Claudia Colaferro fundou a Angel US com um único objetivo: ajudar as mulheres a chegarem a cargos de liderança dentro das corporações, mudando o mercado de trabalho que é predominantemente dominado por homens.

“Se continuarmos andando do jeito que estamos, vamos demorar 136 anos para obter igualdade dentro das empresas, isso significa que são mais 4 gerações”, diz a CEO, se referindo a dados do Fórum Econômico Mundial que mostram que as mulheres levaram esse tempo para terem cargos e salários igualitários.

Onde tudo começou…

Claudia nasceu no interior de São Paulo, sempre foi muito estudiosa e dentro da sua casa estudar era uma obrigação, até porque é filha de professores de escola pública. “Minha mãe nunca precisou sentar comigo para que eu pudesse fazer a lição de casa, os estudos sempre estavam em primeiro lugar na minha vida e isso é de família”, comenta.

Colaferro diz que a sua família é formada por mulheres fortes e empreendedoras. “Na minha base familiar tem de tudo, professoras, cabeleireiras e outras empreendedoras. As mulheres com quem eu cresci sempre trabalharam e por este motivo cresci querendo me colocar no mercado de trabalho”.

Assim que terminou os estudos, Claudia decidiu cursar administração na FGV. Para conseguir bancar os seus estudos, ela adquiriu uma bolsa no qual só precisaria pagar depois que concluísse o curso, mas durante este período trabalhou como babá e professora de reforço escolar, já que precisava de dinheiro para conseguir se manter em São Paulo.

Após a formação, ela trabalhou em diversas Multinacionais, como Unilever e Coca-Cola. A cada empresa que passava, mais experiência adquiria e consequentemente conseguia escalar na profissão, porém: ”Quanto mais eu crescia menos mulheres eu via ocupando cargos de liderança”, comentou a CEO.

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De mulher para mulher, Angel US

Foi querendo mudar essa realidade patriarcal que, após dar uma palestra sobre liderança feminina, Claudia decidiu criar, em 2020, a Angel US, plataforma que oferece cursos e palestras que ajudam mulheres a se redescobrirem e se desenvolverem no âmbito profissional.

A plataforma funciona assim: as empresas contratam os serviços da Angel US e cada profissional terá o seu login e senha. Assim que ela acessar o site, irá preencher um formulário para que a startup possa conhecê-la melhor, depois ela enviará um link para 5 pessoas responderem sobre como a veem.

Logo em seguida é marcada uma reunião com uma profissional da área e, com base em conversas e nos resultados dos testes, será passado para a cliente as áreas que ela consegue se desenvolver bem e as que precisam ser melhoradas. Com base no perfil da profissional analisada, um cronograma de palestras e curso estará disponível para uso no site.

Além das empresas, qualquer mulher consegue ter acesso a plataforma, inclusive há conteúdos gratuitos para quem quiser conhecer a Angel US antes de iniciar o curso pago. Atualmente, a empresa já alcançou quase 1000 profissionais que estão em busca de autoconhecimento e desenvolvimento profissional.

Conquistas e desafios dentro do mercado de trabalho

“O maior desafio que enfrentei foi o de ter que empreender sozinha, eu venho de multinacionais, então tenho maior facilidade em trabalhar em equipe. Mas agora não estou mais sozinha, tem uma rede de mulheres incríveis do meu lado”, comenta a CEO da Angel US.

“A maior conquista, sem dúvidas, é ver essa rede incrível dando certo. Ajudar mulheres a olharem mais para si e não se deixarem por último se tratando de prioridades é muito gratificante, até porque juntas iremos chegar lá no topo da pirâmide”, diz Claudia.

Próximos passos da Angel US

A startup, que até o momento não recebeu nenhum investimento, passou a contar com a Mubius, venture builder focada em WomenTechs, como sócia estratégica em dezembro de 2022 para ajudar a alcançar mais empresas e mais investidores.

Agora, a Angel US tem pouco mais de 200 mulheres como parte do time, mas quer alcançar a marca de 500 profissionais. Além disso, a startup pretende angariar mais empresas que abraçam a causa da diversidade, atrair mais mulheres para a plataforma e ampliar a voz feminina.

“Por coincidência, no ano em que resolvi criar a Angel US foi descoberto o santuário de Angelins, árvores gigantes que juntas, por mais de 500 anos, sobrevivem e prosperam no coração da Floresta Amazônica, essa história diz muito sobre nós e foi por isso que escolhi esse nome, porque acredito que juntas conseguimos alcançar nossos objetivos”, finaliza Claudia.


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