Transformação pela educação e gestão de pessoas foram temas centrais do primeiro dia do Congresso de Gestão Escolar

A abertura do 2º Congresso de Gestão Escolar, realizada nesta segunda-feira (13) foi marcada pelo consenso sobre a importância da educação empreendedora e do desenvolvimento das competências de vida e socioemocionais nos estudantes de todo o país. A iniciativa destacou o papel transformador dos gestores escolares no sentido de liderar e fomentar a educação e a inovação, sobretudo na atual e gradativa retomada das aulas presenciais em todo o país, após aa as restrições e desafios causados pela pandemia. A programação do Congresso segue durante toda a semana, confira a programação neste link

Na ocasião, o gerente da Unidade de Educação Empreendedora do Sebrae, Janio Macedo, destacou a atuação da instituição na promoção da educação empreendedora no país desde 2013. Segundo ele, o Sebrae já investiu R$ 195 milhões no atendimento de mais de 270 mil professores e mais de 7 milhões de estudantes em todo o país. Janio explicou que desde o ano passado o Sebrae tem dado atenção especial aos gestores escolares: “Os gestores são os grandes líderes das comunidades escolares em que estão inseridos”. O gerente aproveitou a oportunidade para anunciar que em breve o Sebrae lançará um curso de formação específica para os gestores escolares com base [fundamentado] nas competências definidas na Base Nacional Comum.

Renato de Oliveira Brito, Diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação do MEC, ressaltou a vanguarda do Sebrae em realizar o Congresso desde o ano passado. Segundo ele, os gestores escolares que tiverem em mente os conceitos de educação empreendedora nunca irão desanimar diante dos desafios enfrentados na gestão de pessoas. “Com orientação e capacitação adequados, todos os gestores escolares podem desenvolver um perfil eficaz de liderança cada vez mais empreendedora e transformadora”, avaliou.

“A pandemia mudou radicalmente a realidade das escolas e exigiu novas competências dos profissionais de educação, em especial dos gestores que precisam liderar esse processo de reinvenção”, analisou Socorro Nery, representante do Consed e secretária de educação do Acre. Já Sônia Oliveira, secretária municipal de Canos (RS), convidou os diretores a utilizarem a gestão de pessoas no modelo olho no olho, destacando as competências de vida, além das do ensino. “Nesse momento de retomada, a gestão humanizada precisa considerar o acolhimento dos profissionais, das famílias e dos estudantes, após esse difícil período, além de um diagnóstico geral e do plano de aula em si”. 

O presidente da Undime, Luis Miguel Garcia, comentou a importância do tema da liderança entre os gestores escolares, principalmente neste momento que as escolas estão retomando as atividades. De acordo com ele, os gestores escolares precisam ter essa postura de liderança e conhecer instrumentos para o desenvolvimento dessa capacidade. “Uma escola é a imagem da liderança que ela possui. Essa liderança é que dá o tom de ousadia, de inovação, de empreendedorismo à escola”, pontuou. Garcia ainda parabenizou o Sebrae por compartilhar esse desafio de levar a educação empreendedora a todo o país: “Mais do que nunca, precisamos alimentar o espírito Sebrae da transformação e de acreditar em uma educação empreendedora”.

Gestão de pessoas na Educação

No primeiro dia do Congresso o assunto debatido foi a gestão de pessoas com foco na liderança. A moderadora do painel, Fabiana Pinho, destacou que o evento chegou para renovar esperanças e o conhecimento de milhares de profissionais: “Educar é um ato de amor e quando fazemos isso o impacto aparece verdadeiramente”. O convidado Leo Fraiman, abordou a liderança transformadora como opção de escolha na vida de educadores.

“O ser humano sempre quer o dobro e isso é bom. Mas as pessoas têm que ter foco no significado e no propósito. Se temos um projeto de vida, sobrevivemos a qualquer situação, mesmo a uma pandemia. E a felicidade é a construção de hábitos felizes, pois ela impacta na saúde, na produtividade e na resolução de problemas”. Defendendo uma liderança humana e sustentável, Fraiman completou: “É pequeno demais achar que precisamos do melhor aluno do mundo. Precisamos formar o melhor aluno e o melhor professor PARA o mundo. Mas isso não vai acontecer se a escola não tiver como propósito ser feliz e fazer as pessoas felizes”.

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