Essa semana acontece o Innovation Summit Brasil, evento realizado pela Rede Nacional de Associações de Inovação e Investimentos (RNAII), em Florianópolis. Durante um painel, representantes de grandes empresas comentaram como estão trabalhando com inovação e startups para acompanhar as mudanças do mercado. Um dos destaques foi a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que mesmo com mais de 60 anos de existência, mantém a premissa de inovar e crescer.

José Claudia Terra, Diretor de Inovação do Albert Einsten, destacou que um dos grandes desafios dentro das corporações é que ao mesmo tempo que você precisa inovar, também precisa cuidar de outras questões. Apesar disso, você não pode deixar de lado a inovação para se manter competitivo no mercado. “Nós fomos entender o que está acontecendo no mundo e com isso amadurecemos e entendemos que não queremos ser a Nokia ou Kodak, que perderam relevância, pois não entenderam o que estava acontecendo no mercado”, destaca.

Pensando nisso, eles criaram uma diretoria de inovação, que já conta com cerca de 40 funcionários entre especialistas em gestão de inovação, propriedade intelectual, engenheiros, cientistas da computação, designers, pesquisadores e profissionais de saúde. Esta diretoria tem liderado uma série de iniciativas tanto internas, como externas de desenvolvimento e co-desenvolvimento de tecnologias e negócios inovadores aplicados à saúde.

Eles tem se dedicado ao desenvolvimento de soluções de negócio e de software (telemedicina, m-health, Inteligência Artificial, bioinformática) e de equipamentos inovadores em áreas de interesse tanto do Einstein, como do setor de saúde de maneira mais ampla, gerando também propriedade intelectual sofisticada, incluindo patentes, desenhos industriais e registros de software.

Além disso, como estratégia de inovação, inúmeros projetos têm sido desenvolvidos no conceito de inovação aberta. Neste sentido, dezenas de parcerias têm sido estabelecidas com empresas industriais e laboratórios farmacêuticos nacionais e multinacionais.

Eles também criaram o Eretz.Bio, uma incubadora de startups com o objetivo de fomentar o ecossistema de inovação em saúde e levar a qualidade e a excelência do Einstein para o setor. A iniciativa vem dando oportunidade para o desenvolvimento e troca entre novos empreendedores.

As startups selecionadas tem a sua disposição estruturas altamente sofisticadas de laboratórios de ciência básica e laboratórios de pesquisa clínica do Einstein, com equipamentos de ponta e profissionais de diversas áreas como biologia molecular, sequenciamento genético, citometria de fluxo, cultura celular, microscopia, análise proteica e outros.

A iniciativa trabalha com 34 startups e se tornou sócia de 15. José ressalta que eles também coinvestem  nas startups ajudando-as na pesquisa e com suporte na internacionalização.

Conheça algumas startups do portfólio do Eretz.bio:

Canguru – Coleta informações em tempo real para gestantes, médicos, maternidades e operadoras para estratificação dinâmica de riscos, qualificar o pré-natal e promover parto saudável.

SaveLivez – Dedicada a resolver o problema de falta de sangue, usa Data Science para ajudar hospitais e bancos de sangue a reduzirem a falta e o desperdício de sangue, ajudando a salvar vidas e gerando economia.

ebers – Especializada no cuidado e prevenção de pés diabéticos. Sua principal solução são palmilhas inteligentes que combinam sensores de pressão e temperatura com algoritmos para alertar precocemente qualquer risco para os pacientes.

Um dos grandes passos da Eretz.Bio foi a adesão à Plug and Play Cleveland Innovation Platform, programa de aceleração global que conecta startups, parceiros corporativos e investidores de todo o mundo. O Einstein se tornou a primeira organização de saúde brasileira a incorporar o ecossistema Cleveland, com o objetivo de colaborar com a Cleveland Clinic, a JumpStart Inc. e a Plug and Play Cleveland para avaliação de tecnologias de ponta em saúde.

“Trabalhar com startup não é olhar pra dentro, mas sim pra fora. É preciso pensar como os novos negócios vão impactar a saúde do país, e mais do que isso, o que vai mudar a saúde no mundo. Não adianta criar uma solução para o paciente brasileiro, a solução precisa servir para todos os pacientes do mundo”, finaliza.


Em Setembro vamos visitar a sede e conversar com executivos que estão revolucionando o mercado de saúde no País. Quer participar? Faça já a sua inscrição!

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