* Por Cristovão Wanderley

Nos anos 80 e 90, quando surgiu a internet, as pessoas não entendiam muito bem o que significava essa tal rede em que as pessoas se conectam e como ela poderia transformar o mundo. Eu me lembro bem dessa época. A adaptação foi rápida e, logo, os anos 90 ficaram conhecidos como o “boom da internet”, quando a tecnologia se popularizou pelo mundo.

Depois disso, vieram os pagers ou BIPs, os aparelhos celulares e, posteriormente, os smartphones, conectando as duas inovações em apenas um dispositivo, o que nos manteve conectados o tempo todo. Você vê o mundo sem internet nos dias de hoje? Difícil.

Naquela época diversas lideranças começaram a se movimentar para entender como essa inovação funcionava e de que forma poderiam aproveitá-la para evoluir o modelo de negócio e gerar novas oportunidades. O marketing pôde se aproximar dos seus clientes e as vendas ampliarem sua capilaridade, estando mais perto dos consumidores.

Com o Metaverso, NFTs, Web3 (da qual que falarei mais ao longo deste artigo) e outras inovações surgindo o tempo todo, de que maneiras o Chief Marketing Officers (CMOs) podem se preparar para extrair o máximo potencial da tecnologia e gerar experiências ainda melhores com as suas marcas? Podemos falar mais sobre esse potencial, mas antes é importante saber…

O que é Web3 e por que ela está sendo tão aguardada?

É a abreviação do nome dado ao terceiro desenvolvimento da World Wide Web. Segundo especialistas, a tecnologia nos dá a liberdade de navegar sem ter os nossos dados rastreados o tempo todo. A Web3 descentraliza o poder sobre as informações que pertencem a alguns grupos e permite que as pessoas acessem o que quiserem.

Outro ponto essencial aqui é que a Web3 vai conectar mais dispositivos digitais do que apenas computadores e smartphones. Estamos falando de automóveis, eletrodomésticos, dispositivos de condicionamento físico pessoal (como relógios inteligentes) e praticamente tudo o que tiver um sensor digital. Será uma ruptura interessante.

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Diante desse cenário de mudança, como as marcas podem se preparar para utilizar a tecnologia e oferecer uma experiência melhor para o cliente? Veja a seguir.

1- Repensar o uso de dados na experiência do cliente

O uso de dados impactará não só a experiência do usuário, mas fará com que muitas lideranças de marketing pensem de que forma poderão monitorar e levantar informações para criarem jornadas personalizadas para os seus clientes.

A resposta está na conexão da melhor tecnologia com profissionais capacitados para extrair os melhores insights das informações que estarão disponíveis. Não apenas tomar os dados como uma receita exata, mas como uma fonte de inspiração para campanhas humanizadas e que tragam o cliente para perto da sua empresa.

2- A interação com diferentes inovações em tecnologia

Por mais que muitos especialistas ainda considerem o Metaverso algo muito mais teórico do que prático, é fundamental para as marcas ponderarem as diferentes formas que essa tecnologia pode oferecer pensando na experiência do cliente.

E não me refiro apenas ao digital, mas também à conexão com o real, mostrando a sinergia entre diferentes canais para estar presente em diversos momentos da jornada de compra do consumidor. Essa visão 3600 da comunicação é o caminho para conquistar os melhores resultados.

3- Aprenda a utilizar as novas ferramentas

As redes sociais, o Google e outras plataformas estão mudando suas ferramentas para a criação e gerenciamento de anúncios. O próprio Google Analytics 4 (GA4), que vai substituir o Universal Analytics e deve ser lançado no meio de 2023, é uma ferramenta otimizada para dar escalabilidade e mensurar através de dispositivos e plataformas, por meio de Machine Learning.

Assim como o GA4, a tendência é de que as ferramentas de monitoramento também implementem novos recursos. Os CMOs podem se conectar a outras lideranças da empresa, como de tecnologia, e entender maneiras de implementar e orientar os colaboradores sobre o uso delas no dia a dia.

4- Segurança de dados e a relação com blockchain

A tecnologia blockchain, ou cadeia de blocos, garante toda a segurança e confiabilidade, além de maior privacidade, autonomia e transparência sobre os dados sensíveis de qualquer usuário. Isso acontece porque os seus sistemas transacionais não exigem a presença de terceiros para proteger e autenticar essas informações. Sem blockchain, não há Web3.

Por isso, bancos e outras empresas do setor financeiro estão evoluindo e se aproximando cada vez mais do blockchain, Inteligência Artificial, Computação Quântica e Internet das Coisas (IoT). Assim como as instituições bancárias, precisamos olhar para essas inovações e nos adaptarmos o quanto antes para acompanhar a transformação.

5- Esteja sempre disposto a aprender

A tecnologia evolui o tempo todo e, por isso, é importante que as lideranças de marketing estejam atentas sobre as tendências e mudanças que podem surgir no futuro. Com a evolução acontecendo cada vez mais rápido, não podemos ficar parados.

Olhe para outros mercados, veja o que está acontecendo fora do Brasil e acompanhe eventos sobre tecnologia e inovação mesmo de longe. Sempre é possível extrair insights, principalmente sobre Web3.

Essas transformações devem promover mudanças significativas, revolucionando empresas de diversos mercados ao redor do mundo. Com seus recursos para armazenar informações com segurança e transparência, muitas marcas podem apresentar essa visão aproximando-se dos seus atuais e potenciais clientes.

Acompanhe as novidades e mantenha-se atualizado para sair na frente no seu segmento. Em cenários de muita concorrência, o pioneirismo faz a diferença na busca pelos melhores resultados.


5 dicas de marketing para as marcas melhorarem a experiência do cliente

Cristovão Wanderley é responsável por inovação, estudo de tendências de tecnologia e adoção de novas ferramentas, além de desenvolver estratégias de negócio por meio do marketing digital na Stratlab Inteligência Digital. Formado em Design Gráfico pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e com especialização em MKT, Comunicação, Gestão de Mídias Sociais, DMB, Digital Transformation & Big Data – todos pela ESPM.


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