* Por Diego Tessarollo

Quem acompanha os passos da implementação da Inteligência Artificial assim como eu, sabe que, pelo menos no Brasil, a tecnologia caminhava de forma lenta. Isso porque muita gente ainda não conhecia seus benefícios e seu potencial de modificar o funcionamento das organizações, independente do porte. Porém, com a pandemia, a necessidade se tornou o principal combustível para que soluções de AI ganhassem proporções inimagináveis.

Isso porque, com o isolamento social e os escritórios vazios, se tornou essencial possibilitar que as pessoas trabalhassem remotamente. Ao mesmo tempo que, mais do que nunca, era preciso resguardar as informações com a utilização de sistemas cada vez mais inteligentes que, por meio de algoritmos conseguissem, inclusive, predizer comportamentos e corrigir erros automaticamente.

Atualmente, vivemos um processo de aceleração tecnológica onde, tendências que prevíamos para daqui cinco ou dez anos, estão acontecendo agora. E no que se refere a IA, o que podemos observar é que ela está avançando e criando subdivisões de acordo com as necessidades de cada setor, se tornando uma ferramenta cada vez mais potente e assertiva.

E o futuro é ainda mais promissor! Segundo uma pesquisa da Gartner com diretores e líderes de áreas de TI, realizada em fevereiro deste ano, as empresas estão planejando dobrar o número de projetos de IA e mais de 40% delas pretende colocar em prática pelo menos uma dessas iniciativas até o fim deste ano.

Além disso, um grande fator que deve impulsionar ainda mais o uso de IA é a mudança do comportamento do consumidor. Isso porque, com o isolamento social, as compras online dispararam, o que é um campo fértil para a ferramenta que capta dados e personaliza ofertas de acordo com as preferências de cada cliente.

A saúde também é outro setor que está avançando com soluções de IA permitindo a ampliação do potencial e da capacidade dos profissionais da área, no atendimento ao público. Isso porque a ferramenta permite a realização do primeiro contato com paciente e interações de forma humanizada, tirando dúvidas e até resolvendo pequenos problemas de forma rápida, sem a intervenção humana.

A pandemia, de fato, foi prejudicial para diversos setores da economia, porém é inegável que para o setor tecnológico foi o impulso que faltava para o desenvolvimento de diversas soluções. Acredito que a Inteligência Artificial reforça seu papel como uma das principais verticais da tecnologia, trazendo visibilidade, automação de processos rotineiros e prevenção de riscos para o serviço remoto nas empresas.

Para 2021, a tendência é que o avanço seja ainda maior, vale a pena acompanhar de perto!

* Diego Tessarollo é CEO da Simon, solução brasileira que reúne Inteligência Artificial para as Operações de TI (AIOPS), Business Analytics e Machine learning com o intuito de otimizar a performance de negócios e sistemas online.

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