Os pequenos negócios foram responsáveis por mais de 80% dos 4,7 mil novas vagas abertas no estado em outubro. O saldo positivo foi puxado pelos setores de serviços e comércio
O Rio Grande do Norte continua no ritmo de reaquecimento do mercado de trabalho formal pelo quinto mês consecutivo. Em outubro, o estado criou 4.763 novos postos de trabalho, levemente acima da quantidade de novas vagas abertas no mês anterior, 4.528 vagas. Os maiores responsáveis por essa alta no saldo de empregos com carteira assinada foram os pequenos negócios, que abriram mais frentes de trabalho em comparação com as médias e grandes empresas e fecharam o décimo mês do ano com um acúmulo de 3.855 novos trabalhadores contratados formalmente. Isso representa cerca de 81% do saldo do mês. Juntas, as empresas de demais portes somaram 905 novas vagas geradas. O saldo de empregos do Rio Grande do Norte foi o quinto maior do Nordeste.
Os dados sobre o mercado de trabalho formal no estado fazem parte do ‘Mapa do Emprego do Rio Grande do Norte’, um levantamento feito pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. O informativo indica que o Rio Grande do Norte possui atualmente 426,5 mil profissionais contratados com carteira de trabalho assinada.
“Esses dados confirmam a importância do segmento dos pequenos negócios como mola propulsora da economia do Rio Grande do Norte, principalmente nesse período de retomada das atividades após o período mais crítico da crise ocasionada pela pandemia. Fica nítido que é preciso um olhar especial a esse segmento no que se refere a políticas de desenvolvimento e estímulo, sobretudo nesse momento ainda cercado de incertezas. Vemos que a micro e pequena empresa faz diferença na geração de empregos”, avalia o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto.
Tomando-se por base o tipo de atividade econômica, em outubro as contratações foram bem superiores ao total de demissões no setor de serviços, que gerou um saldo de 1.702 vagas. O comércio foi o segundo melhor no ranking de geração de empregos, com a criação de 1.590 novos postos de trabalho. A construção civil, a indústria e o setor agropecuário foram responsáveis por saldos de 649 vagas, 559 vagas e 263 vagas, respectivamente.
Esse bom resultado na geração de emprego, verificado no Rio Grande do Norte nos cinco últimos meses, ainda não foi suficiente para suplantar o déficit provocado pela crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, o Rio Grande do Norte ainda amarga a perda de 1.103 vagas. No mesmo intervalo do ano passado, ao contrário de 2020, teve saldo foi positivo com o acúmulo de 4.591vagas.
De janeiro a outubro deste ano, ocorreram 111.258 contratações, mas, em compensação, as demissões foram maiores, em 112.361 desligamentos. Os maiores déficits estão no setor de serviços, que sofreu uma baixa de 3.133 vagas. A indústria foi o segundo segmento mais afetado com a crise e tem um saldo acumulado negativo em 710 vagas, seguida do comércio com uma perda de 507 postos de trabalho. Os demais setores tiveram alta de 2.224 vagas (construção civil) e 1.023 vagas (agropecuária).
O Mapa do Emprego do Rio Grande do Norte também analisa a distribuição das novas vagas geradas no mês por região do estado. Os municípios responsáveis por abrir mais novos postos de trabalho foram Natal (2.134 novos empregos), Mossoró (740 novas vagas), Parnamirim (217 novos empregos), São Gonçalo do Amarante (168 novas vagas) e Extremoz (143 novos postos de trabalho). Por outro lado, Ipanguaçu (52 vagas), Patu (45 vagas), Alto do Rodrigues (42 vagas), Goianinha (22) e Caraúbas (18 vagas) foram as cidades potiguares que mais perderam empregos.
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