Atualmente, as empresas de micro e pequeno porte que exportam seus produtos diretamente correspondem à
1/3 dos empreendimentos brasileiros que vendem para mercados internacionais

O Sebrae, com apoio de outras entidades e do governo federal, planeja aumentar em 30%, neste ano, o número de pequenos negócios exportadores e incrementar a participação das pequenas empresas na pauta das exportações brasileiras. Atualmente, das 25 mil empresas do país que exportam, uma a cada três (8,4 mil), são de pequeno porte. Apesar dessa participação significativa, as micro e pequenas empresas exportadoras são responsáveis por apenas 1% dos valores negociados.

Por meio de parcerias entre as unidades estaduais do Sebrae, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a expectativa é atender mais de 1,6 mil empresas. Já são 11 projetos em andamento e somente no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, cerca de mil empresas estão sendo acompanhadas pelo Sebrae.

“Temos um grande desafio pela frente que é o de aumentar a quantidade de negócios exportadores e o valor que é exportado”, afirma o analista de Competitividade do Sebrae Gustavo Reis. “É interessante que a cultura exportadora seja trabalhada desde a criação de um negócio. Quando uma empresa já nasce com essa cultura, ela naturalmente cria uma estrutura mais adequada, aumentando assim sua competitividade e seu grau de maturidade”, afirma o analista do Sebrae. Gustavo recomenda que as empresas levem em consideração a questão do mercado externo em seu planejamento.

Empresas que já foram constituídas também devem ampliar seu mercado consumidor. A indústria alimentícia de pequeno porte Farofa Santa Rita é um exemplo dos benefícios que a abertura de mercado por trazer. A empresa, que começou a exportar no final de 2019, vendia seus produtos para grandes empresas de carnes e ao ter o produto disponibilizado como acompanhamento das carnes em uma feira internacional começou a ser procurada por compradores estrangeiros. A partir de então, a empresa começou a passar por consultorias do Sebrae para entender o que era necessário fazer para adaptar seu produto ao mercado internacional e junto com o Sebraetec, ALI e Apex-Brasil foi capacitada e adequou seus produtos à demandas internacionais. A empresa ainda está em expansão e planeja ampliar a exportação de seus produtos para Dubai e países da América Latina.

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