingredientes e aparência – tudo para que os degustadores possam avaliar e votar se o produto é, ou não, comercial.
A ideia deu certo e já detém 8% do mercado chileno, berço da companhia. Não obstante, Jeff Bezos, CEO e fundador da Amazon, enxergou o potencial e investiu milhões para o desenvolvimento de novos alimentos vegetais.
Ao observamos esse caminhar do mundo, temos novos alimentos e mais sustentáveis. Entretanto, a conta não fecha: são mais 40 mil toneladas de alimentos desperdiçadas e 14 milhões de pessoas em estado crítico de desnutrição, uma realidade bem distante.
Por isso, é interessante – e devemos – desenvolver a indústria. Mas é preciso focar o outro lado da cadeira e investir para que a população seja alimentada, nutrida e, então, possa acessar todos os benefícios que a tecnologia traz.
* Ricardo Voltan é profissional de negócios e, desde 2011, empreendedor apaixonado e reconhecido no circuito de inovação do OpenInnovationBR por sua movimentação e articulação junto ao ecossistema sintonizado em inovação e empreendedorismo no Brasil.
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