* Por Frederico Queiroz
Ao observar a história da tecnologia, vemos que as mulheres foram autoras de grandes feitos nesta área de tecnologia. Uma das principais contribuições femininas para a história foi a criação da linguagem de programação Basic, realizada pela irmã Mary Kenneth Keller, considerada também a primeira mulher a conquistar um doutorado em Ciências da Computação.
Apesar dos feitos realizados, o número de mulheres no setor de TI ainda é muito menor do que o de homens, fazendo com que muitas estudantes que sonham em exercer a profissão desistam no meio do caminho por acharem que o meio é totalmente masculino. Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE, somente 20% dos profissionais no mercado de TI são mulheres. Nos Estados Unidos, a porcentagem atinge 25% das vagas.
Além disso, o tipo de educação que as crianças recebem nas escolas e famílias têm influência direta na escolha da carreira. Desde cedo, as pessoas supõem que existam habilidades inerentes a cada um dos sexos, ensinando que existem profissões mais adequadas para meninas, o que é um grande erro. E isso é transmitido também nas universidades, ontem há relatos de mulheres que foram desacreditadas por seus professores e colegas pelo fato de serem do sexo feminino.
Para que o cenário seja revertido de forma positiva, as mulheres precisam encontrar confiança nas condições de trabalho igualitárias. Assim como em outros setores, a diferença salarial ainda é um dos principais incômodos para as funcionárias de todo o mundo, dentro da tecnologia a diferença equivale quase a 84% dos salários pagos aos homens.
Pensando na mudança para o setor, o público feminino tem buscado oportunidades para não ficar de fora das funções. Como opção, o mercado de freelancer vem se tornando um dos principais pontos de partida. A escolha vem acontecendo pelo fato de a desigualdade de gênero ser extremamente menor do que no mercado tradicional, além de oferecer outros benefícios como a facilidade em realizar as atividades de forma mais liberal, conciliando tempo, família e trabalho.
Entre as opções oferecidas no mercado de trabalho, encontram-se as plataformas digitais com foco em suporte técnico de TI, nestes casos as empresas trabalham com contratação sob demanda, possibilitando que as profissionais de tecnologia consigam atender aos chamados em horários flexíveis. Podendo exercer as atividades mais de uma vez ao dia.
Portanto, é preciso confiar e abrir espaço para que as mulheres, não só na tecnologia, para que elas sintam-se sempre acolhidas e capazes de realizar o caminho profissional que escolheram. Que elas venham, e em peso, para esse mercado!
Frederico Queiroz é CEO da NetSupport, plataforma digital para solução de problemas em TI
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