
O Carnaval, um dos períodos mais aguardados do ano, também se tornou um momento propício para golpes financeiros e furtos de dispositivos móveis. Com a alta concentração de foliões nas ruas e eventos, criminosos aproveitam a distração do público para aplicar fraudes. Um levantamento recente da fintech Koin revelou que 18,4% dos entrevistados já foram vítimas de golpes durante as festividades.
A pesquisa destaca práticas fraudulentas como QR codes adulterados, perfis falsos vendendo produtos carnavalescos e clonagem de cartões. Para reduzir os riscos, especialistas recomendam a adoção de medidas preventivas e o uso de ferramentas de segurança oferecidas por instituições financeiras.
Principais golpes identificados
A pesquisa da Koin aponta que os crimes mais comuns no Carnaval incluem:
- QR codes ou Pix adulterado – 46,4% dos entrevistados já sofreram fraudes por meio de transações manipuladas.
- Perfis falsos vendendo produtos e serviços carnavalescos – 35,7% dos consumidores relataram ter sido vítimas desse tipo de golpe.
- Clonagem de cartões e cobranças indevidas em serviços de transporte – 21,4% relataram problemas com transações não autorizadas.
- Roubo de celular seguido de acesso a contas bancárias ou clonagem de WhatsApp – 17,9% sofreram prejuízos após o furto do aparelho.
- Ingressos falsos para festas e eventos – 14,3% dos entrevistados já compraram bilhetes fraudulentos.
- Golpes em hospedagens, incluindo anúncios falsos ou cobranças indevidas – 10,7% das pessoas enfrentaram esse problema.
Além do impacto emocional, os prejuízos financeiros são expressivos. Cerca de 28,6% das vítimas perderam entre R$ 100 e R$ 500, enquanto 21,4% registraram perdas superiores a R$ 1.000. Apenas 17,9% conseguiram evitar danos financeiros.
Diante da recorrência de golpes, 72% dos entrevistados afirmaram tomar precauções para evitar fraudes, enquanto 12,5% o fazem ocasionalmente e 15,1% permanecem vulneráveis. Entre as estratégias mais adotadas estão:
- Evitar fornecer dados bancários a desconhecidos – Prática seguida por 66,4% dos entrevistados.
- Não sacar dinheiro em caixas eletrônicos próximos a eventos – Medida adotada por 51,3% dos foliões.
- Ativar a autenticação em dois fatores em aplicativos bancários – Estratégia utilizada por 46% dos participantes.
- Verificar a autenticidade de QR codes antes de realizar pagamentos – Prática seguida por 36,8% dos consumidores.
- Utilizar cartões virtuais temporários para compras online – Método adotado por 29,5% dos foliões para evitar clonagem de cartões.
- Evitar fazer compras em sites não verificados e desconhecidos – Estratégia usada por 41,2% dos entrevistados.
Além disso, 68,4% dos foliões evitam expor o celular em locais movimentados, 53,9% ativam o rastreamento do aparelho e 32,9% desativam ou reduzem os limites do Pix nos dias de festa.
Soluções de segurança oferecidas por bancos
Com o aumento das fraudes no período carnavalesco, instituições financeiras têm implementado ferramentas de proteção. O Banco Inter, por exemplo, lançou o Modo Carnaval, que restringe funcionalidades do aplicativo bancário, impedindo transações de alto valor e dificultando acessos indevidos. Já o Nubank disponibiliza o Modo Rua, que permite o bloqueio temporário de operações sensíveis sempre que o usuário estiver em ambientes de risco.
Outros bancos e fintechs também têm adotado estratégias para aumentar a segurança digital de seus clientes, como alertas de transações suspeitas e bloqueio temporário de cartões em caso de atividades incomuns. Essas medidas ajudam a mitigar danos e oferecem um nível adicional de proteção aos consumidores.
Como se proteger durante o Carnaval
Especialistas recomendam a adoção de práticas simples, mas eficazes para evitar fraudes e furtos durante as festividades:
- Manter o celular guardado em locais seguros, como pochetes ou bolsos internos.
- Habilitar senhas fortes e biometria para desbloqueio do aparelho.
- Evitar redes Wi-Fi públicas para realizar transações bancárias.
- Realizar backups periódicos para evitar perda de dados importantes.
- Verificar a procedência de ingressos e hospedagens antes da compra.
- Reduzir os limites de transferências bancárias temporariamente.
- Em caso de furto ou roubo, bloquear o celular remotamente e informar imediatamente o banco.
- Evitar compartilhar localização e informações pessoais em redes sociais durante eventos.
- Utilizar aplicativos de rastreamento e bloqueio remoto de dispositivos móveis.
- Ter um celular reserva ou um dispositivo secundário para uso na rua.
O que fazer em caso de golpe ou roubo?
Se um folião for vítima de fraude ou roubo, especialistas recomendam:
- Registrar um boletim de ocorrência – Fundamental para recuperação de dispositivos e auxílio em investigações.
- Bloquear imediatamente contas bancárias e cartões – Para evitar transações fraudulentas.
- Avisar operadoras de telefonia sobre a perda do aparelho – Para impedir que o número seja usado em golpes como clonagem de WhatsApp.
- Monitorar movimentações bancárias nos dias seguintes – Para identificar qualquer atividade suspeita.
- Consultar empresas de proteção ao crédito para evitar abertura de contas falsas – Serviços como Serasa e SPC podem alertar sobre movimentações estranhas em nome da vítima.
O Carnaval é uma época de festa, mas também exige atenção redobrada com segurança digital e financeira. A adoção de práticas de proteção, como uso de senhas seguras, autenticação em dois fatores e verificação de transações, pode reduzir os riscos e garantir que os foliões aproveitem o evento com tranquilidade. O investimento em ferramentas bancárias, como os modos de segurança oferecidos por instituições financeiras, adiciona uma camada extra de proteção contra golpes.
Além das medidas preventivas, a rápida ação em caso de furto ou fraude pode minimizar danos financeiros e impedir novos crimes. Com planejamento e cautela, os foliões podem curtir o Carnaval sem se tornarem vítimas de fraudes e furtos.
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