A Endeavor é a rede formada pelas empreendedoras e empreendedores à frente das scale-ups que mais crescem no mundo e que são grandes exemplos para o país.
A jornada empreendedora parece muito glamourosa na capa das entrevistas, mas o que acontece nos bastidores é outra história.
Empreender demanda resiliência. Tanta resiliência que pode até parecer loucura. Isso porque você precisa convencer pessoas a apostar num sonho antes de ter provas que vai dar certo.
Foi assim com a 99. Com a Gupy. Com o Neon.
Por isso, como os desafios também precisam estar nos holofotes, nós convidamos a Mari Dias, Empreendedora Endeavor da Gupy, e o Pedro Conrade, Empreendedor Endeavor do Neon, para um painel mediado pelo Mentor Endeavor Paulo Veras, que, como co-fundador do primeiro unicórnio brasileiro, sabe bem o que é superar um desafio.
Os três compartilharam as maiores turbulências na jornada empreendedora e como foi necessário não desistir e manter a garra mesmo em momentos de crise.
O resultado?
Hoje, a Gupy realiza uma contratação por minuto, e já empregou mais de um milhão de pessoas colaboradoras desde o seu início. Já o Neon é referência no mercado digital, com mais de quinze milhões de clientes e um crescimento de 178% ao ano.
Um conselho importante
A Gupy nasceu do sonho de transformar a gestão de talentos. Dentro da antiga empresa que trabalhava, a Mari percebeu que era necessário otimizar o processo de contratação, deixando-o mais ágil para pessoas candidatas e recrutadoras.
Ela tinha uma ideia, mas faltava algo muito importante: uma sócia. Depois que a Bruna chegou, era a hora de botar a mão na massa: as fundadoras venderam seus carros, foram morar juntas e deram seus primeiros passos dentro do mundo do empreendedorismo.
Logo no início, Mari recebeu um conselho que seria fundamental para o crescimento da Gupy:
“Não tínhamos recursos e não sabíamos como empreender. Só tínhamos a ideia. Por coincidência, um empreendedor, aqui da Endeavor mesmo, nos deu um conselho: ‘Mari, já começa a fazer as contas para ficar três anos sem ganhar um real. Porque existe algo que faz o empreendedor desviar a rota: a falta de dinheiro’. Então fizemos todas as contas e guardamos economias para que a empresa não quebrasse durante a fase de não gerar lucro.” – explica.
Essa troca de aprendizados foi fundamental nessa jornada, que não foi nada fácil.
Assim como a jornada de Pedro.
Um desafio escalável
Três tentativas. A história do Pedro com o Neon começa antes da fintech existir. Foram três tentativas de negócio antes do empreendedor se aventurar no mercado financeiro.
Depois de fechar negócios antigos e colocar na sua bagagem aprendizados, Pedro percebeu que havia algo que era fundamental para o negócio ir para a frente: entender a dor como cliente.
Insatisfeito com os bancos tradicionais, decidiu que era hora de montar uma outra solução, uma alternativa de banco digital e com máxima qualidade no que dizia respeito à experiência do cliente.
“No nosso primeiro dia tivemos cinco mil pedidos de aberturas de conta. Logo atingimos um milhão de clientes e percebemos que não tínhamos estrutura para lidar com esse número. Tivemos que trocar a turbina com o avião voando. Ficamos dois ou três anos só consertando o Neon. Dizem que é um problema bom, mas é preciso ponderar e pensar qual o mínimo necessário de escalabilidade para um negócio e o quanto você quer lançar rápido um produto.” – conta.
Jornadas feitas de erros
“Um momento crítico para a Gupy foi a captação de investimentos. Eu nunca tinha captado. Fiquei seis meses negociando com um investidor sem ao menos entender quem ele era. Quando recebi o contrato, vi que tinha algo errado e logo fui me consultar com um Empreendedor Endeavor. Ele disse para eu não aceitar: haviam diversas cláusulas que poderiam quebrar a empresa.” – explica Mari.
Já para Pedro, os erros aconteceram principalmente por conta da ansiedade e por não planejar seus negócios:
“Sempre fui um cara que adorava ir lá e fazer as coisas, e era tanta coisa que eu queria fazer e colocar no ar que eu esquecia que todos os projetos precisavam de manutenção. Eu precisei aprender que fazer pouco, mas bem feito, é o caminho para o sucesso.” – relata.
O que deu certo
A jornada da Mari e na do Pedro, mostra que erros e desafios fazem parte do processo. E que garra e a resiliência são fundamentais para que os negócios possam seguir em frente.
Além disso, praticar o giveback compartilhando suas histórias também ajuda quem vem logo atrás. Empresas são feitas de altos e baixos, mas ter quem com contar em momentos difíceis, faz toda a diferença.
Para assistir toda a palestra e ficar por dentro deste painel do Scale-Up Day clique aqui ou no vídeo no topo da página!
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