Cinco anos após ser pressionado por investidores a deixar a liderança da WeWork, Adam Neumann apresentou uma oferta de mais de US$ 500 milhões para comprar de volta a empresa de compartilhamento de escritórios que ele cofundou e impulsionou a uma avaliação de US$ 47 bilhões, antes de a empresa decretar falência.

O valor, no entanto, pode ser ainda maior, como relatado por um porta-voz da imobiliária Flow à Bloomberg: “Há duas semanas, uma coalizão de meia dúzia de parceiros financeiros apresentou um potencial lance por substancialmente mais do que o relatado pelo Wall Street Journal”.

Em novembro do ano passado, a empresa entrou com pedido de falência nos Estados Unidos e agora está avaliando suas opções. Em comunicado enviado à Bloomberg, a companhia afirmou que continua focada em sair do pedido de falência no segundo trimestre como uma “empresa financeiramente forte e lucrativa”.

Saída de Neumann

Neumann fundou a WeWork em 2010 e saiu do negócio em 2019, com um acordo de não concorrência de US$ 185 milhões, um pagamento de liquidação de US$ 106 milhões e US$ 578 milhões recebidos por ações vendidas.

Enquanto ainda comandava a WeWork, Adam Neumann tinha o costume de andar pelo escritório descalço, além de proibir seus funcionários a se alimentarem à base de carne. Ex-colaboradores do executivo ainda comentam que era comum que Adam oferecesse doses de tequila e cigarros de maconha ao longo do expediente. A vida do excêntrico fundador chegou a ser contada em uma série produzida originalmente pela Apple TV+, nomeada de WeCrashed, e ele foi interpretado pelo ganhador de Oscar Jared Leto e, sua companheira, por Anne Hathaway. 

A história da WeWork começou de forma positiva, gerando grande interesse do mercado logo nos seus primeiros meses em 2010. A empresa surgiu com uma proposta de disponibilizar espaços de trabalho para aluguel e distribuiu suas sedes por todo o mundo. Entre 2019 e 2020, o grupo de consórcio japonês, SoftBank, investiu cerca de US$ 10 bilhões, que elevaram seu valuation para US$ 47 bilhões.

Com os investimentos do SoftBank, a WeWork abriu os olhos do mercado e começou a se programar para abrir seu IPO. Na organização para abertura de capital, documentos entregues a órgãos regulatórios americanos começaram a chamar atenção. Eles contavam que haviam US$ 47 bilhões em obrigações de arrendamento futuro e mais US$ 4 bilhões em compromissos dos mesmos arrendamentos. Com isso, o IPO da empresa foi cancelado.

Quando soube da falência da companhia, Adam Neumann comentou: “Tem sido um desafio para mim observar desde 2019 como a WeWork não conseguiu tirar partido de um produto que é mais relevante hoje do que nunca. Acredito que, com a estratégia e a equipe certas, uma reorganização permitirá que emerja com sucesso”.


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