* Por Eduardo Prange

Desde pequenos, somos forçados a aprender uma série de disciplinas na escola que não despertam o nosso interesse. Era Mesozóica, pretérito imperfeito, relevos territoriais e origem da vida, são alguns exemplos. Mas nenhuma dessas matérias se comparava ao medo que se tinha dos cálculos matemáticos. Lembro bem da frase dita milhares de vezes durante o ensino médio: “Não vejo a hora de me formar na escola para nunca mais ter que ver matemática na frente”. Mas eu mal sabia o que viria.

No mundo do marketing, existem diversas formas de trabalhar. Podemos usar estratégias que focam em branding, no conteúdo, no inbound, no relacionamento ou até mesmo nas mídias sociais. Porém, uma de suas ferramentas essenciais, capaz de transformar de forma impressionante os negócios é o Matemarketing, conceito inspirado na linha de raciocínio de Romeu Busarello, diretor de Marketing da Tecnisa.

Como diz o nome, o Matemarketing é a junção do marketing com matemática. Sim, isso é possível! Se trata de usar a inteligência de dados como base das estratégias de negócio, ou seja, utilizar o tão comentado Big Data para criar campanhas com alto grau de engajamento de público. Neste contexto, e com a ajuda de informações específicas adquiridas por meio de plataformas especializadas, podemos identificar padrões e preferências do grupo de pessoas a ser alcançado.

Isso significa que trabalhar com marketing deixou de ser uma prática estritamente ligada à criatividade. O mundo mudou, e com o avanço exponencial da tecnologia, novas formas de trabalhar com informações surgiram, como a Ciência de Dados e todas as ramificações da famosa Inteligência Artificial.

Dessa forma, a criação de campanhas e anúncios, assim como a maneira de tocar o negócio, deixou de ser apoiada na intuição, sendo feita a partir da união da análise detalhada das informações, com os objetivos a serem alcançados, para que as chances de colher bons frutos no futuro aumentem.

Com uma visão 360° do mercado e um entendimento profundo do cliente, as empresas hoje têm o poder de mirar nas melhores alternativas para investir seu capital e energia da melhor forma. Nessa conjuntura, o matemarketing pode trazer benefícios que otimizam as formas das marcas lidarem com os consumidores.

A utilização dos dados captados para turbinar os conteúdos produzidos é uma boa iniciativa para gerir resultados positivos. Além disso, também existe a vantagem em conhecer bem a persona a ser atingida. Mas não se espante, é atingir de uma forma boa. Com o uso da matemática com o marketing, é possível elencar as preferências dos clientes e oferecer cada vez mais soluções certeiras para os problemas que rondam seu público.

Mas não pense que esse conceito é 100% voltado para os consumidores. A retenção de informações exatas vai te ajudar a focar naquilo que funciona e excluir o que der errado, assim como vai fazer você conhecer melhor os passos da concorrência. Visto isso, as estratégias que não alcançarem as metas e estiverem dando prejuízo podem ser identificadas rapidamente, evitando assim prejuízos maiores no futuro.

Podemos dizer, então, que a coleta, a análise e a contextualização de dados são elementos essenciais para as ideias progredirem. Isso porque, com as leituras de comportamento e análises preditivas, os empreendedores conseguem ter noção do que irão enfrentar com antecedência. Assim, a matemática se torna amiga inseparável das estratégias de marketing, integrando os segmentos de forma amistosa e produtiva.

E agora? Vai duvidar do poder dos dados?

* Eduardo Prange é CEO da Zeeng – Data Driven Platform, e atua com Marketing Digital há mais de doze anos, com participação em mais de cem projetos relacionados ao tema.

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