Falar sobre liderança já virou lugar-comum para muitas pessoas. É só a gente entrar no LinkedIn que sobram posts, artigos e vídeos com dicas de como ser um líder melhor ou sobre o que fazer ao assumir uma posição de liderança na empresa. Algumas pessoas citam resultados no esporte, desempenhos de artistas em shows e até casos extraordinários como referência para inspirar sobre a melhor forma de educar.

Há quem associe essa função a metas, prazos e resultados, enquanto outros a resumem a uma boa gestão de processos. Honestamente, eu acho bom poder compartilhar nossas experiências e visões do mercado. O LinkedIn abriu espaço para esse debate, humanizando os líderes e mostrando não só os pontos fortes, mas também suas vulnerabilidades. O conceito de liderança educadora está cada vez mais presente nas discussões das empresas. Você o conhece ou ouviu falar sobre ele?

Diferentemente de uma visão tradicional, essa noção não se limita a organizar tarefas ou cobrar entregas. O líder educador transforma o ambiente em um espaço de aprendizado contínuo, promove a escuta ativa, compartilha responsabilidades e constrói vínculos de confiança. O mais curioso é que essa perspectiva sempre fez parte da minha jornada profissional.

Desde cedo, percebi que o trabalho se torna mais rico quando não fica só na execução e se transforma em um espaço de troca e inovação. Aprendi muito com quem esteve ao meu lado e procurei ensinar sempre que pude, não com respostas prontas, mas criando condições para que as pessoas crescessem e encontrassem, por si mesmas, ideias para resolver problemas.

É uma perspectiva que se faz necessária, ainda mais nos dias de hoje.

Segundo o Future of Jobs Report 2025, do Fórum Econômico Mundial, 39% das competências atuais serão substituídas ou transformadas até 2030. Isso significa que a capacidade de aprender continuamente deixou de ser um diferencial e se tornou questão de sobrevivência.

No entanto,aprender sozinho não é o suficiente. O State of the Global Workplace 2025 mostra que apenas 21% dos colaboradores estão engajados e que 22% se sentem sozinhos, índice ainda maior entre os que trabalham remotamente. As empresas estão cheias de profissionais que precisam se atualizar e estão em busca de conexão, propósito e apoio.

E é aí que o papel do líder faz diferença. Não como alguém que coloca as regras e exige que sejam cumpridas, mas como uma figura que adota condições para que talentos possam crescer. O líder educador ensina pelo exemplo, valoriza o erro como parte do processo e transforma cada desafio em uma oportunidade de aprendizado coletivo.

Mas por que é tão difícil seguir esse caminho? Dados da McKinsey mostram que gestores passam 49% do tempo em atividades que não são de liderança e que mais da metade deles se sente esgotada. Não é à toa que tantas equipes também enfrentam falta de engajamento e desconexão.

A liderança educadora não é um projeto paralelo. Ela precisa estar no centro da estratégia, porque não basta entregar resultados no curto prazo, é preciso formar pessoas capazes de pensar criticamente, se reinventar e construir o futuro ao lado da organização.

Diante da evolução da Inteligência Artificial e de outras tecnologias emergentes, a capacidade de pensar e tomar decisões é o que vai nos diferenciar no mercado. E os líderes podem ajudar a trabalhar essa habilidade de forma efetiva.

Além de resultados como metas batidas ou relatórios prontos, o legado de um líder também está naquilo que ele deixa nos outros: conhecimento, propósito e confiança, para que também possam gerir suas equipes com eficiência. Liderar é educar. E quem entende isso está um passo à frente na construção de organizações humanas, inovadoras e protagonistas em seus mercados.


Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!

Publicação Original


0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder