“Fomentar e disseminar a cultura de inovação e novas tecnologias de saúde para a população brasileira” é o propósito do Hospital Dona Helena, tradicional instituição de saúde de Joinville (SC) com mais de 105 anos de história, que em 2022 fundou o InovaDona, centro de inovação criado para desenvolver soluções em saúde, instalado no Ágora Tech Park. 

Com experiência de 14 anos na área da saúde, e formação em tecnologia e gestão empresarial, Chander João Turcatti, gerente de inovação do hospital e head do Inovadona, junto ao conselho e a diretoria do hospital, definiram  pilares que sustentam o centro de inovação focado em “na saúde e medicina do futuro”, como afirma Turcatti, e completa destacando que o hospital acabou de receber a premiação Campeãs da Inovação, onde figuramos na 19ª posição no ranking geral e na 2ª posição no segmento hospitalar. “É uma conquista notável que demonstra o comprometimento e a dedicação de todos os profissionais envolvidos nas iniciativas de inovação da nossa instituição”.

O primeiro pilar é o Protagonismo, onde o hospital atua de forma estratégica na alta complexidade da instituição e nas demandas do mercado para ações em saúde.

No segundo eixo é o das Iniciativas Dona, onde a inovação se infiltra nas áreas assistenciais e administrativas do Hospital através da inovação fechada: atuação junto às áreas assistenciais e administrativas e fomento com projetos para capacitar colaboradores a desenvolverem soluções.

O terceiro eixo é a Incubadora Dona Helena, destinado a se tornar um epicentro de inovação aberta para startups e parceiros. Este espaço se dedica ao desenvolvimento e validação de ideias e soluções, alimentando o ecossistema de inovação em saúde.

O quarto eixo é a Saúde Parceira, que reflete o compromisso do hospital em servir à comunidade assistencial de Santa Catarina. O Dona Helena trabalha em conjunto com hospitais de pequeno e médio porte, tanto públicos quanto privados, sem custos para essas instituições, promovendo a inovação em larga escala e beneficiando a população catarinense como um todo. 

Por último, o quinto eixo é o dos Apoiadores, que se concentra em colaborações estratégicas com instituições de tecnologia e outros segmentos. Empresas e startups que desejam realizar Provas de Conceito (POCs) e Produtos Viáveis Mínimos (MVPs) podem aproveitar a infraestrutura do Hospital Dona Helena para impulsionar suas inovações. 

Turcatti compartilha algumas das iniciativas de inovação, IoT para monitoramento da adesão ao tratamento, blockchain, chips cerebrais para Parkinson e Alzheimer, monitoramento eletrônico de pacientes, gamificação, robótica cirúrgica e humanóide, genética, nanotecnologia e exoesqueletos.

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Parceria com a Bossa Invest 

As primeiras ações focadas em transformação digital e inovação aberta iniciaram no Hospital Dona Helena em 2020, com o intuito de repensar processos e sistemas internos, cultura corporativa e parcerias com startups, mas foi no segundo semestre de 2022 que as ações saíram do papel. No mesmo ano, o hospital firmou uma parceria com a Bossa Invest, venture capital mais ativa da América Latina, para fomentar o terceiro pilar da organização de saúde e conectá-la às soluções presentes no mercado para gerar negócios, acelerar projetos e captar rodadas anjo e seed.  

A parceria resultou em um comitê de investimentos focado em startups de saúde, com a seguinte tese de investimentos:  

  • dirigido a startups B2B 
  • que tenham pelo menos um ano e meio de vida 
  • que estejam já faturando no mínimo R$ 20 mil por mês. 
  • O diferencial é que as startups estejam operando preferencialmente nos modelos
    SaaS e IoT (Internet das Coisas). 

“Vimos uma sinergia muito grande com a Bossanova Investimentos, porque ela tem um propósito muito grande de investir em pessoas e o Hospital Dona Helena cuida de pessoas, são propósitos próximos. Além de que não tínhamos tanta experiência com o setor de investimentos, então a parceria veio para agregar nisso”, explica Turcatti. 

O processo de seleção de startups para investimento é rigoroso. As startups são submetidas a uma prova de conceito (PoC) ou um MVP (Produto Mínimo Viável) e avaliadas pelo time de investimentos da Bossanova Investimentos antes de serem aportadas. Turcatti enfatizou a importância de mitigar riscos técnicos e de negócios durante esse processo. As startups que demonstram potencial e alinhamento com os objetivos do InovaDona são então apresentadas ao comitê de investimento, composto por investidores-anjo.

“Investir em um comitê oferece benefícios significativos aos investidores. A mitigação de riscos é um dos principais atrativos, já que o risco é mitigado pela validação técnica do time da Bossanova. Além disso, os investidores têm a oportunidade de contribuir para uma causa nobre, alinhando-se ao propósito de melhorar a assistência médica e a saúde da população”, completa Chander.

Projetos em andamento do Hospital Dona Helena

Em um ano de operação, o InovaDona contabiliza um total de 46 iniciativas de inovação em andamento e 16 projetos já inclusos em seu portfólio de entregas. Turcatti compartilha algumas das iniciativas de inovação em andamento: IoT para monitoramento da adesão ao tratamento, blockchain, chips cerebrais para Parkinson e Alzheimer, monitoramento eletrônico de pacientes, gamificação, robótica cirúrgica e humanóide, genética, nanotecnologia e exoesqueletos.

“Temos um desafio muito grande na busca pela inovação aberta, pois observamos um movimento de retração de novas ideias e pesquisadores, mas mesmo assim constam no portfólio do Inovadona mais de 160 startups, das quais mais de 10 foram aceleradas pela instituição, além de parcerias com outros países. Estamos incubando startups e trazendo toda sua expertise para o desenvolvimento de soluções que respondam às dores do mercado”, afirma Turcatti, gerente do Hospital Dona Helena.

Para investidores e startups interessadas em se conectar com o Inovadona, entre no link do InovaDona


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