Sami – a arte de escutar e cuidarSami – a arte de escutar e cuidar Sami – a arte de escutar e cuidarSami – a arte de escutar e cuidar

Publicado em: 22 de março, 2023 | Atualizado em: 23 de março, 2023
Ana Cardozo Ana Cardozo

Sami significa aquela que escuta em árabe.

E a arte da escuta é essencial para colocar em prática o ato de cuidar. Essa foi a missão que o Guilherme e o Vitor adotaram ao fundar a Sami.

Empreendedores experientes, eles decidiram aliar tecnologia e construção de relacionamento genuíno para cuidar das pessoas, levando saúde a empreendedoras e empreendedores individuais, e pequenas e médias empresas.

Continue lendo para conhecer a história de como Guilherme e Vitor estão reinventando o cuidado com as pessoas e a saúde no Brasil com a Sami, a scale-up que escuta.

Ser empreendedor é ser aprendedor

Vitor nasceu em Sorocaba, criado pela mãe e a irmã. Desde criança, teve contato com temas de negócios, lendo revistas que uma amiga da família, profissional de recursos humanos, tinha.

O interesse pelo tema cresceu e, na adolescência, passou a procurar os livros. Ele era um eterno estudioso, o que, no futuro, seria fundamental para impulsionar seu espírito empreendedor.

“Teve uma época que eu queria ser pesquisador, estudar e aplicar. Fazendo uma reflexão, hoje, como empreendedor, a gente faz muito isso. Estamos estudando, aprendendo e aplicando o tempo todo”, Vitor comenta.

Aos 17 anos, na época dos vestibulares, prestou Engenharia em algumas universidades públicas. Na UNIFESP, tradicionalmente conhecida pelos cursos de saúde, quis arriscar e, sem muita pretensão, se inscreveu em Medicina – influenciado pelos amigos do colegial.

Ele ficou na lista de espera e entendeu que, se a lista rodasse, seria um sinal, um chamado.

E a lista rodou.

“Medicina é um curso espetacular. Nosso corpo é maravilhoso, todas as células e os mecanismos são muito complexos e bem desenhados. Fora as interações humanas, com pessoas passando por diferentes situações. É um curso humanamente muito profundo”, ele conta.

Apesar da paixão pela medicina, Vitor começou a sentir falta dos temas das revistas e livros de negócios que lia na infância. Além disso, seu interesse por administração fazia com que ele prestasse mais atenção na dificuldade das pessoas em realizarem seus tratamentos, principalmente por causa dos entraves com planos de saúde. “Era muita coisa quebrada e pouca gente questionando e tentando resolver. Eu pensava: dá para fazer mais, dá para ser melhor”, explica.

Foi quando decidiu cursar uma matéria eletiva sobre gestão de economia e saúde. Vitor foi além das salas de aula e pediu recomendações sobre materiais, visitas a laboratórios e hospitais. Também entrou em contato com o mundo das startups, assistindo às reuniões do grupo de investimentos-anjo do professor da disciplina.

Já no quarto ano da faculdade, conheceu Fernando Cembranelli, um veterano que trabalhava na Bencorp, do Empreendedor Endeavor Luís Chicani, e que também tinha vontade de empreender. Os dois decidiram fazer eventos com palestras sobre saúde. O projeto virou empresa em 2010. Oito anos depois, o negócio foi vendido para o maior grupo de eventos do mundo, a Informa Markets.

Vitor também tinha criado uma incubadora de startups e, com a experiência empreendedora e atuando como investidor, se aprofundou nas oportunidades do setor.

“Entendemos que muita gente estava criando soluções pontuais, mas o sistema inteiro estava tão desorganizado que precisava ser reconstruído. Trabalhar com plano de saúde era a melhor maneira de fazer isso, há um grande mercado e uma cadeia extensa de serviços”, conta.

E foi assim que a revolução do cuidado começou a nascer.

A inquietação empreendedora

Quando criança, Guilherme se espelhava no pai, um executivo de multinacional que havia se tornado empreendedor. Desde cedo, acompanhou essa trajetória cheia de altos e baixos, e levou os aprendizados para sua vida.

“Isso marcou muito minha infância, ver a diferença entre trabalhar em uma empresa e abrir uma empresa. Sempre foi muito claro para mim que empreender não é só querer, envolve muito mais coisa”, Guilherme relata.

Aos 17 anos, foi para a faculdade de negócios nos Estados Unidos e fez de tudo um pouco: foi pizzaiolo, entregador de pizza, manobrista, fez catering para grandes empresas e, por fim, trabalhou no banco Merrill Lynch, onde conheceu mais a fundo o setor de saúde.

No final de 2007, retornou ao Brasil porque seu pai teve problemas de saúde. Durante esse período de cuidados, se reconectou com um tio, que era médico e queria construir um negócio na área.

Topou a aventura. Decidiu empreender, unindo seu conhecimento em negócios com a experiência do tio na área da saúde.

Eles trouxeram um modelo muito conhecido no mercado norte-americano, mas raro e pouco regulamentado no Brasil, os LTCHs (long-term care hospitals). São hospitais de longa permanência, que apoiam casos que não se enquadram no tratamento em um hospital geral, mas que também requerem uma estrutura muito complexa para serem tratados em casa.

“Começamos com uma casinha com 20 leitos, investindo 150 mil reais. Hoje, temos mais de 10 hospitais na cidade de São Paulo, entre cuidados paliativos, hospitais de transição, e longa permanência para alta complexidade e reabilitação”, conta.

Guilherme continua sócio, mas seguiu como executivo da empresa até 2014, quando saiu para empreender mais uma vez e criar uma rede de atenção primária. Negócio que acabou não dando certo, mas serviu como embrião da Sami.

A união para mudar a saúde

Em 2017, Vitor estava apoiando uma rede de clínicas parecida com o negócio de atenção primária do Guilherme. Nesse ano, eles se conectaram para discutir a fusão das empresas.

“Não chegamos a um acordo. As duas empresas fecharam, mas a gente tinha passado bastante tempo juntos e fiquei impressionado com o Guilherme, como profissional e como pessoa”, conta Vitor.

Pouco tempo depois, mais uma oportunidade surge. Marilia Rocca, ex-diretora geral da Endeavor no Brasil, queria conversar sobre um projeto na área da saúde.

“Eu era grande admirador da Marília e seria muito legal fazer algo, mas ia vender minha empresa e passar por um um ano e meio de earn out. Ainda assim, tinha o sócio perfeito para começar o negócio e liguei para o Guilherme”, Vitor relembra.

Em 2018, depois de alguns meses de conversa, Guilherme e Vitor levantaram a primeira rodada da Sami, de R$5 milhões, com a Redpoint eventures.

“Eu tinha uma visão muito clara da cadeia de saúde, de como a atenção primária poderia impactar positivamente se bem implementada. E o Vitor tinha uma visão mais voltada para a tecnologia. Sabíamos o que precisava ser feito, sempre tivemos ideias convergentes, nossas experiências se complementam muito bem”, Guilherme explica.

Logo depois da primeira captação, os empreendedores lançaram um piloto de atenção primária por quase um ano e meio. Em seguida, veio outra rodada e, com acesso a mais capital, a Sami finalmente se tornava um plano de saúde completo.

Sami: escutar e cuidar

Hoje, a Sami conta com cerca de 400 colaboradoras e colaboradores e mais de 16 mil membros em São Paulo, oferecendo um plano que conecta pacientes, profissionais de saúde, hospitais, laboratórios e empresas, de forma eficiente e, mais importante: escutando as pessoas – da porta para fora e da porta para dentro.

“A gente sabe que não podemos curar todas as pessoas, mas se elas sentirem que, de fato, nos importamos com elas, que estamos escutando e cuidando, isso é o melhor que podemos entregar. A nossa missão é criar uma empresa que cuida do ser humano, construindo confiança em todos os relacionamentos”, explica Vitor.

Os empreendedores sonham grande e trabalham para que a Sami expanda seu impacto para toda a América Latina.

“Queremos que a Sami seja precursora da revolução do setor, tornando a saúde mais inclusiva e permitindo que mais pessoas tenham acesso a um plano de saúde privado. No longo prazo, é uma jornada cheia de desafios, mas também é transformacional”, Guilherme afirma.

“A gente sente cada vez mais que não existe linha de chegada, mas podemos avançar rápido e melhorar a vida das pessoas. É incrível ver um cliente tendo um plano de saúde pela primeira vez na vida. Ou clientes negros se sentindo mais acolhidos porque foram atendidos por uma médica negra. Sabemos que é uma batalha longa, mas é uma batalha que vale a pena”, Vitor complementa.

Apoio para multiplicar o impacto da Sami

Como Empreendedores Endeavor, o Vitor e o Guilherme contarão com o apoio da nossa rede global para crescer e multiplicar seu impacto, levando escuta e cuidado para ainda mais pessoas em todo o mundo.

Saiba como apoiamos os grandes exemplos

“Me motiva fazer parte de uma organização que compartilha dos mesmos valores que eu. Há um olhar atento à questão social e uma preocupação real em fazer a diferença. A Endeavor nos empurra, incentiva e nos conecta. A Endeavor constrói pontes”, Guilherme diz. 

“Ser Empreendedor Endeavor é sentir um propósito maior. Se você carrega o sobrenome Endeavor, não é esperado de você nada menos do que impacto”, finaliza Vitor. 

Publicação Original


0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder