Durante painel da Campus Party Digital 2021 na Fábrica de Empreendedores, líderes de comunidades discutiram a importância de plataformas digitais no fortalecimento de grupos de inovação

No primeiro dia da Campus Party Digital 2021, realizado nesta quinta-feira (22), o Sebrae anunciou que vai apoiar o desenvolvimento de comunidades ou grupos de inovação. A iniciativa faz parte da 1ª Chamada Community Lab Catalisa, que integra as ações do programa Catalisa. Nesta primeira etapa, serão selecionadas até três comunidades ou grupos relacionados aos temas Bioeconomia, Startups e Territórios Inovadores. Todas as informações estão disponíveis na plataforma World Labs, que hospeda a Comunidade Catalisa. As inscrições seguem até o dia 01 de agosto.

Na abertura do painel “Como sua comunidade de inovação pode ser mais digital?”, que aconteceu no palco da Fábrica de Empreendedores, o analista de Inovação do Sebrae Rafael Castro explicou como funciona o programa Catalisa, liderado pelo Sebrae. “Muito mais que uma estratégia do Sistema Sebrae para gerar soluções e negócios é um impulso para o ecossistema de inovação realizar mais conexões, mais colaborativas, mais criativas, mais produtivas, envolvendo diversos atores para levar a inovação de forma mais democrática, escalável e digital, para todo o Brasil”, declarou.

Ele destacou que, desde 2012, o Sebrae tem atuado cada vez mais para promover a inovação no país por meio de diversas ações. Segundo Castro, há cinco anos a entidade tem apostado em uma atuação em rede. “Ano passado foi o ano de virar a chave totalmente e investir com peso para disseminar essa cultura de inovação. Este ano estamos com o Catalisa, que é esse guarda-chuva amplo para incentivar a inovação aberta entre corporações, governo, organizações públicas e startups entre pequenos negócios tradicionais e pesquisadores com o ecossistema e o mercado”, explicou.

Todas as frentes de atuação do Catalisa estão reunidas na comunidade do programa dentro da plataforma World Labs, que é um ambiente digital aberto justamente para estimular essa conexão e colaboração entre todos os atores. Na Comunidade Catalisa, é possível a interação entre membros e parceiros, acompanhamento de projetos em andamento como desafios de inovação e projetos seletivos, entre outras oportunidades.

Além de anunciar o chamamento, o Sebrae conduziu um bate papo entre líderes de comunidades para discutir como as plataformas digitais interativas são relevantes para o fortalecimento de grupos de inovação. A presença feminina das lideranças marcou presença no painel com a participação da Isadora Azzalin, de São Paulo; Monalizza Medeiros, do Rio Grande do Norte; Nathalia Kelday, do Distrito Federal e Sabrina Moreira, do Paraná. A moderação foi feita pelo analista do Sebrae Rondônia Rangel Vieira, que também é líder da comunidade de startups Tambaqui Valley no estado.

Durante o painel, Isadora Azzalin, que faz parte da Comunidade Zero Onze em São Paulo, reforçou como é importante manter a consistência dos encontros para impulsionar as comunidades. “Às vezes vem quatro pessoas no encontro, às vezes vem 30 e às vezes vem uma. O importante é não desistir e contar com lugares de encontros online, que durante a pandemia foram fundamentais”, comentou. Segundo ela, o uso de plataformas digitais também tem sido uma oportunidade para melhorar a gestão do conhecimento dos grupos e construir um histórico da comunidade.

Na ocasião, Monalizza, que atualmente faz parte da Bossanova Investimentos, mas é uma das conselheiras da comunidade potiguar Jerimum Valley, destacou como as plataformas também têm ajudado a superar barreiras e manter a recorrência e o engajamento das pessoas pela causa. “A pandemia foi o período em que as comunidades foram mais requisitadas por ser esse grupo de apoio e o que seria de nós sem essas ferramentas digitais para fazer essa integração neste momento. Acredito que a partir de agora, essas plataformas devem trazem experiências cada vez mais diferenciadas” ressaltou.

Na conversa, Sabrina Moreira, que faz parte de várias comunidades em Curitiba (PR), defendeu as comunidades formadas por pequenos grupos, “É preciso confiar nos pequenos grupos. Nós falamos de articulação de grandes grupos, mas na verdade é preciso um pequeno número de pessoas para mudar o estado das coisas. Devemos investir nos pequenos grupos que são essas comunidades porque no final das contas são as pessoas mais engajadas que garantem a sobrevivência desses movimentos”, refletiu. Ela também pontuou que o desafio será melhorar a experiência dentro das plataformas existentes, tendo em vista a enorme quantidade de recursos disponíveis.

Por outro lado, a fundadora da Edstation School em Brasília, Natália Kendal, lembrou como outras ferramentas digitais também contribuem para a união e engajamento de comunidades. “O principal canal de união que eu faço parte é um grupo de Whatsapp bem aquecido onde trocamos ideias, pedimos ajuda e recomendações. Também destaco as redes sociais como um canal de conexão para o aquecimento de comunidades e recomendo ainda a plataforma Discord que é muito apropriada para reunir e fazer hackaton”, disse.

A 2ª edição da Campus Party Digital acontece até sábado (24) com a participação do Sebrae na Fábrica de Empreendedores, espaço exclusivo para tratar de tecnologia, inovação e empreendedorismo. Além de trazer palestras e painéis com especialistas renomados nos temas, a entidade também apoia a realização do Hackaton Reboot The World e comanda a Maratona de Negócios e o Startup 360º. Confira mais detalhes da programação aqui.

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