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Publicado em: 04 de agosto, 2021 | Atualizado em: 03 de agosto, 2021
Endeavor Brasil

Endeavor Brasil

A Endeavor é a rede formada pelas empreendedoras e empreendedores à frente das scale-ups que mais crescem no mundo e que são grandes exemplos para o país.

Era impensado que a logística do Brasil fosse revolucionada pela união de um americano e de um paulista. Era improvável que duas pessoas complementares se encontrassem vindos de lugares tão distantes. Mas aconteceu. E hoje a Cobli é a scale-up que leva inovação às frotas que circulam pelo país. 

Do imprevisível, uma história. 

Do improvável, a conexão mais complementar que poderia existir.

Do impensável, uma revolução.

Rodrigo Mourad nasceu dentro do empreendedorismo. Paulista, mais velho de dois irmãos e filho de pais donos de empresas familiares, percebeu desde pequeno que empreender é causar impacto. Mesmo que as empresas dos seus pais fossem pequenas, elas mudavam uma parte do mundo. E, isso, para ele, fazia toda a diferença. 

Parker Treacy nasceu dentro da transformação. Americano de Boston, sua mãe é de Hong Kong e seu pai é do Canadá, imigrado da Irlanda. Mesmo crescendo dentro do campus do MIT, onde o pai era professor, sempre foi influenciado pela sua família para abrir o seu próprio negócio. O empreendedorismo sempre foi uma grande parte da cultura da família para viver o sonho americano.

Mesmo com mais de 4 mil km de distância, seguiram o mesmo caminho na faculdade: mergulharam no universo das exatas. Parker cursou Matemática e Economia – quanto mais exatas, melhor. Rodrigo foi para a Engenharia de Produção Mecânica – sonhava com uma mudança de vida, que não aconteceu no momento. Mas viria mais tarde, já que todos seus estágios foram nas áreas de logística. 

Da faculdade, Rodrigo foi trabalhar com consultoria na Bain & Company, enquanto Parker abria a sua primeira empresa: uma financeira de carros para imigrantes. Em sua maioria, brasileiros. Essa relação com brasileiros fez com que se apaixonasse pelo Brasil e usou a experiência do MBA em Harvard para conhecer o país. 

Parker chega ao Brasil em 2015, no mesmo ano em que Rodrigo saiu da Bain destinado a seguir o caminho dos seus pais empreendedores. Se conheceram por um amigo em comum e logo começaram a conversar sobre as diferenças logísticas entre os dois países. 

Perceberam, ali, dois pontos revolucionários: 

Um grande potencial de negócio – poderiam usar tecnologia para resolver a  logística ineficiente do Brasil. 

E uma sinergia impressionante – os dois tinham a mesma cultura e tinham especialidades complementares. 

E foi assim que a semente da Cobli estava plantada. “Parece que IoT vai ser algo no futuro, mas não era óbvio em qual parte do mercado de logística vai encaixar melhor”, pensavam. Então, os dois novos amigos passaram dois anos conversando, desenvolvendo e testando o produto.

Um Day1 por ano

Começaram bootstrapping. Faziam o que precisava ser feito para dar certo. 

“O primeiro escritório era no andar de baixo da casa do Parker, ele morava em cima. O escritório seguinte tinha apenas um banheiro e sempre inundava, a solução era comprar guloseimas na padaria da frente o tempo todo para usar o banheiro”, relembra Rodrigo. Parker ri concordando.

No primeiro ano, o desafio era lançar o produto. 

Em 2017, o sonho grande era lançar um sistema de IoT para gestão de frotas. Porém, era mais complexo do que imaginavam, ainda mais com um time de apenas cinco pessoas com pouca experiência. 

“O grande desafio era criar um produto funcional e que as empresas pagariam para usar”, conta Parker. Então, “a solução foi co-criar com os clientes, entendendo as dores e as necessidades de cada empresa para utilizar a solução que eles propunham”, complementa Rodrigo. 

O desafio seguinte era de estrutura de pessoas e cultura. 

Lançar o produto foi um momento tão desafiador que Parker e Rodrigo esqueceram de cuidar do time e da cultura da empresa.

“Eu e Rodrigo temos uma cultura muito parecida, então, pra nós, era óbvio quais eram os valores e comportamentos. Mas ficamos tão focados em lançar o produto, que vimos a cultura da nossa empresa escorregando entre nossos dedos”, conta Parker.

A solução veio no alinhamento e comunicação dos valores, que os ajudaram a contratar as pessoas certas para escalar o negócio. “Hoje temos um time super forte, temos muito orgulho do que construímos juntos”, complementa Rodrigo. 

A próxima saga era gerar leads. 

Produto validado, time alinhado, o próximo passo era gerar leads para garantir o crescimento sustentável da empresa. 

Nesse momento, as conexões que fizeram no Scale-Up Endeavor fizeram toda a diferença. “Conversar com outros fundadores nos trouxe para o mundo real. Aprendemos com pessoas que estavam vivendo as mesmas dores de crescimento. Os mentores e mentoras também nos orientaram de forma prática a resolver os problemas mais latentes”, conta Rodrigo.

Sonho grande

O Parker disse que “como líderes, fomos camaleões. Aprendemos a ser o que a empresa precisava diante de cada desafio”. Rodrigo assente com a cabeça. Isso reflete a essência dos empreendedores em construir algo grandioso, maior que eles mesmos.

Superando cada desafio, eles se aproximam do sonho grande de ser um pilar importante da logística do mundo, conectando tudo que era offline para o online. “A logística brasileira é muito segmentada. É single player. Nós queremos deixá-la multiplayer. Queremos que todas as informações logísticas estejam conectadas em uma mesma plataforma”, compartilha Parker. 

“A logística é a base para um país funcionar. Todos nós precisamos de logística, isso ficou claro na Greve dos Caminhoneiros de 2018 e na pandemia de 2020. Então, nós levamos inovação para a logística para que as pessoas tenham uma vida melhor”, complementa Rodrigo. 

Considerando esse cenário, a Cobli é uma plataforma de IoT estratégica, que digitaliza todas as operações logísticas de frota e auxilia o gestor de frotas no acompanhamento e na operação do dia-a-dia. 

Hoje, são mais de 100 km por segundo rodados sob o monitoramento da scale-up. 

E a Cobli não para de crescer. Em 2020, a scale-up cresceu mais de 100% e tem uma base de mais de 3.000 clientes espalhados por 150 cidades do Brasil. 

Esse crescimento, somado à revolução que o Parker e o Rodrigo estão fazendo em um setor que precisa tanto de inovação, também foi atestado pelo aporte de R$ 175 milhões, em uma rodada Series B liderada pelo SoftBank, com a participação da Qualcomm Ventures e dos antigos investidores NXTP Ventures, Fifth Wall e Valor Capital.

Agora, a scale-up tem capital para expandir a sua oferta de produtos para todo o Brasil. E também o apoio de uma rede global com as maiores referências em empreendedorismo do mundo para ampliar ainda mais o sonho grande. Como Empreendedores Endeavor, Parker e Rodrigo vão conseguir expandir ainda mais o seu impacto, sendo exemplos de que o improvável pode virar história. 

“Ser Empreendedor Endeavor, para mim, significa acelerar o meu aprendizado como fundador. E também compartilhar tudo que aprendi ao longo da jornada”, conta Parker. “Para mim, participar dessa rede vai ser uma jornada de aprendizado”, complementa Rodrigo. 

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