A WideLabs, startup brasileira focada em inteligência artificial aplicada, está se destacando ao usar a infraestrutura da Oracle Cloud (OCI) para desenvolver algumas das maiores inovações em IA no país. A empresa utiliza a OCI para treinar e aperfeiçoar modelos de linguagem em grande escala, entre eles o bAIgrapher, uma ferramenta que ajuda pacientes com Alzheimer a preservar memórias através de autobiografias geradas por IA. Esse projeto, junto com outras soluções, reforça o compromisso da WideLabs em criar tecnologias que atendem diretamente às necessidades dos brasileiros.

O bAIgrapher, desenvolvido pela WideLabs, tem como principal objetivo auxiliar no tratamento de pacientes com Alzheimer através da terapia de reminiscência. A terapia, que envolve a recordação de experiências vividas, geralmente é cara e demorada. O bAIgrapher busca resolver esse desafio gerando biografias de pacientes a partir de dados coletados com suas famílias. A aplicação usa o modelo de linguagem treinado com a infraestrutura da OCI, o que permite a criação de uma narrativa coerente e personalizada para cada paciente em questão de minutos.

Nelson Leoni, CEO da WideLabs, destaca a importância da parceria com a Oracle para o sucesso da empresa: “A infraestrutura de IA da OCI nos oferece a maior eficiência para treinar e executar nossos modelos de linguagem. A escala e flexibilidade que ela proporciona são essenciais para continuarmos inovando, especialmente no setor de saúde”, explica.

WideLabs quer transformar o Brasil em referência no cenário de IA

Além de auxiliar no tratamento de Alzheimer, a WideLabs também se compromete com a preservação da cultura e identidade brasileiras. A startup desenvolveu o Amazonia IA, um dos maiores modelos de linguagem em português, que tem como foco central preservar e promover a cultura brasileira. Treinado com o suporte de GPUs NVIDIA H100, o Amazonia IA utiliza a infraestrutura da Oracle para garantir que a operação e os dados fiquem dentro do Brasil, atendendo às exigências de soberania de dados do país.

Leoni conta que o uso de uma IA que compreenda profundamente a cultura local é um diferencial importante: “Criamos a Amazonia IA para garantir que os brasileiros estejam aprendendo e interagindo com uma IA que foi desenvolvida a partir da nossa própria cultura. Isso faz com que a solução tenha um impacto ainda mais positivo na vida das pessoas e nas indústrias locais”.

Com uma gama de aplicações que vão desde saúde, educação até preservação cultural, o Amazonia IA representa um marco no cenário da inteligência artificial brasileira. A startup visa fomentar a autonomia tecnológica e reduzir a dependência de plataformas estrangeiras, promovendo o fortalecimento do ecossistema de inovação local. “Estamos colocando o Brasil na lista seleta de países que desenvolvem e operam suas próprias soluções de IA”, afirma Leoni.

Para Leandro Vieira, vice-presidente de Tecnologia para América Latina da Oracle, a parceria com startups como a WideLabs demonstra o potencial da infraestrutura da OCI para acelerar inovações tecnológicas no país: “Ao oferecer às organizações da América Latina a mais recente infraestrutura de IA e GPUs, estamos ajudando empresas inovadoras como a WideLabs a criar soluções para desafios importantes, como o tratamento de Alzheimer, que impactam uma grande parcela da população”.

O compromisso com a sustentabilidade também é um pilar central da WideLabs, especialmente com a criação da Amazonia IA. A startup garante que toda a energia utilizada para alimentar os modelos de IA seja limpa e renovável, respeitando a vocação do Brasil em buscar soluções verdes. A IA está alinhada com as diretrizes globais de proteção de dados e privacidade, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o que garante a segurança e conformidade nos projetos da empresa.

A infraestrutura da Oracle Cloud São Paulo Region também permite à WideLabs operar com eficiência e garantir que os dados sensíveis de seus projetos permaneçam dentro das fronteiras do Brasil. Isso é especialmente importante em projetos de saúde, como o bAIgrapher, que coleta informações sensíveis de pacientes e suas famílias para criar as autobiografias. “A Oracle e a NVIDIA nos deram a oportunidade de desenvolver a Amazonia IA, e isso nos permitiu criar uma IA que respeita as particularidades da nossa língua e cultura”, reforça Leoni.


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