Com um histórico de empreendedorismo e uma atuação consistente como investidores-anjo e advisors em mais de 85 startups nos últimos 10 anos, Eduardo Casarini, Tiago Galli e Patrícia Toledo decidiram criar a Strive, uma aceleradora “all-hands-on”. Além de investir nas startups em estágio embrionário ou inicial, eles vão dedicar tempo aos novos negócios, apoiando ativamente os fundadores.

A criação da aceleradora vem do pensamento de que o início de um novo negócio nunca é fácil, os recursos são limitados, há dilemas constantes e dificuldade da tomada solitária de decisão. Só quem construiu uma empresa do zero sabe o tamanho desses desafios e de como uma ajuda externa efetiva pode fazer diferença.

“Nossa proposta é oferecer apoio de verdade para o empreendedor e seu time, em cinco reuniões mensais, durante 24 meses, discutindo temas – e os dilemas – à medida em que eles aparecem”, afirma Eduardo Casarini, cofundador da Strive. Casarini foi um dos pioneiros do e-commerce no Brasil ao fundar a Flores Online, em 1998. Entre as startups de que foi advisor, estão o Banco Neon e a Linus, de sandálias sustentáveis.

“Não acreditamos em modelos padronizados e de curta duração, como os de uma aceleradora tradicional, em que se abordam as questões das startups de forma mais geral”, explica Patrícia Toledo, cofundadora da Strive que foi executiva de empresas como Santander e XP e que tem no currículo a criação de uma edtech nos Estados Unidos.

“Sabemos que cada empreendedor e cada negócio tem suas particularidades. Por isso, optamos por escolher poucas startups a cada ciclo, para que a gente possa estar ao lado do fundador e da equipe”. A ideia é ajudar o empreendedor a encontrar soluções em assuntos recorrentes e relevantes do seu dia a dia, como a escolha do público-alvo e proposta de valor, estratégia do produto, o modelo financeiro, liderança, cultura e design organizacional.

Foco da Strive

O foco da Strive são empreendedores com uma solução ainda em construção ou startups com produto na rua e clientes pagantes, mas que ainda estão validando o modelo de negócios. O programa de aceleração prevê uma duração de 24 meses e, por meio de parceiros estratégicos, aporte financeiro de até R$ 2 milhões e outros benefícios. A ideia é apoiar startups em fase pré-seed e seed e ser o primeiro investimento institucional do empreendedor.

Como contrapartida pelo tempo investido, a Strive desenhou um acordo com base em uma comissão por sucesso, o que alinha os interesses da aceleradora com os dos empreendedores, no curto e no longo prazo. “Esse é o centro do nosso modelo de negócio. A Strive ganha apenas se os fundadores ganham. Não temos equity da empresa diretamente, portanto, nossa motivação é a mesma que o empreendedor”, explica Tiago Galli, cofundador da Strive que atua há mais de 20 anos na construção de negócios, entre eles o C6 Bank, Amazon e a primeira MVNO (operadora de rede móvel virtual) do Brasil.

Já pelo aporte financeiro, os investidores parceiros terão uma participação na empresa a ser definida pelas partes. Todo investimento captado pela Strive é feito diretamente pelos investidores. A Strive tem um modelo inovador também na relação com os investidores, já que não cobra o tradicional fee de sucesso na realização do lucro na saída do negócio.

“Vamos aproximar investidores qualificados dos empreendedores, aumentando suas chances de retorno não apenas pela nossa capacidade de seleção, mas principalmente pelo apoio de verdade que daremos aos fundadores nos anos iniciais”, explica Patricia.

Seleção das startups

A Strive já deu início ao primeiro ciclo de seleção de startups. No radar, negócios inovadores nas áreas de E-commerce, Software as a Service (SaaS), serviços financeiros (fintech), recursos humanos, educação e saúde (healthtech). A busca é por um produto ou modelo de negócio com potencial de ser escalável, com proposta de valor clara e que tenta resolver um problema para um mercado relevante. É importante também que a ideia de modelo de negócio seja sustentável.

Pesam também na avaliação a coragem de agir, a criatividade, o desejo de inovar e a paixão do empreendedor pela sua visão e pelo seu propósito. “Temos ainda um olhar para um aspecto pouco abordado, mas crucial na nossa perspectiva: queremos empreendedores atentos ao cuidado com a sua saúde mental, porque é o que permite a atitude para fazer acontecer”, reforça Casarini. “Existe uma causalidade entre a performance do empreendedor e o sucesso da startup. Reconhecemos isso e daí vem o nosso esforço para ajudá-lo a estar na sua melhor versão”, finaliza Galli.

O prazo de envio da aplicação deste primeiro ciclo é 31 de março de 2023, quando três startups serão selecionadas. A meta da Strive é selecionar 15 startups para investir e acelerar até o início de 2024, em ciclos de seleção que serão realizados a cada três meses.


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