A Vivo concluiu 2024 com R$ 130 milhões em contratos fechados com startups, representando um aumento de 30% em relação ao ano anterior. Esses números refletem o trabalho da Wayra e do Vivo Ventures, seus fundos de Corporate Venture Capital (CVC), em identificar e viabilizar soluções inovadoras para a empresa. Esses resultados são um reflexo direto da atuação estratégica de ambos os fundos, que não apenas investem, mas também promovem a digitalização da Vivo e de seus parceiros por meio de contratos e parcerias de negócios.

Phillip Trauer, Managing Director da Wayra Brasil e Vivo Ventures, destaca que a relevância das iniciativas realizadas por ambos os fundos está no impacto gerado para a Vivo, especialmente no que tange à transformação de projetos promissores em soluções práticas para a companhia. “O impacto dessa estratégia é refletido nos números das startups do portfólio que já possuem contrato com a empresa. São 40% das startups da Wayra e 71% do Vivo Ventures, destacando a eficácia dos nossos investimentos”, comenta Trauer.

Em 2024, os aportes de Wayra e Vivo Ventures reforçaram áreas como serviços financeiros, saúde, tecnologia e até o agronegócio. A startup Lend, por exemplo, recebeu um novo aporte da Vivo Ventures, ampliando seu impacto no mercado de crédito. A Agrolend, fintech voltada para o financiamento de pequenos e médios produtores rurais, e a CRMBonus, especializada em soluções de bonificação, também fizeram parte dos investimentos do ano.

Foco em 2025

Rafael Marciano, Head de Business Development da Wayra Brasil, observa que as verticalizações mais promissoras para 2025 incluem serviços financeiros, saúde, inteligência artificial (IA) e o agronegócio. “A Vivo deixou de ser apenas uma operadora de telecomunicações para se tornar um hub digital. Em 2024, um dos focos foi o de serviços financeiros, com destaque para a fintech Klubi e a startup Klavi, que atua no setor de open finance”, explica Marciano.

A IA, por sua vez, se revela como uma das grandes apostas para 2025. Tanto a Wayra quanto o Vivo Ventures já estão atentos ao potencial transformacional da IA generativa, buscando identificar soluções inovadoras para aplicar dentro das operações da Vivo e para atender à crescente demanda do mercado. “A IA será transformacional para as corporações e para as startups. Estamos aprendendo a identificar boas empresas no segmento e também a fomentar novas soluções que aproveitem essas tecnologias emergentes”, afirma Marciano.

O cenário econômico de 2024, com aumento de juros e volatilidade cambial, apresentou desafios para os fundos de CVC. Contudo, tanto a Wayra quanto o Vivo Ventures demonstram resiliência e aproveitaram as oportunidades para fortalecer ainda mais o ecossistema de startups no Brasil. “O mercado macro não tem sido fácil, mas o CVC da Vivo é resiliente. Com 13 anos de operação, passamos por várias fases e sempre buscamos nos adaptar”, diz Marciano. Ele ressalta ainda que a combinação de capital e as oportunidades de negócios com uma gigante como a Vivo fazem toda a diferença para as startups investidas.

Entre os principais marcos de 2024, destaca-se a parceria com uma startup brasileira incorporada em Israel. Juntas, a parceria permitiu que a Vivo reduzisse significativamente o tempo de desenvolvimento de novas aplicações, o que impactou positivamente mais de 33 mil colaboradores da Vivo. Outro exemplo relevante vem da parceria com uma startup de consórcios, que, após o investimento da Vivo, desenvolveu um produto de consórcio digital para smartphones.

Além disso, os números de oportunidades de negócios também mostram a intensidade da atuação da Wayra e do Vivo Ventures. Ao longo do ano, 178 oportunidades de negócios foram exploradas, envolvendo 80 startups com soluções inovadoras. Entre elas, 40% dos projetos da Wayra e 71% dos projetos do Vivo Ventures evoluíram para contratos de operação ou POCs (Proof of Concept).

O foco para 2025 está claramente em expandir a atuação nas áreas de IA generativa, com especial atenção ao desenvolvimento de novas soluções que tragam eficiência tanto para a Vivo quanto para o ecossistema de startups. Marciano enfatiza que as expectativas são altas: “Vamos investir muito mais em IA. Queremos ser protagonistas dessa transformação que está por vir e garantir que nossas empresas parceiras possam também se beneficiar dessas novas tecnologias.”

A Wayra, presente no Brasil desde 2012, conta atualmente com 25 startups ativas, enquanto o Vivo Ventures, lançado em 2022, já alocou R$ 144,2 milhões em sete startups.


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