





A Endeavor é a rede formada pelas empreendedoras e empreendedores à frente das scale-ups que mais crescem no mundo e que são grandes exemplos para o país.
Acreditar no sonho grande também é acreditar que grandes ideias nascem de pessoas inspiradoras, que potencializam negócios e mostram que a representatividade é fundamental para o desenvolvimento do país.
A Endeavor, em parceria com o Google For Startups e o The Black Entrepreneurs Club realizou o Encontro de Empreendedoras e Empreendedores Negros, um evento exclusivo sobre desenvolvimento de negócios e sonho grande.
As fundadoras e fundadores convidados puderam conversar com lideranças inspiradoras à frente de empresas de alto crescimento, fazer conexões e conhecer as possibilidades de apoio para escalar seus empreendimentos.
Um dia repleto de trocas e oportunidades, que trouxeram ainda mais força para a comunidade. Foram conversas repletas de aprendizado, que encantaram e levaram brilho aos olhos desse novo time de liderança. E esse brilho nos olhos é o que transforma, é a potência que move o sonho grande e que faz a mudança no mundo.
Saiba mais como foi cada painel e conheça os grandes nomes do empreendedorismo negro do país!
O bichinho do empreendedorismo e o sonho grande
O primeiro painel contou com a presença de Nohoa Arcanjo e Robson Privado, e foi mediado por Carolina Leal, especialista em D&I da Endeavor.
Nohoa, fundadora e CEO da Creators LLC, plataforma de marketing de influência, explicou que sua trajetória começou quando foi picada pelo bichinho do empreendedorismo, e a vontade de liderar uma empresa era o que fazia seu coração bater mais forte, mesmo com todas as complexidades de se abrir um negócio.
“Temos que estar com ouvidos e olhos muito abertos e atentos. Porque terão situações que você não saberá o que vai acontecer” – relatou durante o painel.
Além disso, Nohoa contou também um pouco da sua experiência como empreendedora negra:
“Eu nunca duvidei de mim e nunca permiti que a síndrome de impostora estivesse comigo. Se eu não sabia de algo, chamava pessoas que soubessem. Tenho muito orgulho da cultura que estamos construindo na Creators. Dividir o conhecimento e criar oportunidades para pessoas que foram minorizadas a vida toda é apenas o começo”.
Para o Robson, Empreendedor Endeavor da MadeiraMadeira, a trajetória foi um pouco diferente. Desde pequeno o empreendedor via seus exemplos dentro de casa:
“Tive uma grande referência, que foi meu pai. Ele me ensinou que temos que sonhar grande! Se limitar não ao que você acha que é capaz, mas olhar para de fato o que você quer chegar lá na frente”.
Além disso, ele explicou como o conhecimento de novas tecnologias é fundamental para o crescimento de uma empresa:
“A primeira coisa que você tem que fazer neste caminho é se qualificar. O mundo corporativo ensina muito. Quanto mais experiências com tecnologias você tiver, mais vai conseguir acelerar.”
E finalizou contando um pouco mais sobre como é a jornada de um empreendedor:
“É uma jornada longa, difícil e que fica diferente a cada ano. Há 5 anos eu não tinha nada, mas tudo mudou. Por isso, é preciso tentar, mesmo sem saber o próximo passo. O empreendedor precisa seguir em frente e ir atrás do que ele acredita”.
Oportunidades e uma mudança de perspectiva
Já o segundo painel contou com a presença de André Barrence, do Google for Startups, e Jéssica Rios, da BlackWin, e mediado por Douglas Vidal, gerente da The Black Entrepreneurs Club.
Jéssica começou contando um pouco da sua história e quando se percebeu como empreendedora negra:
“A minha transformação foi quando tive acesso à educação. Depois da faculdade, foi fácil entrar no mercado corporativo e fui passando por todas as etapas corporativas. Mas quando virei sócia de uma empresa, descobri algo: eu era a única mulher negra sócia de uma gestora de investimento. É uma cadeira grande, única, mas cheia de espinhos.”
Além disso, ela explicou como estar em uma cadeira de investimentos, sendo uma pessoa negra, trouxe uma mudança de perspectiva quando se fala de empreendedorismo e o quanto é necessário conversar e entender vivências antes de aplicar soluções de acesso.
“Vejo empreendedores falando sobre soluções de acesso sem nunca terem usado o serviço. É preciso entender cada vivência, onde está a dor de cada pessoa. O que me deixa triste é quando vejo founders que não sabem explicar qual problema querem endereçar. Quando há mais paixão pela solução do que pelo público final, pela solução” – relatou.
Por fim, a empreendedora trouxe um aprendizado importante sobre como se relacionar com o dinheiro sendo uma empreendedora ou empreendedor:
“São três pontos: é preciso saber o tipo de dinheiro que você precisa (de investidoras e investidores), o que vai vir junto com esse dinheiro e o que você pode oferecer em troca. É preciso sentar na mesa e entender quem está investindo e qual a aderência com o seu negócio”.
Já André explicou como espaços desiguais são forças motoras que criam condições desiguais. Com isso, explica a importância do investimento dentro do ecossistema brasileiro:
“Se alguém está buscando capital, vai precisar de ajuda. É preciso se beneficiar de todo o tipo de conhecimento e ajuda sim, mas sem deixar de abraçar o que é nosso. Aqui entendemos nossas peculiaridades. Precisamos começar a investir em nossas empresas, no que é nosso. E isso é o começo de uma indústria que terá a nossa cara e nossa cor”.
Além disso, André compartilhou seu conhecimento e explicou a importância da diversidade em todos os espaços:
“As questões de letramento são fundamentais. Hoje a grande diferença é essa, entender o tamanho da oportunidade de cada pessoa. Conversei com um amigo de Venture Capital, e ele me falou sobre uma mulher negra que não foi investida, mas ele teve a impressão de que se ela fosse uma mulher branca, a história seria diferente”.
E finalizou explicando a importância da educação:
“Para mim, investir em educação é investir no país. Também acredito muito no senso de pertencimento em comunidades: queremos estar perto dos nossos, da nossa turma”.
Além dos painéis com as empreendedoras e empreendedores, o encontro também teve momentos de troca, oportunidades de aprendizado e networking entre os participantes.
A Endeavor acredita que quando empreendedoras e empreendedores negros crescem, todo o ecossistema cresce junto, mais potente e representativo.
Por isso, temos a visão de que nosso potencial só será completo com mais diversidade e inclusão. Sem representatividade e equidade, nosso ecossistema perde a força que teria para moldar o futuro do nosso país.
E para que tudo isso se torne realidade, acreditamos que o melhor movimento é de dentro para fora, começando pela formação da nossa própria rede.
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