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A Apple escolheu a Alibaba como parceira para oferecer uma experiência de inteligência artificial integrada aos usuários chineses do iPhone. A colaboração envolve a incorporação do modelo de IA Qwen (Tongyi Qianwen) em recursos como geração de imagens, otimização de texto e busca inteligente. A tecnologia já foi enviada para aprovação dos órgãos reguladores chineses, e, caso aprovada, a China será o primeiro mercado a contar com um modelo de IA local no ecossistema da Apple.
A iniciativa faz parte da estratégia da empresa para recuperar participação de mercado no país, onde as vendas do iPhone caíram 11% no último trimestre de 2024. Com a parceria, a big tech busca aprimorar a experiência do usuário e competir com fabricantes locais como Huawei e Vivo, que já integram IA avançada em seus dispositivos.
Alibaba se destaca para Apple na disputa entre gigantes
A empresa de Steve Jobs vinha testando diferentes soluções de IA na China desde 2023, mas enfrentava dificuldades para encontrar um modelo que interpretasse comandos com precisão no contexto real de uso dos iPhones. A Alibaba se destacou na disputa com seu modelo Qwen, que recentemente lançou a versão Qwen 2.5-Max, considerada superior a rivais como DeepSeek-V3, OpenAI GPT-4o e Meta Llama-3.1-405B.
O Qwen utiliza a arquitetura MoE (Mixture of Experts) e foi treinado com mais de 20 trilhões de tokens, aprimorando sua capacidade em linguagem, raciocínio, matemática e programação. Além disso, a Alibaba oferece variantes especializadas, como o Qwen-VL (multimodal), Qwen-Audio, Qwen-Coder e Qwen-Math, permitindo que a IA compreenda vídeos, arquivos, objetos em imagens e até controle remoto de computadores.
Outro diferencial da companhia escolhida é sua expertise em serviços de nuvem, garantindo a infraestrutura necessária para rodar modelos de IA com eficiência na China. A empresa também possui um vasto banco de dados sobre hábitos de consumo no país, o que pode tornar as funcionalidades do iPhone ainda mais personalizadas para os usuários chineses.
Antes de fechar com a Alibaba, a dona do iPhone testou diferentes alternativas. Inicialmente, trabalhou com a Baidu, mas a parceria foi encerrada devido a problemas técnicos e restrições de privacidade. A Baidu queria utilizar dados dos usuários para treinar sua IA, o que ia contra as diretrizes da Apple.
Nos últimos meses, a big tech também avaliou Tencent, ByteDance e DeepSeek. Apesar de conquistar fabricantes como Huawei e Oppo, a DeepSeek não oferecia uma estrutura robusta o suficiente para atender à demanda da Apple. A ByteDance, por sua vez, se destaca em IA para consumidores, mas a Alibaba venceu a disputa ao apresentar soluções empresariais avançadas e uma infraestrutura de nuvem consolidada.
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