* Por Adelmo Nunes

Por ser um modelo de empresa que exige pouco investimento inicial, as startups se tornaram uma oportunidade para muitos brasileiros desempregados ou para aqueles que sonharam em ser donos do próprio negócio. Mas as facilidades que parecem evidentes à primeira vista não devem iludir o novo empresário: ter ideias inovadoras são sim um pré-requisito para criar uma startup. Mas também é preciso ter foco, planejamento, organização e contar com profissionais que ajudem na gestão contábil e fiscal da empresa para não virar estatística. Segundo um levantamento da aceleradora Startup Farm, de 2016, 74% das startups fecham após cinco anos de existência. A falta de planejamento financeiro pode ser incluída no ranking de motivos para a não continuidade das startups.

Muitas pessoas imaginam que o primeiro passo para abertura de uma startup é a constituição formal da empresa. Mas um novo negócio depende menos dessa formalização e mais de um planejamento, tempo, organização, esforço e estudo. Após finalizado o plano, o negócio estará conceitualizado, o que permite uma análise do modelo de atuação no mercado.

O processo de abertura e formalização de uma startup segue o modelo normal de abertura de empresas: elaboração de um contrato social com a escolha do modelo societário que melhor atenda as atividades a serem desenvolvidas, registro na Junta Comercial, definição de uma sede, divisão de quotas sociais etc.

Mas uma diferença que pode ser verificada é a possibilidade de se beneficiar de programas de incentivo e financiamento por meio de incubadoras. Por serem escaláveis, podem buscar investimento com maior rapidez, o que lhes torna suscetível a concessão de capital anjo ou investimento estrangeiro.

Porém, é necessário verificar – junto aos profissionais da área contábil – se a estratégia financeira está adequada ao momento que a empresa está passando. Startups brasileiras tendem a monetizar seus serviços apenas como mensalidade por uso, não sendo esta a única forma de monetização. O gestor também deverá se manter atento aos projetos de investimento e auxílio, que beneficiem essa atividade empresarial. Por exemplo, startups voltadas ao setor de tecnologia devem ficar atentas à projetos internacionais que visam beneficiar estas atividades.

Planejar é preciso

A falta de estruturação prévia de muitos dos empresários, que se lançam neste mercado munidos apenas de bons projetos é evidente. Dificilmente pensam na importância de um jurídico ou contábil ativos e de uma área específica para elaboração e gestão de contratos, o que também impacta diretamente o andamento da startup.

A ausência de um estudo tributário prévio também pode afetar o novo negócio. É primordial que o empresário conheça todos os regimes existentes e escolha aquele que melhor favoreça sua empresa. Isso porque a carga tributária não deve atrapalhar ou trazer prejuízos para a administração


Adelmo Nunes, contabilista, é diretor da Planned Soluções Empresariais

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