Em evento destinado para empreendedores da Rede Bossa, três representantes de grandes corporações palestraram sobre as iniciativas de fusões e aquisições dessas empresas. Com o nome de Bossa Exchange, o painel realizado pela Bossanova investimentos contou com discussões e trocas de experiências com representantes do Banco BMG, Ser Educacional e da TOTVS.
Comentando sobre a proposta do BMG, Danilo Herculano, da área de M&A do banco, falou que o BMG sempre prioriza a parceria, e que mesmo com o deal de aquisição finalizado, a startup continua sendo a responsável por definir seus processos e escolher seus clientes por conta própria. “Mesmo adquirida, a startup tem a liberdade de negociar e conversar com quem ela quiser, mesmo que sejam outros bancos. Seguimos o pensamento de que a soma das partes é o que aumenta o lucro, essa é nossa mentalidade.”
Danilo ainda comentou que foi preciso realizar uma mudança na cadeia do banco, que antigamente focava em adquirir negócios já estabelecidos no mercado, mas que observaram que ao adquirir startups em early stages, o lucro futuro seria maior. Ainda comenta que o grupo BMG já realizou 3 aquisições de startups do grupo Bossanova.
Trazendo as vantagens de ser um banco nesse meio, o palestrante explica que o alto caixa disponível pela empresa acaba sendo sua principal vantagem. “No banco nós priorizamos o risco, entendemos que se estudado da forma correta, startups que ainda não chamaram a atenção do mercado podem vir a se tornar grandes cases de sucesso, já inseridos em nosso portfólio. Por isso o BMG criou uma área focada em analisar a interação e o momento da startup, para podermos acompanhar”, comenta Herculano.
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Representando a área de M&A da TOTVS, Karolyna Schenk explica que a empresa começou como uma provedora de software para empresas do mercado, mas que começaram a observar lacunas que poderiam ser ocupadas com startups early do mercado. Criando a área de M&A, a TOTVS desenvolveu três segmentos a serem focados nas startups, com fundos, M&A e parcerias.
“Hoje na TOTVS nós trabalhamos como uma fábrica, seguindo uma esteira de processos. Temos equipes destinadas a observar cada momento e questão para a startup, assim temos a certeza de que um profissional especializado cuidará daquela área em questão. Nós não nos seguramos a tamanho de empresa ou carteira, focamos em time e produto, mas a startup precisa estar em um pronto que esteja pronta para trabalhar e realizar processos”, comenta Karolyna Schenk, executiva de M&A da TOTVS.
A previsão de mercado de M&A no Bossa Exchange
Rodrigo Alves, representando a Ser Educacional, explica que o mercado ainda não se recuperou da crise vivida pelo Coronavírus, e que as startups precisam ter essa mentalidade focada em finalizar os deals o quanto antes. “A bola agora está do lado dos compradores, eles que comandam o jogo, cabe a startup saber se vender e chamar a atenção do mercado na intenção de ser adquirida”, comenta o executivo da Ser Educacional.
Ele continua comentando sobre o momento ruim vivido pelo mercado, e que startups que buscam caixa não devem ser duras na negociação. “O lado ruim para as startups é que os investidores sabem que eles estão na vantagem, então se uma startup acaba fazendo jogo duro eles podem voltar ao mercado e procurar outro negócio com essa solução”, finaliza Rodrigo.
Seguindo a ideia do executivo da Ser Educacional, Karolyna explica que a TOTVS reconhece a má previsão de futuro de mercado, mas que ele não deve estagnar, apenas mudar a forma de fechar os deals. “A TOTVS realizou muitos delas desde 2019, o cenário futuro eh ruim globalmente, ainda se espera uma queda, não devemos alcançar o patamar que vivemos em 2021, para Brasil, a quantidade de deals deve crescer, mas com valores mais baixos”, finaliza a executiva.
Apresentando a visão de um grande banco, Herculano comenta que a alta dos juros ainda vai impactar o mercado de forma negativa para as startups, mas que empresas que conseguirem fechar deals e sobreviver a esse movimento, serão recompensadas no futuro.
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