O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou uma nova linha de crédito, com orçamento de R$ 2 bilhões, voltada para o investimento em data centers no Brasil. A iniciativa é parte da Missão 4 da Nova Indústria Brasil, que busca promover a digitalização das empresas do país. A medida conta com recursos do BNDES e do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), gerido pelo Ministério das Comunicações. Os juros para os projetos variam conforme a região, sendo a partir de 6,13% nas regiões Norte e Nordeste e 8,5% nas demais regiões.

Com a estimativa de que o volume de dados alcance 600 trilhões de gigabytes até 2030, a infraestrutura digital se torna crucial para o futuro da economia. “Com a matriz de energia de quase 90% limpa, o Brasil é um país altamente competitivo nesse segmento, pois data centers exigem elevado consumo de energia. Além disso, o investimento em inovação tecnológica e digitalização está no centro da nova política industrial do presidente Lula. O BNDES já aprovou, nesta gestão, R$ 36,1 bilhões para transformação digital de empresas brasileiras”, revela o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.

Além de data centers, MPMEs também serão contempladas por projetos do BNDES

Além disso, o evento no Palácio do Planalto também anunciou novos investimentos voltados para a digitalização de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Um total de R$ 160 milhões, sendo R$ 80 milhões do BNDES e R$ 80 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), será destinado ao programa Smart Factory, que visa a digitalização dessas empresas por meio de parcerias entre Institutos da Rede Senai e provedores de soluções tecnológicas. Ainda no âmbito do Brasil Mais Produtivo, foram anunciados R$ 400 milhões adicionais para apoiar os planos de digitalização das MPMEs, com R$ 100 milhões provenientes do BNDES e R$ 300 milhões da Finep.

“O investimento em infraestrutura é fundamental para levar a nossa indústria para um novo patamar e os datacenters são pré-requisito para essa transformação. Eles são essenciais para dar segurança, celeridade e confiabilidade aos serviços digitais, inclusive em situações de crise. E o Fust tem exatamente essa missão de apoiar iniciativas inovadoras no setor de telecomunicações. São recursos que estavam bloqueados há décadas e conseguimos, desde o ano passado, aplicá-los para a realização de políticas públicas”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.


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