A capital amapaense foi escolhida para ser a sede da primeira reunião do Startup20 do Brasil. A iniciativa, que teve início na Índia em 2023, é um fórum de diálogo global que reúne os representantes do G20 para debater os ecossistemas de startups e tecnologia.

O evento, que acontece entre 23 e 25 de fevereiro, é realizado em um esforço conjunto entre o Governo do Amapá, o Sebrae Amapá e a Abstartups, e recebe cerca de 400 pessoas e delegações de 19 países: 19 países: Índia, Alemanha, Arabia Saudita, Bagladesh, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Indonésia, Omã, Portugal, Suiça, Rússia, Turquia, Austrália, Itália, Japão, África do Sul e Reino Unido.

A programação do evento debaterá ainda a macroeconomia e o potencial desenvolvimento econômico da região. Serão realizados painéis com conversas sobre inovação e empreendedorismo, além de visitas técnicas nas universidades e centros de pesquisa do Amapá. Nas plenárias, serão abordados temas como governança e compliance em startups, o futuro do ESG nas startups, diversidade e inclusão nas startups, o papel das VCs na ascensão do ecossistema, regulamentação da IA, entre outros.

De acordo com Ingrid Barth, presidente da Abstartups, a cidade de Macapá foi escolhida para sediar a primeira reunião do Startup20 pelo potencial empreendedor da região e a maturidade do ecossistema de startups local. “Quando representantes das maiores nações do mundo estão reunidos, temos um momento único para mostrar a evolução do ecossistema empreendedor no país, firmar parcerias estratégicas para alavancar nossas empresas – sejam de base tecnológica ou não – e até buscar vias de aumentar o fluxo financeiro entre os países do G20. É um leque de oportunidades que se potencializa ainda mais por sediarmos o evento, que se bem aproveitado, poderá transformar o Brasil de maneira perene, deixando um importante legado para o nosso empreendedorismo”, diz.

Para além do Startup20: Amapá quer se tornar referência em empreendedorismo

Embora o estado do Amapá seja o estado que mais preserva a floresta nativa, com 95% da cobertura vegetal primária intacta, tenha 73% do território de área protegida e tenha demarcado todos os seus territórios indígenas, mais de 40% da população da capital vive em situação de pobreza. Para o governador do Amapá, Clécio Luís, a saída para esse desafio é por meio do empreendedorismo.

“A população daqui é uma das mais pobres do mundo. Como eu posso sustentar dados de sustentabilidade tão bacanas com o povo passando fome? Um povo sem perspectiva não preserva floresta de pé, não preserva nada. A gente precisa falar de negócio, de desenvolvimento. Não queremos ajuda de ninguém. A gente quer gerar desenvolvimento para o povo amapaense”, diz.

Hoje, o cenário de startups do Amapá está em ascensão. Segundo o último levantamento do Sebrae foram mapeadas 84 startups no estado. “O que vem à sua mente quando você pensa em Amazônia? Eu tenho certeza que o que vem à cabeça é a imagem de uma floresta densa e rios sinuosos. O que vem à mente quando você pensa em startups? A gente pensa no software, sistemas, máquinas. Tanto no exemplo da Amazônia quanto das startups, o que temos em comum são as pessoas. A Amazônia é feita por pessoas, e a gente costuma negligenciar isso”, afirma Clécio.

De acordo com a pesquisa Cenários das Startups do Amapá, realizada pelo Sebrae-AP, as startups locais geram 500 empregos diretos e indiretos, e faturaram mais de R$ 10 milhões em 2022, um crescimento de 42% em relação ao ano anterior. Macapá é a segunda capital da região Norte com maior número de startups (17,4%), e 9 em cada 10 startups no Amapá tem mais de 5 anos em atividade.

Para continuar o fomento desse ecossistema crescente, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Amapá, Josiel Alcolumbre, destacou a necessidade das parcerias para alavancar o cenário de inovação, pequenos negócios e startups na Amazônia: “Para nós do Sebrae no Amapá, é motivo de grande honra e reconhecimento ao nosso trabalho receber em nossa sede um evento de porte internacional como o Startup20. Essa parceria proporciona uma vitrine para mais de 100 empreendedores da Bioeconomia amapaense, demonstrando de forma efetiva a força de nosso Ecossistema de Inovação”, completa.


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